capítulo 1 - atitudes infantis

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Para Harry Styles, nada era melhor do que o verão, não que ele não gostasse da escola, muito pelo contrário, ele adorava fazer parte do grêmio estudantil e do time de vôlei - mesmo que não jogasse muito bem e mesmo que as pessoas não fossem muito receptivas. Mas definitivamente, o acampamento de verão era melhor, já que lá ele tinha amigas.

A escola era a melhor parte do seu dia, por isso sempre tentou ficar o máximo de tempo possível ali, já que em casa teria que aturar o padrasto ranzinza.

A única parte ruim da escola tinha nome e sobrenome, Louis Tomlinson, o típico garoto popular, com fama de galinha, jogador do time de futebol e extremamente bonito - não que Harry algum dia tenha reparado nisso, porque ele não reparou.

Tudo começou no primeiro dia do primeiro ano do fundamental, quando Louis roubou a torta de morango de Harry no intervalo. Eles eram apenas crianças, mas foi o suficiente para deixar um Harry de seis anos completamente emburrado. Desde então trocam alfinetadas e xingamentos.

Tudo piorou quando foram para o mesmo acampamento naquele verão e nos outros seguintes, sendo colocados em equipes diferentes. Louis pareceu gostar de ver o cacheado saindo do carro do padrasto e caminhando até o monitor, mas assim que Harry o viu, cruzou os braços e mostrou a língua para o mais velho - um ato infantil? Com certeza, mas ele tinha apenas sete anos.

Foi assim que aquela "rivalidade" cresceu, com Louis de oito anos empurrando o Harry de sete anos em uma poça de lama, com Harry de dez anos colocando sal no café da manhã de Louis de onze anos e muitas outras histórias complicadas e infantis.

O pior de tudo era que suas mães se tornaram melhores amigas e viviam indo uma na casa da outra para fofocar, sempre arrastavam o filho para tentarem mudar aquela relação estranha que os garotos tinham. Algo que nunca funcionou.

Harry nunca esteve disposto a conversar com Louis sobre aquela relação, já que o garoto até parecia se divertir com aquilo. Mas não faria diferença.

Mas quando deixavam aquela rivalidade um tanto quanto infantil de lado, pareciam ser bons amigos que se conheciam desde sempre - o que de certa forma era verdade.

O sinal tocou, indicando finalmente o fim do último dia de aula, fazendo os alunos correrem para o estacionamento, e como Harry não estava com a mesma empolgação, apenas esperou que todos os alunos saíssem da sala para finalmente ir até o próprio armário.

— E aí, Styles — aquela voz irritante o chamou, o fazendo revirar os olhos enquanto colocava todos os cadernos que estavam no armário, dentro da mochila. — Quer carona? — perguntou como se fossem melhores amigos. — Minha mãe me avisou hoje de manhã que iria para a sua casa.

Harry terminou de guardar todos os cadernos e livros e finalmente fechou o armário, vendo que Louis estava atrás da portinhola com o braço apoiado na parede, com aquela pose que o deixava enjoado.

— Não, obrigado. — diz simplesmente, antes de se virar e andar até a saída da escola, encontrando poucos alunos nos corredores.

— Qual é, gracinha — Louis o seguiu, e ninguém precisava saber que aquele apelido deixava Harry envergonhado e com as bochechas vermelhas. — Eu estou indo pra lá, não tem porquê você ir andando.

Harry para de andar, fazendo o corpo de Louis colidir com suas costas.

— Não me importo de ir caminhando, já disse que não precisa. — suspirou, sabendo que o mais velho não iria ficar quieto até que ele aceitasse.

— 'Tá bom então. — deu de ombros e voltou a caminhar.

Harry ficou estático sem saber como reagir, aquilo nunca, repito nunca tinha acontecido. Louis sempre insistia até que Harry estivesse no banco do passageiro e eles estivessem indo em direção da casa do cacheado, ficando o caminho inteiro apenas escutando as músicas que passavam na rádio.

Dear Louis, I hate youOnde histórias criam vida. Descubra agora