Capítulo Vinte e Cinco.

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∞ Capitulo Vinte e Cinco. ∞

. Em quanto Cristiano dava um jeito em sua vida, Marcelle estava em casa no telefone com Dulce, a babá.

- Oi Marcelle, liguei para convidá-la para uma social que vai ter aqui em casa em comemoração aos meus cinco anos de casamento. — disse.

- Que linda, quando irá ser Dulce? — perguntou animada.

- Amanhã, às oito da noite... Desculpe ligar tão em cima da hora, mas é que tinha muita gente pra ligar e ainda por cima meu marido só decidiu que faria alguma coisa anteontem. — disse desculpando-se.

- Não tem problema... Eu vou sim, preciso distrair um pouco minha cabeça mesmo. — respondeu.

- Você será muito bem-vinda aqui, estarei esperando-te então. — disse.

- Tudo bem. — respondeu.

- Se quiser pode trazer o seu marido. — falou.

- A Dulce, ele não é o meu marido... Isso é uma longa história que com o tempo eu te conto.

- Nossa é mesmo, eu havia me esquecido desse detalhe, me desculpe.

- Fica tranqüila. — respondeu com uma voz doce. — Então, até amanhã?

- Até. — disse. — Vou desligar beijos. — acrescentou.

- Beijos. — Marcelle disse e desligou primeiro.

  . Estava brincando com o Raí quando Cristiano chegou com um sorriso de orelha a orelha.

- Cristiano, você irá sair amanhã? — perguntou.

- Não, por quê?

- É que amanhã, vou ter um compromisso à noite pra ir e eu não poderei levar os gêmeos, você pode ficar com eles? Se não quiser, eu deixo com meu pai. — disse.

- Tudo bem, eu fico com eles para você ir ao tal compromisso... Posso saber aonde você vai?

- Não! Até por que não te devo satisfações da minha vida. — respondeu.

- Não sei se é do seu interesse, mas, eu terminei com Verônica.

   . Ao dizer isso, o coração de Marcelle deu um contragolpe, acelerou tanto que estava com medo de que Cristiano ouvisse as batidas.

- Não é do meu interesse! — respondeu mentindo.

- Olha Marcelle, eu espero que um dia você possa me perdoar por todo mau que lhe causei. — disse ele olhando bem no fundo dos olhos da moça.

- Eu nunca poderei te perdoar, Cristiano. — respondeu friamente e Raí resmungou querendo atenção, então ela o pegou e começou a balançá-lo.

- Às vezes eu sinto que você ainda gosta de mim, e que ainda não me esqueceu como eu também não te esqueci. — ele diz ficando de frente para a moça.

- As coisas que você sente estão totalmente erradas, eu não gosto de você e já te esqueci. — respondeu rigorosa.

- Como você me esqueceu sendo que meus filhos são idênticos à mim? — arqueou a sobrancelha ao dizer.

- Esquecendo! Cristiano, essa nossa conversa não irá nos levar para lugar algum, somente irá me deixar mais irritada e com dor de cabeça.

- Eu ainda teria chances para conquistá-la? — perguntou receoso.

- Não! — disse e a empregada veio dizer que o almoço estava pronto, nisso a Alana chorou, deveria estar com fome. — Vou buscá-la. — respondeu saindo o mais rápido possível dali, seu coração batia de forma acelerada.

     . Chegou ao quarto, pegou a garotinha que soava, colocou no braço esquerdo já que no direito estava Raí e desceu, na mesa estava André e Cristiano, a moça sentou-se e serviu-se de comida com dificuldade, depois tratou de seus filhos e eles ali pouco conversaram.

- André, eu terminei o meu relacionamento com Verônica. — disse Cristiano.

- Isso é ótimo. — disse o '' sogro''.

- Eu queria saber como irá ficar minha situação. Eu já não sou mais da família, você irá querer que eu vá embora? — perguntou receoso.

- Não precisa ir, você sempre foi uma boa pessoa pelo menos pra mim. Continue com o seu trabalho, só não pise na bola do jeito que bem, você já sabe. — falou jogando um olhar de relance para a filha que estava de cabeça baixa, torcendo para que não fosse chamada na conversa.

- Eu irei adorar poder ficar aqui perto dos meus filhos, e creio que não irei pisar na bola... Só não sei se, sua filha aprova de eu ficar aqui.

 Maldito Cristiano — praguejou mentalmente Marcelle.

- Não será um problema pra mim desde que você fique no seu canto e eu no meu, que se interesse somente pelos seus filhos e não pela mãe deles! — respondeu Marcelle sem se preocupar com André.

- Está certo que será meio complicado não me interessar por você Marcelle, mas farei um esforço. — respondeu Cristiano olhando fixo dentro de seus olhos.

- Se não fizer o esforço, peço para que o senhor pai o mande embora. — disse olhando pra André que segurava o riso, sem motivos.

- Tudo bem querida, se cada um ficar no seu canto, facilitará. — respondeu limpando a boca que nem suja estava.

   Que Deus me dê forças para resistir à esse homem. — pensou Marcelle.

 

Amar em DobroOnde histórias criam vida. Descubra agora