XIX

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Arlissa

" No meu pior dia, na minha maior angústia.. basta lembrar de você e tudo esvai"

Anos atrás

Estou algemada a uma cama de novo, mesmo não tendo feito nada estou sendo castigada de novo. Mas desta vez ele está aqui para acompanhar todo o " processo" tanto que não posso nem dormir. Porém, à duas horas que aquele homem saiu e não voltou mais, estou com fome e sono. Não durmo a vinte quatro horas e meu corpo está pedindo retrocesso. Mas se eu dormir, vai cair um balde de água fria em mim e eu ja não aguento mais.

A porta finalmente é aberta e o monstro entra junto com uma menina, (mais ou menos da minha idade) e um homem (quase da idade do Bruce).

- Hoje, eu vou mostrar como e doloroso quando um homens está dentro de uma mulher. - meu corpo estremeceu todo - Não te preocupes, nunca vou permitir que façam isso com você.- ele disse diante do meu olhar de medo. O homem deitou a mulher na cômoda ao lado da cama e a virou para mim, eu conseguia ver toda sua nudez e isso assustou-me.

- Pode começar.- o monstro ordenou e sem mais nem menos, o homem introduziu seu órgão dentro da menina e eu e ela gritamos juntas.

Ela lágrimava muito e eu acompanhava sua dor,  era como se cada coisa que faziam com el, faziam comigo também. O homem pelo contrário, sentia prazer em fazer o que fazia, ele se divertia enquanto a gente chorava  e gritava de medo, parecia que aquilo o deixava com mais desejo ainda.  Ele e igual ao meu pai, um homem mau com a aura negra  e possuída, um ser humano desprezível que não tem dó da dor dos outros.

Presente

As lágrimas deslizam por meu rosto ao ter o pior de todos os meus pesadelos, aquele que lutei enterrar por toda minha vida. E nesse momento queria muito ter acordado com Santa Cruz, pelo menos com ele eu não tinha pesadelos e nem lembrava daqueles monstros.

Levanto da cama e vou ao banheiro, faço a higiene matinal e entro no box.
Ligo o  registro e a água começa a cair sobre o meu corpo, pego o shampoo e começo a lavar meus cabelos, hoje ficaria na água mais algum tempo. Aplico o condicionador e volto a lavar calmamente os meus cabelos, a dias que não lavo meus cabelos assim. Peguei o sabonete e comecei a passar pelo corpo com ajuda de uma esponja.

Enquanto passo a esponja, meu corpo arrepia e mais lágrimas caem do meu rosto ao lembrar daquele dia, o maldito dia que está fixado na minha mente como uma maldita cola. Mas ao contrário dos outros dias, esse memória esvai ao ser substituída por outra. Outra que ativa meu corpo de um geito diferente e mais quente, uma memória que ressalta o poder do toque dele.
As minhas mãos ganham vida ao tocar cada lugar em que o Santa cruz tocou tornando minhas sensações diferentes e tão boa. Santa Cruz havia tocado meu corpo com calma  e intensidade, explorando e apreciando, muito diferente de todas as vezes que vê um homem pegando em uma mulher.

Com as lembranças e as novas sensações, tudo se concentrou no meio das minhas pernas  e uma dorzinha bem em cima me fez aperta-las em busca de alívio para a dor que não passava.

Aumentei a intensidade da água e mudei a temperatura, estava muito calor. A água fria acalmou meu corpo  e aquela dorzinha foi quase que desaparecendo. É melhor terminar esse banho ou não vai ser bom. Desliguei o registro e peguei a toalha. Sai do banheiro e entrei no quarto, me assustando com a Lize e o Bruno sentados na minha cama e decidindo qual vídeo game era melhor.

- Vocês não entendem que gang star sempre vai ser melhor.- os dois olharam para mim e sorriram 

- Essa menina sabe das coisas.- sentei na cama sem me importar se estava de toalha, desde que esteja coberta. 

Submerso (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora