Destiny (ziam)

New house

— Você pode ficar na minha casa. — Louis sugeriu, vendo Harry concordar, embora a expressão séria do cacheado fosse um enigma que o incomodou desde o começo daquela conversa. 

Liam estava entre amigos, falando sobre Zedd e os dias que passou com Zayn. Harry se segurou para não explodir em meio a aquela arrumação e isso estava lhe custando serenidade, porque Liam tinha sofrido uma ameaça e não pôde impedir.  

Louis estava preocupado, assim como Liam, que conhecia bem demais o amigo para saber que ele ficou na beira de um ataque de fúria, em circunstância do silêncio ensurdecedor, como fosse um forte indício. 

— E tirar a privacidade de vocês? De maneira nenhuma. — Liam protestou, acomodando suas roupas em malas grandes e emprestadas por Louis. 

— Baby, você está se esquecendo que você não é sozinho. Têm um bebê crescendo na sua barriga e precisa pensar nele. — Styles ponderou, com calma, se manifestando pela primeira vez. — É isso o que estamos fazendo. Se não for ficar com o Zayn… 

— E não vou, por diversos motivos. — Liam deixou claro, achando um absurdo dividir o mesmo teto com o patrão, sem contar que Zedd o acharia lá com mais facilidade. 

— Então, que fique na minha casa. Harry, faça as honras. — Louis implorou ao alfa, levando as bolsas com as escassas roupas do bebê para o sofá na sala.

— Você não têm muita escolha, Lee. No Brooklyn não dá pra ficar, com o Zayn muito menos. Então, acho que o Lou vai ganhar um colega de apartamento. — disse o alfa, vendo Liam suspirar e considerar.

Liam tinha angústia e rancor de Zedd por tornar sua vida um tormento. Vivia se perguntando como ele pôde odiar tanto o filho deles e não ter a mínima consideração com seu estado ou com a história que viveram, ao ponto de se render ao egoísmo e ameaçar sua vida, porque queria alcançar o sucesso sem empecilhos no caminho. 

Payne não conseguia aceitar a atitude do ex, muito menos ter empatia, porque ele andou sendo um miserável e sem escrúpulos para atacar o seu filhote que sequer tinha nascido. 

E, por sua culpa, estava naquela situação.

— É só até o bebê nascer, depois eu pego as nossas coisas e arranjo outro lugar, porque…. 

— Você vai ficar pelo tempo que precisar, sem estresse, sem estipular uma data e sem preocupação. — Louis interrompeu, sendo carinhoso ao tocar a mão do amigo e beijá-la para acalmar os ânimos dele. 

— Obrigado, Lou. Eu não queria ter que passar por isso… — Liam desabafou, com a voz embargada. Harry inflou as narinas e respirou pesado, chamando a atenção dos dois.

— Eu entendo, embora sequer consiga imaginar o que você está sentindo de verdade. — Louis o puxou para um abraço bem aceito por Liam. Ele considerou o gesto como um bote salva vidas.

O resto da arrumação se seguiu em silêncio, em um período curto, devido a quantidade reduzida de coisas que pertenciam a Liam e ao seu bebê. Os móveis eram da casa, o que não dificultaria muito em sua mudança. 

Era doído ver os rastros de destruição de Zedd no quarto, o tanto de carinho que pôs para ajeitar as coisas do filho e com esperanças de que ele pudesse se acomodar ali quando nascesse. 

Quando deu as costas para tudo aquilo, trancou a porta e respirou fundo, grato por ter para onde ir, mas lamentando o seu destino. 

O caminho foi longo, preenchido por Louis cantando as músicas do rádio, enquanto dirigia. Harry permanecia inquieto, enquanto Liam esperava uma oportunidade para conversar com ele a sós.