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{P.O.V LUKA COLUCCI}

— Escuta, você não pode fazer isso com eles, Marcelo. Você não pode, porra! — bati na mesa da diretora, com raiva.

Ele me ignorou e olhou para a Celina, assentindo com a cabeça, fazendo-a suspirar e logo depois olhar para meus colegas que estavam do lado de fora, observando tudo.

Ela saiu da sala.

— Eles deveriam ser expulsos assim como você. — meu pai disse com raiva. — Eles, na verdade, vocês foram extremamente indecentes ao fazer aquele showzinho!

Eu coloquei as mãos na cintura e levantei um pouco mais a cabeça, dando-lhe um olhar intenso.

— E você foi um grande filho da puta ao proteger o Sebas por um par de peitos. — eu disse sem medo algum e ele correu até mim, segurando-me pela gola da minha camisa.

Ele ia me bater, eu tinha certeza, mas o mesmo se afastou depois que viu algumas pessoas nos vendo do lado de fora.

— Pega suas coisas e me espera no carro. — ele disse sem olhar para mim. — Preciso estar aqui para parabenizar a banda vencedora. — disse ironicamente.

Depois de engolir em seco e olhar em volta da sala, olhando-a pela última vez, eu saí rapidamente, empurrando algumas das pessoas que estavam conversando perto da porta.

Andei um pouco e depois me virei, colocando meus olhos sobre meus colegas que também olharam para mim.

{P.O.V AMBER}

— Eu quero que saibam que estou muito orgulhosa do que fizeram naquele palco. Isso mostrou o quanto vocês são honestos e que, principalmente, não se deixam serem "comprados". — a diretora disse sorrindo suavemente, mas logo ficou séria. — O Sebas vai ser expulso doa EWS e vocês...

Franzi a testa e esperei que ela continuasse falando.

A diretora balançou a cabeça, abaixando-a um pouco e depois nos olhou novamente, de um jeito estranho.

— Eu sinto muito, de verdade, mas a banda de vocês foi desqualificada. O conselho achou que vocês passaram dos limites ao fazer aquilo na frente de todos. A Colmeia é a banda vencedora.

Ela continuou falando, mas eu simplesmente parei de ouvir depois de saber que fomos desqualificados da Batalha das Bandas.

No começo eu não me importei muito com a banda, mas depois de um tempo, eu comecei a gostar. Foi por causa dela e do Dixon que eu consegui voltar a cantar.

Foi a banda que me deu amigos!

— A nossa banda? — a Laura apareceu gritando animadamente. — Não! Eu não acredito! Puta merda! — ela continuou gritando.

Sorri fraco quando vi sua alegria e a de seus amigos.

O Dixon me abraçou de lado e suspirei, mordendo os lábios.

— Isso é injusto. — a Jana disse. — Vocês não percebem o quão injusto isso é? — gritou irritada e Esteban a puxou pelo braço, impedindo-a de se aproximar da sala onde Marcelo Colucci estava.

— Se acalma. — ele segurou seu rosto e sussurrou.

— Já era, Jani. — a Andi cruzou os braços e a Emilia a abraçou, confortando a mesma.

De repente, vimos o Luka parado no corredor com os olhos cheios d'água

— Parabéns. — eu disse sem expressão para a banda vencedora e me afastei de todos, indo na direção do Colucci. — Suponho que você já está indo embora. — ele assente.

Os outros se aproximaram.

— Olha, eu juro que tentei...

— De boa, papi. Relaxa. — o Dixon tocou o ombro dele. — O que nos resta é aceitar. Podemos tentar no próximo ano. — eu olhei para o Luka e Emilia e murmurei algo para mim mesma.

Eles não estariam mais na EWS. O Luka foi expulso e esse era o último ano da brasileira, ela não teria outra chance.

— Valeu, Colucci. — a Andi sorriu fraco. — As vezes você é bem insuportável, mas quem não é, não é mesmo? — nós rimos.

— Espero que você tenha uma boa viagem à Buenos Aires e que consiga voltar em breve, Luka. — a Jana disse e os dois se olharam por um momento, até que o garoto loiro a puxou, abraçando-a.

— Já está com saudade, cunhadinha? — ele brincou, bagunçando o cabelo dela. — Não vai me dar um abraço? — se referiu ao Esteban.

— Você quer um abraço meu? — o Esteban perguntou surpreso.

— Claro, bastar.. quero dizer, irmãozinho. — o Luka abriu os braços de um jeito engraçado, me fazendo rir mesmo não estando muito no clima.

O Esteban riu depois de ouvir como seu irmão estava prestes a chamá-lo e se aproximou dele, abraçando-o. Não consegui ouvir, mas eles falaram algumas coisas um para o outro durante o abraço.

Não consegui segurar as lágrimas, eu estava muito chateada com tudo.

Eu queria ter ganhado a Batalha das Bandas, queria muito mesmo. Eu queria de alguma forma orgulhar a minha mãe.

Sabia que ainda havia como tentar no próximo ano, mas ainda sim era muito frustrante. 

— Merda. — eu sussurrei com a cabeça virada para o outro lado e limpei as lágrimas que caiam, mas foi inútil porque logo depois mais lágrimas escorreram pelas minhas bochechas.

Fiquei olhando para o chão esperando que conseguisse me acalmar e logo me assustei quando meus colegas me puxaram para um abraço coletivo.

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