LII

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Owen Santa Cruz

" Não tem nada melhor no mundo, que ser livre."

- Eu disse que não quero ver essa porcaria.- cruzou os braços e virou o  rosto.

Que mulher mais difícil, a gente está brigando a meia hora sobre qual filme ver e as pessoas já estão começando a nos odiar por pararmos a fila.

- Rainha, oque que queres ver?- nem sequer olhou para mim.

- Porquê, para dizeres que és sempre tu que cedes as coisas?- porque mulheres gostam tanto de  brigar por tudo e nada

- Não, é só para avançarmos a fila.- continuou na mesma posição e eu suspirei, Arli é difícil.

Não sei porque ela não pode ser fácil como as outras, com a Arli tudo merece um debate ou uma briga e assim a gente nunca cai na monotonia, estamos sempre brigando. 

- Moça por favor escolham um filme.- Arli fuzilou o menino com olhar e o pobrezinho se encolheu e calou na hora.

- Deusa, por favor.- é melhor falar mansinho, aí sim ela acalma. 

- Tudo bem, podemos ver Thor.- finalmente.

Com a pressa do flash o menino arrumou nossos bilhetes e deu pipoca de graça só para gente desaparecer o mais rápido  possível. Ocupamos nossas poltronas a tempo da sala escurecer e o filme começar. Durante todo o filme Arli se manteve atenta e não desviou o olhar uma única vez. Neste meio tenpo eu aprende que Arli nunca vê um filme em vão, por mais que for de comédia (que ela rosnou para mim que odeia) ela sempre tira alguma coisa dele, as vezes coisas que as pessoas mal notam.

O filme acabou e a gente saiu da sala, Arli entrelancou nossas mãos  e apoiou a cabeça em meu braço já que ela nem sequer chegava no ombro, eu amava minha baixinha.

Hoje decidimos tirar um dia só nosso, pela produção das novas joias o trabalho aumentou muito para nós dois e quase não estamos juntos então hoje mandamos tudo para o inferno e decidimos sair com celulares desligados.

Paramos em uma sorveteria e a Arli pediu um sorvete bem grande e recheado com algodão doce e pepitas, eu não registe e pede o mesmo. O sorvete é uma delícia, tudo que faz mal é mesmo uma verdadeira delícia. Terminamos o sorvete  e caminhamos pelas ruas, Arli não queria usar nenhum tipo de transporte, ela disse que o dia estava bom demais para sofrer dentro de um carro.

Paramos no parque e minha deusa sentou na grama para apreciar  as crianças  brincando. Ela pegou um papagaio de papel de uma criança e ficou brincando com ela, seu sorriso era grande e luminoso, Arli estava feliz e seus olhos brilhavam constantemente  dando uma cor azul muito mais intensas a seus olhos.

Arli voltou cansada mas mesmo assim nos introduziu no meio de algumas crianças que ficaram girando e cantando a nossa volta. Algumas sopravam suas palinhas dando vida a bolas de sabão  que flutuaram no ar, Arli ria muito que convulcionava. A brincadeira acabou quando alguns pais ou babás vinham buscar as crianças, mas mesmo assim seus sorrisos ainda iluminavam tudo, criança é uma luz incrível.

Terminamos nosso passeio com uma visita à estátua da liberdade e um lindo por do sol para acompanhar. Caminhamos a pé até casa e por sorte Arli aceitou ficar lá em casa sem briga ou debater.

Chegamos em casa e Arli logo correu para tomar um banho, mulheres e banho. Me joguei na cama e liguei meu celular e não fiquei nada surpreso ao ver uma montanha de chamadas do Derick, o cabeça de gel deve aprender a relaxar um pouco. Arli saiu do banho e eu entrei, tomei um banho rápido e sai já vestido. Passamos a maior parte do tempo com meus irmãos comigo a envergonha-los enquanto contava suas travessuras de infância, sem a vovó nenhum deles tem voz comigo já que eu sou muito mais velho deles e eles mal sabem directo da minha adolescência.

Submerso (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora