II

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Arlissa

" Toda noite escura, tem uma lua que a ilumine
-E.S "

Anos atrás

-Papai por favor, para! - gritei sentindo a fita do cinto queimar minha pele e a rasgar com força.

- Odeio você, nunca devias ter nascido. Aberração! - papai gritou e outra vez o sinto rasgou minha pele, mas desta vez oque eu sente arder foi meu coração e minha alma.

Meu pai me batia com tanta força e raiva que eu sentia o sangue escorrer de minhas costas para o chão, mas oque me aterrorizava era a aura que vinha dele, era uma aura malignica, impura, sádica. Tudo oque ele fazia lhe proporcionava prazer e alegria, mas o mistério é que era so comigo, porque Samanta e sasha eram suas princesas, mas eu... eu era a aberração.

Presente

Acordo sobressaltada e com o coração a mil por hora, malditos pesadelos, maldito homem. Sinto a cama afundar de leve e vejo o pain subindo na minha cama

- Olá garoto, também não consegues dormir é - Afago seus pelos e o abraço forte.

Pain é o meu cachorro, ele é um pastor alemão branco muito lindo. O adotei quando ele era bebé, encontre-io na rua abandonado, sujo e ferido. Então o levei para casa, limpe, alimentei e cuidei com muito amor e carinho e até hoje ele é o meu melhor amigo do mundo.

Sai da cama e fui para o banheiro, joguei água no meu rosto e olhei meu reflexo, a minha vida real é uma merda absoluta. Toda vez que eu acordava assim eu sabia que meu dia séria horrível. Escovei os dentes e tomei um banho relaxante de água morna. Sai do banheiro e coloquei uma roupa qualquer do armário. Sai do quarto e caminhei desanimada até a cozinha

- Bom dia minha irmãzinha linda!.

- Não estou no clima Aiden - Disse desanimada fazendo sua animação desaparecer

- Pesadelos com ele? - perguntou triste

- Infelizmente - peguei uma garrafa com água e sai de casa não querendo conversar.

Prefere descer as escada, elevador é sufocante e muito pequeno. Coloquei meu auricular e liguei " all by my self" essa é a unica cantora que eu e sasha amavamos, nós nunca discutíamos quando o assunto era Celine Dion, nunca. Caminhei até o central park e sentei num banquinho observando as pessoas enquanto passavam, brincavam ou simplesmente não faziam nada como eu.

-Ai! - sento alguém me empurrar e viro-me pronta para bater quando vejo uma menina loirinha encolhida no chão

- Desculpa, não queria te machucar, so.. - ela começou a chorar e ergue a sobrancelha

- Porquê que estás a chorar?

- Briguei com meu irmão mais velho e ele falou coisas horríveis e eu também e..

- Espera, quantos anos tens? - perguntei intrigada

- Dezessete, meu nome e Diana

- Arlissa

- É um prazer

- igualmente, Diana - ela sorriu em meio as lágrimas

- Agora me explica direito oque houve - pede e ela sentou ao meu lado

- Meu irmão e eu brigamos muito por causa da super proteção dele comigo, eu disse a ele quê estava namorando e ele pirou, disse que sou muito criança e não pode. Ai eu fiquei furiosa e disse a ele que desejava que ele não fosse meu irmão e... e isso o magoou muito e agora ele não fala comigo - eu entendia ele, se eu ouvisse essas palavras de algum dos meus irmãos também ficaria chateada.

- Primeira pergunta, porquê que namoras?

- Porquê quero, eu amo meu namorado - Eu ri

- Não amas não. Me fala a verdade

- Quem és tu para falar isso, não tens nenhum directo - Ela alterou-se e lembrei da sasha

- Terminaste?

- Como assim? Oque que... - Ela suspirou e voltou a sentar - Eu.. não amo meu namorado, so namoro com ele porque minhas amigas queriam e minha mãe disse que ele e um ótimo partido para mim - vida de adolescente e difícil

- Nunca vas ser feliz assim, dependendo dos outros e agindo pelos outros, apesar de ser tua mãe, ela não sabe oque é melhor para você, isso só tu sabes

- Mas minha mãe.. ela..

- Amor e algo muito simples e ao mesmo tempo complexo demais, dinheiro não garante amor e viver pelos outros também não. Ou tu vives a tua vida, ou a dos outros - olhei para ela e sorri de leve

- Obrigada - se atirou em meu braços com força e sente algo puro e bondoso nela, ela era diferente mas um diferente bom

- Agora vai fazer as pazes com teu irmão

- Posso ter teu contacto Arlissa?

- Claro - trocamos os contatos e nos despedimos.

Continuei sentada no banquinho até o meio dia e decide ir para casa fazer o melhor do mundo, jogar.

Submerso (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora