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Saímos da sala da diretora depois de uma longa conversa. Acho que foi a primeira vez que realmente prestei atenção em tudo que saiu da boca da Celina.

Eu e as meninas estávamos surtando em saber que conheceríamos os membros do RBD na próxima semana depois do show deles, no qual iríamos estar presentes!

Nós queríamos poder contar para todo mundo, espalhar a novidade que nos pegou de surpresa, mas a diretora pediu que não fizéssemos isso ainda.

Ela ficou preocupada com a Colmeia. Eles poderiam ficar chatiados de alguma forma pela atenção que estávamos recebendo dela e isso seria um fucking problema.

Embora que durante a nossa conversa, ela tenha admitido que estava torcendo por nós e que merecíamos ter ganhado a batalha das bandas, ela tinha que estar dando atenção à eles.

Até porque eles que saíram vitoriosos e não a gente...

Enquanto eu e os outros andávamos pelos corredores depois de sair da sala da Celina, eu pude ver a Laura conversando com seus colegas e sorrindo alegremente.

Estávamos sentados nos degraus da escadinha que havia no meio do corredor.

— Precisamos nos desgrudar um pouco. Não aguento mais ser visto com vocês. — o Luka disse com seu jeito de sempre.

— Ninguém está te obrigando a ficar perto da gente. — o Dixon respondeu imediatamente, fazendo-nos rir de sua resposta. — Menti, por acaso?

De repete, um menino que havia chegado há alguns dias, passou na frente olhando bem para o Luka, que por incrível que pareça, ficou um pouco sem graça.

— Patrick! — o Colucci gritou, fazendo o nosso mais novo colega de classe se virar. — Nos vemos depois, seus idiotas. — disse para nós e se levantou.

Observamos ele ir até o novato. Eles trocaram algumas palavras e depois seguiram juntos pelo corredor.

— Senti um climinha. — eu disse. — Tem algo rolando entre eles. — acrescentei, olhando para os dois que ainda estavam andando enquanto conversavam.

— Ah, com certeza. — a Jana concordou e olhou para seu namorado.

— O que foi? — o Esteban exclamou. — Não, nem pensar. Não vou perguntar nada pra ele. — ele disse antes mesmo da Jana falar. — Até porque ele não me contaria.

A rainha do Auto-Tune revirou os olhos e eu ri, apoiando minha cabeça no ombro do Dixon, que tocou uma das minhas mãos.

— Você é chato em, Esteban Torres! — a MJ disse em tom de brincadeira.

— Emilia! — a Andi gritou para brasileña que estava passando e não nos viu.

— Minha nossa! — ela exclamou, aproximando-se. — Onde diabos vocês estavam? Estava procurando por vocês em todo lugar. Não posso ficar muito tempo longe do meu novo grupinho! 

Nós rimos suavemente. Ela deu um beijinho na Andi, que depois começou a contar sobre a grande novidade.

Mesmo que a Celina tenha deixado claro que não poderíamos espalhar a novidade, era claro que contaríamos a ela. Ela não contaria a ninguém, não era nem louca!

Talvez um pouco, mas não tanto a esse nível.

Eu e o colombiano nos levantamos e nos afastamos dos nossos amigos depois de um tempo. Nós fomos para o lado externo do colégio.

Andamos até ponte de madeira que havia no meio do laguinho que havia no jardim e paramos na metade dela, apoiando nossos braços na cerca da ponte.

Estava um climinha muito gostoso. Nublado, como se em breve fosse cair um temporal.

O vento estava frio e batia contra minha pele, me fazendo estremecer. Mas isso não me incomodava nenhum pouco.

Eu gostava, até porque era um clima bem raro na cdmx, pelo menos nessa época.

— Você acha mesmo uma boa ideia você ir no casamento do meu pai? Eu não quero que ele volte a te tratar mal, Dixon. — eu disse, olhando para o lago.

— Eu sei que vai ser um momento difícil para você, então eu quero estar ao seu lado. — ele disse, me fazendo olhá-lo.

Sorri suavemente por causa de suas palavras.

Eu abaixei a cabeça, deixando uma lágrima escorrer pela minha bochecha. Não conseguia aceitar o fato de que em breve teria outra mulher no lugar da minha mãe.

Simplesmente não conseguia.

E sim, era egoísta achar que meu pai não deveria seguir em frente. Eu sabia que era! Mas mesmo assim não conseguia aceitar!

— Acho que.. esquece. — eu sussurrei e ela franziu a testa, logo levantando minha cabeça delicadamente com suas mãos, me fazendo encara seus olhos.

"Acho que vou voltar a ter consultas com meu psicólogo." - Era isso que ia dizer, mas decidi não fazer isso ou ele começaria a achar que eu era maluca.

— Pode falar, mami. Você pode falar tudo o que quiser pra mim. Não precisa ter receio de me falar nada. Ok? — ele disse, acariciando minhas bochechas com seus polegares.

Eu concordei com a cabeça, mas mesmo assim não falei nada. Pensei que ele ia insistir, mas ele não o fez.

Ele me abraçou fortemente, me fazendo passar as mãos em volta da sua cintura e deitar minha cabeça sob seu peito.

Eu respirava fundo, tentando controlar minha respiração e também minhas lágrimas. O cheiro dele inundava minhas narinas e de alguma forma, estava me acalmando.

— Obrigada, Guillermo. — eu sussurrei, ainda durante o abraço.

Ele se afastou um pouco e nos encaramos intensamente. Ele estava se preparando para dizer algo quando começou a chover fortemente. Parecia que o mundo ia acabar.

As árvores balançavam sem controle e barulho de trovões ecoavam pelo ar.

A chuva estava tão forte que em poucos segundos estávamos completamente encharcados. Naquele momento, as minhas lágrimas estavam misturadas com a água que caia do céu.

A tarde tinha virando noite em um simples piscar de olhos. Era assustador, mas ao mesmo tempo encantador.

— Merda. — o Dixon falou. — Não foi uma boa ideia vir pro lado de fora. — ele riu e eu fiz o mesmo. — Vem, vamos entrar! — segurou meu braço.

Nós começamos a correr na direção do colégio.

Pelas janelas de vidro, conseguíamos ver os alunos observado a tempestade e também murmurando sobre nós, que parecíamos dois idiotas debaixo da chuva.

Eu vi o Daniel olhando para nós dois com uma certa fúria.

— Espera! — eu gritei e o Dixon parou, me olhando atentamente.

Ele me olhou confuso e eu agarrei seu rosto, puxando-o para mais perto do meu. Eu simplesmente o beijei. O beijei com habilidade, com uma puta vontade.

Eu fiz isso não só porque eu queria que Daniel visse, mas porque eu realmente queria!

Sorri para o colombiano depois que separamos nossos lábios e ele me olhou desnorteado, como se estivesse tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

Ele abaixou um pouco a cabeça e consegui notar um sorrisinho tímido surgindo em seu rosto.

— Parem com isso e entrem imediatamente! — a inspetora colocou a cabeça na porta. — Não quero que peguem um resfriado. Ah meu Deus! Esses adolescentes...

Nós rimos e obedecemos.

Daniel notou que havíamos entrado, mas não olhou nos meus olhos, muito menos nos do colombiano. Ele apenas cerrou os punhos e saiu depois de empurrar seus amigos que estavam murmurando algo para o mesmo.

Gostou do capítulo de hoje? Se sim, agradeço muito se deixar um comentário e também um voto! Muito obrigada 🥰

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