Destiny (ziam)

Humiliation

Liam chegou cedo o bastante para escutar as frases acaloradas em meio a discussão. Não chegava a ser oito horas e seus patrões se exaltaram no andar de cima. Estranhou Zayn estar em casa naquele horario, mas deixou para lá.

O conteúdo da briga foi um tanto incompreensível e também não era como se Liam se interessasse, embora achasse triste ver um casal daquela maneira. Zayn era comedido e não usava seu timbre específico em respeito aos ômegas da casa, muito menos tinha a intenção de vencer aquilo, sendo que quis mostrar a esposa o quão desgastado o relacionamento estava se encaminhando para ficar e que não dava para continuar mantendo uma situação que, aparentemente, não iria para frente.

O ômega tinha motivos para se sentir nostálgico, porque Zedd era escroto e o irritava com sua maldita voz de alfa para impor suas vontades. Ficava facil perder a razão e se desculpar logo em seguida, porque Liam perdoava e os chamemos retornavam. Ele esteve assim por quase um ano, porque nos primeiros dois anos, Zedd era um anjo, com um dom de remix em músicas, por dar uma de dj, que encantava Liam por seu alfa descolado e romântico. Mas ele se tornou um grande saco de merda sem muito custo.

Era horrível pensar que se encontrasse outro homem, que ele se tornaria a porcaria de um Zedd em sua falta, por isso estava melhor sozinho com seu bebê.

Assim que Liam terminou de ajeitar a cozinha, no final da tarde, Gigi apareceu, com um hobby longo, cabelos presos, uma máscara facial verde e uma feição desagradável. Após o desentendimento do casal, Zayn tinha saido sem que alguem visse e foi melhor assim.

— Precisa de alguma coisa, senhora? — se prontificou, vendo a patroa tirar um jarro d'água da geladeira. Ela esteve trancada pelo dia todo, recusando refeições e contato. E estava quase na hora de Liam sair para se encontrar com Harry.

— Que se afaste de mim com esse odor repugnante. — Liam murchou, chateado pela grosseria da mulher.

— Certo, com licença. — Liam deixou de lado a vassoura.

— Espere. — pediu, apos esvaziar seu copo d'água. Liam parou e a encarou. — Meus pés precisam de um refresco e você pode fazer isso por mim. — ela se sentou e Liam parecia surpreso com o desejo inusitado.

— Quer que eu faça uma massagem? — questionou, entendendo onde ela pretendia chegar.

— Algum problema? Pelo que eu saiba, você é pago para nos servir. — disse, em um tom ríspido, que deixou Liam para baixo.

— Não, senhora. — abaixou a cabeça e se ajoelhou próximo a ela.

Liam tirou as pantufas e apoiou os pés de Gigi em suas coxas. Não era tão bom com massagens, mas tentaria.

— Isso... Perfeito. —ela relaxou e fechou os olhos ao sentir seus dedos serem pressionados pelas mãos do ômega. — Até que você não é tão desprezível quanto pensei.

Liam engoliu mais aquele desaforo. Se não tivesse uma razão muito forte para estar ali, já teria pedido as contas e cruzado a porta, mas não sem antes dizer alguns desaforos na face entojada de sua patroa.

Tudo pelo seu filho. Ele pensava, enquanto se empenhava em agradar a mulher, porque tudo o que não precisava era se indispor com ela.

E Gigi claramente não simpatizou com Liam desde que o viu pela primeira vez. Ele podia ver a feição de nojo que ela direcionava a ele sempre que estava perto.

O ômega ouviu passos, mas continuou a sua função.

— Liam, preciso de você no meu quarto, querido. — Trisha pediu. A voz dela foi como um alivio para Liam.