LXXI

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Owen Santa Cruz

" O amor mais genuíno que existe não é de um homem para com uma mulher, mas sim de verdadeiros pais para com os filhos"

Uma semana depois

Ser canguru até que não era tão difícil, mas era muito cansativo e eu estava esgotado, porém eu gosto de ficar com minhas meninas e vê-las evoluir a cada dia. É uma experiência nova e divertida apesar da circunstância, a cada dia que passa cresce em mim um sentimento diferente de todos os outros, um sentimento bonito de proteção, segurança e amor para com elas que é diferente de tudo.

Mas como as coisas não são só rosas, Arli está na UTI até agora e não acorda, a médica disse que vão transferi-la para o quarto hoje e tentar alguns métodos para acordá-la e espero sinceramente que resulte, é massante vê-la tão frágil e desacordado a tanto tempo, eu só quero ela aqui com a gente. Mas por outro lado, fico pensando em como ela vai reagir ao saber que estava grávida e que agora é mãe de duas meninas.

- Não podes ficar aqui sempre, vai para casa e descansa.- Aylan se aproximou do vidro e sorriu ao ver as netas.

Ele, Sasha, Lara e meu pai não saem de perto delas por um segundo enquanto competiam em quem seria o preferido delas, e ao mesmo tempo tentavam me convencer a ir descansar e me alimentar directo já que minha rotina era a neonatologia e a UTI, eu não saia daqui por nada nem ninguém.

- São iguais a minha filha.

- Só espero que não tenham o gênio difícil.

- Duvido muito, mas nunca é demais ter fé.- sorriu e continuou as admirando.

As gêmeas ainda não tinham nome porquê eu não conseguia dar e também fiquei com medo de perde-las, já que por serem prematuras estavam sobe essa ameaça.

- Arlissa acordou!- Iana entrou eufórica e um sorriso gigante cubriu meu rosto.

Saímos da sala e corremos para o quarto em que ela esta, encontrando todos sorrindo com a cena da recém acordada.

- Eu sei que muitos não queriam que eu acordasse - respirou fundo com a voz fraca.- Mas eu acordei, o senhor permitiu que eu vivesse para continuar a infernizar a minha família e assim o farei. Obrigada.- ah, como tinha saudade dela.

- Terminaste? - Samir riu genuinamente pela primeira vez em dias.

- Quanto tempo estou aqui? O axel? Como ele está?- tentou levantar, mas a impedimos.

- Estás aqui a uma semana, e o Axel está bem, calma por favor.- continuou agitada e fiquei preocupado.

Arli continuou instindo em vê-lo e que a gente estava mentindo e isso alterava todos os seus parâmetros vitais fazendo o alarme do quarto soar alto, prontamente as enfermeiras entraram e a seguraram enquanto a médica entrava com o Axel sorrindo ao mesmo tempo em que tinha lágrimas nos olhos.

- Titia!- ele gritou e correu até ela fazendo-a se acalmar e fazer de tudo para abraça-lo.

- Meu amor!- mesmo fraca, ela esbanjava amor para ele e isso alívio a todos.

Os dois ficaram ali se abraçando e chorando um nos braços do outro, era emocionante e aconchegante ver eles assim.. bem e seguros com a gente.

Mas a porta foi aberta revelando a Elionor sorrindo e logo seu sorriso desapareceu ao ver a Arli acordada.

- Sai daqui, não queremos te ver. Sai! - Axel gritou agitado se refugiando nos braços da Arli

- Filho, está tudo bem é a vovó.- Samanta tentou em vão.

Submerso (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora