Capítulo Cinquenta e Dois.

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            Capítulo Cinqüenta e Dois.

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- Letícia? – Marcelle chama a amiga.

- Estou aqui amiga, não fale muito. – disse ela preocupada.

  . E então, Marcelle tenta mover suas pernas e não tem resultado, ela olha para a amiga com os olhos arregalados como se Cristiano não estivesse ali e sente seus olhos marejarem de lágrimas.

- O que aconteceu, está doendo alguma coisa? – disse Letícia encarando a amiga de volta.

- Não sinto minhas pernas. – ela diz derramando as lágrimas.

- Oi? – Cristiano diz fitando as pernas cobertas da moça.

- Eu não sinto minhas pernas, estou paraplégica! – ela diz chorando alto.

- Irei chamar um médico, calma. – respondeu Letícia, entregou os filhos para Cristiano e saiu em disparada.

- Calma Marcelle, não chora... tudo irá ficar bem. – disse tentando acalmá-la, mas quanto mais ele tentava mais ela chorava.

- Minha vida é uma merda. – ela diz fungando e o doutor entra ao lado de Letícia, encara os filhos, mas não diz nada.

- O que está acontecendo? – perguntou o doutor.

- Não estou sentindo minhas pernas doutor, aliás nada que fica da cintura para baixo. – disse ela tentando conter as lágrimas, o doutor faz cara de poucos amigos.

- Teremos que fazer alguns exames Marcelle, eu já volto. – disse saindo e depois de alguns minutos voltou com uma cadeira de rodas.

- Irei coloca-la aqui, já que você não consegue andar. – disse retirando-a do soro, descobrindo suas pernas e a pegando no colo. Naquele momento, Cristiano ficou morrendo de ciúme, custou a acreditar que aquele médico queria apenas que ela fosse sua paciente e não algo a mais, respirou fundo ao vê-la sair.

- Eu espero do fundo do meu coração que esse doutor queira ter algo com a Marcelle! – disse Letícia pegando as crianças e saindo atrás da amiga, deixando-o sozinho.

- Eu não irei deixar. – respondeu Cristiano alto e bufou.

   . Depois de quase uma hora, o doutor volta com Marcelle que está de cabeça baixa.

- E então, doutor? – perguntou Letícia.

- Teremos que esperar alguns minutos até que o resultado saia. – respondeu ele preocupado.

- Entendo... – disse.

- É doutor desde quando? – perguntou Cristiano irritado.

- Desde que me formei. – retrucou com um sorriso irônico, Letícia começou a rir pelo jeito que o doutor respondeu, mas depois que todos olhavam pra ela a mesma parou.

- E qual é seu nome? – perguntou Letícia, curiosa.

- Arlindo, mas pode me chamar de lindo por que o ar eu perdi quando vi a paciente. – disse rindo.

- A paciente é minha namorada! – disse Cristiano.

- Pelo ao contrário, a paciente é solteira ele é aquele tipo de ex que não aceita o término, entende doutor? – disse.

- Sim, mas brincadeira a parte... O meu nome é Laerte. – respondeu.

- Um nome bonito, uma letra depois do M de Marcelle, nossa é o destino. – disse brincando.

- Estou aqui ainda. – disse Marcelle erguendo a cabeça, estava envergonhada.

- Pode ser. – disse o doutor. – Vamos voltar para o quarto, a Marcelle acaba de sair do coma, não pode ficar no corredor, atraí bactérias. – disse e Cristiano com ele travaram uma luta por querer os dois empurrarem a cadeira de rodas.

- Deixa que eu leve. – disse Letícia e caminhou com a amiga até o quarto.

     Alguns Minutos Depois...

. Alguns minutos depois os exames saíram, estavam todos aflitos no quarto e Marcelle só queria ter a certeza do que já temia, e quando o doutor entrou no quarto abrindo o exame, olhou para todos com cara de poucos amigos.

- O que eu tenho doutor? Eu quero saber se é o que eu estou pensando. – disse Marcelle novamente com lágrimas nos olhos.

- Marcelle, eu disse para todos aqui que se você sobrevivesse ficaria com seqüelas, poderia ficar sem ouvir, sem falar, até mesmo paraplégica. – o doutor explica.

- Vamos direto ao ponto doutor. – disse e suspirou.

- Você ficou paraplégica, Marcelle!

Amar em DobroOnde histórias criam vida. Descubra agora