capítulo 3 - acampamento cerejeira

383 63 24
                                    

Harry não sabia o que fazer, a semana inteira ignorou completamente as mensagens de Louis e sempre que o mais velho estava em sua casa, fingia que estava dormindo ou simplesmente deixava a porta trancada.

Ele não sabia como olharia para o de olhos azuis depois de tudo, e só de imaginar que Louis poderia zombar dele por beijar mal ou qualquer coisa do tipo, ele precisava respirar fundo para não surtar.

Naquela sexta-feira, quando Louis acordou, ele agiu normalmente, como se nada tivesse acontecido, mas a questão era, algo tinha acontecido sim, ele literalmente foi o primeiro beijo de Harry.

Talvez ele estivesse sendo um pouco dramático, mas para Harry, isso era uma coisa grande e importante.

O maior medo de Harry no momento, era perder aquela relação um tanto quanto estranha que ele tinha com Louis, porque querendo ou não, era algo que ele gostava, mesmo que na maior parte do tempo, desejasse que Louis apenas ficasse quieto e imóvel.

— Harry — Anne o chamou. Eles estavam do lado de fora da casa, colocando as malas do mais novo no carro, já que eles iriam para o acampamento. — Vai atrás, vamos passar na casa do Louis. — assim que ouviu isso, fechou o porta-malas e olhou para a mãe com os olhos arregalados.

— O quê? — perguntou levemente atordoado.

— O carro de Mark está no conserto. — respondeu indo em direção da porta para trancá-la, sendo acompanhada por Harry logo atrás.

— Mas ele não disse que não iria? — ele perguntou um tanto quanto desesperado, já que pensou que teria um mês de sossego.

— Ele disse que mudou de ideia. — ela deu de ombros.

— Mas que garoto instável. — ele bufou.

No caminho, Harry roía as unhas, já que se sentia nervoso. Ok, ele não entendia o porquê de estar tão nervoso, talvez a palavra certa fosse envergonhado.

Johannah e Louis já esperavam do lado de fora com as malas ali. Anne desceu do carro para ajudar a guardar as malas, e Harry fez o mesmo logo depois, ainda roendo as unhas.

— Poxa — Louis diz batendo a palma da mão na testa. — Eu esqueci minha barraca — bufou. — Harry, pode me ajudar? — olhou para o mais novo, que apenas arregalou levemente os olhos.

Ele apenas assentiu e seguiu Louis. O que ele irá fazer? Ele irá me matar? Não, ele não faria isso, seria burrice, como esconderia o corpo?

No final, Louis realmente tinha esquecido a barraca, que estava em cima de sua cama, ele logo notou que Harry estava muito estranho, então parou e o encarou.

— O que foi, gracinha? — ele perguntou, tentando não rir.

— Nada. — Harry balançou a cabeça negativamente repetidas vezes, fazendo Louis prensar os lábios.

Gracinha, não precisa ficar com vergonha, não vou fazer nada que você não queira, e muito menos te constranger publicamente. — ele diz se aproximando.

Louis segurou a cintura de Harry e deu um singelo carinho com o polegar ali, e sorriu quando as bochechas do menor coraram, não se aguentou e deixou um beijo casto na onde ficou avermelhado.

— Deus, você é adorável, gracinha. — ele ri antes de se afastar e pegar o que tinha esquecido.

Bochecha idiota, garoto idiota, argh! - Harry pensou.

X

Eles já estavam na estrada, o acampamento ficava em uma cidade vizinha, não era muito longe.

Dear Louis, I hate youOnde histórias criam vida. Descubra agora