[Contém história a parte da série!]
Amber Villar é uma adolescente mexicana que para ficar longe de seu pai um dos empresários mais bem ricos e bem-sucedidos do país, aceita entrar no EWS, um colégio particular que funciona como um semi-internato p...
Depois de me encontrar com a Emilia e as outras meninas, nós fomos para o dormitório. Joguei minha bolsa em cima da minha cama e me deitei na mesma.
Engoli em seco enquanto passava a mão no rosto.
Eu estava super aliviada pela semana ter começado, assim poderia ter paz ao ficar longe do Ricardo.
— Parece que tem algo te incomodando. — a Emilia se sentou perto de mim. — Por que não nos conta o que aconteceu?
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Era incrível como mesmo sem ter falado nada, ela sabia que tinha algo de errado.
— O colombiano foi jantar na minha casa no sábado à noite e foi tratado super mal pelo meu pai e o Daniel — eu respondi depois de um tempo em silêncio.
— Daniel? — a brasileira perguntou, com uma expressão interrogativa. — Ah, o idiota do meu colega de classe! — ela lembrou, revirando os olhos.
Eu respirei profunda e lentamente.
— Vocês acreditam que o meu pai chegou a perguntar se ele usava drogas? — eu ri amargamente. — E também se os pais dele estavam passando por algum tipo de dificuldade só por serem colombianos?
Sério, o Ricardo só podia ter algum tipo de problema mental.
— Isso sério? — a Jana exclamou do outro lado do quarto.
— Infelizmente. Eu fiquei tão triste pelo Dixon e ao mesmo tempo com tanta raiva do meu pai e daquele filho da... argh! — passei os dedos pelos meus cabelos, levantando-os.
A Andi que estava prestando atenção em mim, se jogou no sofá e olhou para mim novamente.
— Caramba, Lorinha, desculpa mas... seu pai parece ser bem sem noção. Não que eu não seja, mas ele com certeza é mais. — ela disse e todas rimos.
— Nossa, ele aparenta ser tão legal. — a Emilia sussurrou.
— Aparenta! — eu disse, levantando as sobrancelhas.
Nós mudamos de assunto e logo depois decidimos ir até o refeitório comer alguma coisa e ficar perambulando pelo colégio.
Quando estávamos saindo do quarto, de repente a MJ passou pela porta, esbarrando na Jana sem querer.
Eu e as meninas nos entreolhamos e eu observei a californiana de forma atenta. Ela parecia meio desconcertada, parecia nervosa com a nossa presença e também pelo incidente.
— Tá legal, já chega. — a Andi disse, parecendo aborrecida e entrou no quarto novamente. — Não há razão para fingir que não nos vemos. A Batalha das Bandas acabou. Precisamos esquecer tudo o que aconteceu e voltar a ser como éramos antes. — ela cruzou os braços.
A MJ, que estava com a cabeça baixa, levantou imediatamente ao ouvir o que ela falou.
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Eu engoli em seco e desviei o olhar, olhando para o chão.
— Eu concordo. — a Jana disse, olhando para a Andi. — Se você fez aquilo foi porque não tinha escolha. Por mim você está mais do que perdoada, MJ.
Depois de ter conversado com a Andi naquele dia, eu fiquei pensando muito sobre tudo o que aconteceu.
Ela sorriu para as duas garotas que se aproximaram da mesma, sorrindo e depois olhou para mim, com uma expressão sem graça e ao mesmo tempo interrogativa.
Ela estava esperando uma resposta da minha parte.
— Amber? — a Emilia, que ainda estava perto da porta, chamou minha atenção e eu fiquei séria como nunca.
A brasileira deu de ombros e eu sorri, logo indo até a MJ e abraçando-a carinhosamente.
Ela tinha vacilado pra caralho com a gente, mas ela fez o que fez porque precisava fazer com que seus pais a deixassem na EWS. Ela não tinha outra escolha.
— Desculpa mais uma vez. — eu sussurrei, durante o abraço. — Te quiero, californiana. — sorri e me afastei lentamente.
A Jana e Andi vieram até nós, dando um abraço coletivo.
Amigas. Eu tinha amigas. Isso ainda era estranho pra mim, mas bom. Muito bom.
— Ah, que fofinho! — a Emilia brincou, fingindo não gostar nada do que presenciou. — Vamos, vamos comer! — ela puxou sua namorada enquanto ria e todas nós saímos do quarto.
Chegamos no refeitório e eu franzi a testa ao notar os alunos cochichando e olhando para uma pessoa familiar que estava andando de um lado para o outro com o celular na mão.
— É, eu voltei ao México. — o Luka disse, olhando para seu celular. Ele parecia estar gravando uma live. — Para alegria de uns e tristeza de outros, estou de volta! — disse e depois olhou em volta. — Hola, chicas! — olhou para nós cinco.
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