Capítulo 51 — Testemunha.— Ops, é uma pena que ele já tenha ido embora hoje. — Marcela deu um sorriso cínico.
— Não pense que vai se safar, amanhã sem falta quero você e ele aqui na minha sala. — Luís reforçou, se segurando para não se exaltar mais.
— Pode deixar, chefinho. — A professora de zumba afirmou, ainda exibindo o mesmo olhar de desdém.
Luís esfregou os dois olhos com força, deixando que ela saísse de sua sala. Roger a seguiu pelo corredor e a parou, dizendo seriamente:
— Celita, escuta aqui. Eu não vou deixar que isso passe batido.
— Por que você tá tão preocupado? Só porque até o Átila me pegava e você não?! — Ela vociferou, recebendo um olhar de reprovação do amigo.
— Fica esperta, eu não vou te defender pra sempre. — O professor avisou-a uma última vez antes de se retirar da frente dela.
— Você já deu as costas pra mim, de qualquer maneira! — Marcela exclamou, vendo-o andar.
♢♦♢
Carlos estacionou na garagem de casa e viu que o namorado já o esperava na porta de entrada. Fernando perguntou algo sobre o jantar e o outro não respondeu. O instrutor fechou a porta de entrada com pressa e encostou o artista contra ela. Carlos pressionou-se contra o corpo do namorado, beijando-o como se demonstrasse toda a saudade que sentia dele, mordiscando seu lábio inferior, levando as mãos aos seus cabelos, roubando sua língua para si.
Como já precisavam de um banho pelo dia cheio, Fernando foi guiado por Carlos ao banheiro da suíte, mal chegando e já tendo suas roupas retiradas por ele. Erguia seus braços para ajudá-lo, também aproveitando para livrá-lo do uniforme de academia, auxiliando-o a se despir, agora jogando todas as peças ao cesto de roupas.
Não demorou para que a água caísse sobre suas cabeças e entregaram-se a um beijo completamente molhado. Era a primeira vez que tomavam banho juntos e, apesar de terem se visto nus antes, a sensação era nova.
O artista admirava os cabelos longos e molhados do instrutor, enquanto a água escorria até a parte mais escondida e que tanto tinha sorte de poder olhar. Fernando segurava as laterais daquele quadril que sempre respondia aos seus toques e deixou seu beijo falar o quanto o desejava naquele momento.
Carlos queria aproveitar aquele momento para provocar o namorado. Sabia que sempre conseguia aquilo quando fazia com que ele o abraçasse por trás, lembrando-se de diversos momentos em que Fernando quase enlouquecia com aquilo.
O instrutor teve que se afastar do beijo para dar as costas para ele, sentindo as mãos do artista em seu abdômen e o corpo dele já animado, se esfregando entre suas partes mais baixas.
— Você vai me ajudar a esfregar as minhas costas? — Carlos perguntou, deixando claro sua intenção ao esticar para pegar o sabonete e a esponja, pressionando mais seu traseiro contra a ereção dele.
— Eu esfrego em qualquer coisa que você quiser... — O artista afirmou, sem segurar o sorriso malicioso.
O instrutor deixou que o namorado lavasse suas costas enquanto deixava claro o quanto queria repetir tudo o que fizeram no dia anterior. E a tarefa mais difícil, era terminar o banho antes de que finalmente pudessem pular para a melhor parte.
Depois de ter a ajuda dele, Carlos se afastou para ensaboar seu artista, tomou um pouco de shampoo em mãos e espalhou pelos fios encharcados do do namorado, massageando-os carinhosamente enquanto o via fechando os olhos para protegê-los da espuma. Pouco depois, viu-o colocar-se sob a água para enxaguar seus cabelos.
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Indigente [COMPLETA]
RomanceEm meio à olhares tortos de reprovação vindo dos clientes, apenas um olhar era de compaixão quando um andarilho adentrou uma lanchonete no centro da cidade. Carlos parou de comer ao ver o pobre homem chegando, sentindo seu peito apertar ao vê-lo lar...