Capítulo Trinta e Dois.

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               Capítulo Trinta e Dois.

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    . Cristiano então foi atrás de Marcelle e quando a alcançou, puxou seu braço com tudo fazendo os corpos praticamente se chocarem, Alana resmungou.

 - Me solta, Cristiano! – ela diz tentando soltar seu braço, mas era praticamente impossível.

- Agora você vai me ouvir! – ele respondeu irritado puxando-a para seu quarto, ao chegar trancou a porta e colocou as chaves dentro da bermuda.

- Me deixe sair daqui, seu idiota! – ela diz irritada.

- Eu disse que você vai me ouvir e nem tente fugir pela janela por que você mesmo sabe como é alto. – respondeu.

- Então fala! – ela disse colocando a bebê em cima da cama e forrou com travesseiros para que ela não caísse.

- Eu sou apaixonado por você Marcelle desde o primeiro dia em que nos conhecemos na França, eu nunca tirei você dos meus pensamentos, eu não te abandonei por que eu quis e sim por que era obrigado, eu tinha uma noiva aqui no Brasil que me esperava de braços abertos e eu a traí com você e nunca te contei nada por que sabia que você não me daria nenhuma chance. Mas a verdade é que, desde que te abandonei eu nunca mais sequer consegui encostar um dedo em Verônica por que era você quem vinha na minha cabeça quando eu tentava transar ou quando eu a beijava, era você! E eu pensei muitas vezes em abandonar Verônica e voltar pra você mas eu tinha medo de acontecer o que está acontecendo aqui, tinha o medo de você me odiar como me odeia agora. Chamei meus filhos de erro por que estava nervoso, irritado, pois não sabia o que faria da minha vida tendo uma noiva no Brasil e uma amante na França grávida de mim. Mas, eu nunca te esqueci Marcelle, em todos esses meses eu só pensei em você, no quanto fui feliz ao seu lado e especial, aqui eu não era nada além de um simples noivo. – ele diz com lágrimas nos olhos, e prossegue:

- E quando você apareceu com dois filhos que eram meus, eu quase não me contive de tanta felicidade mas eu vi que a mãe deles já não era mais a mesma pessoa doce de antes, ela se tornou fria, e soube se defender e defender a vida dos dois filhos, não quis me dar trégua para explicações e eu precisei fazer isso para ela poder me ouvir. Eu te perdi Marcelle e eu sei que eu nunca irei conseguir desfazer o meu erro e voltar atrás para sermos eu, você e nossos filhos, mas eu só queria que você soubesse que mesmo depois desse tempo, eu ainda te amo e amo de verdade, eu não quis te usar, e muito menos te abandonar. – ele diz secando uma lágrima e Marcelle chorava baixinho.

- Isso não justifica o que você fez Cristiano, você me machucou, falou coisas horríveis para mim naquele restaurante e o que era felicidade pra mim por ter um filho seu, se tornou um pesadelo. Eu tive uma gravidez complicada e não tive ninguém além de uma amiga, eu não tive família e tão pouco o pai dos meus filhos ao meu lado me dando forças para continuar aquela gestação, eu nunca tive vontade de abortar uma criança, mas eu sofri tanto, mais tanto nessa gravidez que só faltava mesmo eu ter tirado para eu ser infeliz pelo resto da minha vida. Você destruiu o meu coração de todos os modos que conseguiu, me enganou, mentiu pra mim e foi com essa decepção que eu sou isso que você vê hoje... fria, nervosa que nunca te dá trégua para se explicar. Eu não estive feliz quando te vi dentro dessa casa e tão pouco fiquei feliz quando você ligou os seus pontos e descobriu que Alana e Raí eram seus filhos, por que eu sabia que agora que você havia descoberto pra sempre teríamos uma ligação que eram eles. Sou feliz por ter reencontrado meu pai, mas infeliz por você ter aparecido no meu caminho novamente, por ter que ver o causador de todas as minhas feridas mais profundas todos os dias da minha vida. – ela diz derramando suas lágrimas, em seguida levanta e pega Alana no colo.

- Marcelle, me dá mais uma chance, só uma de poder fazer você feliz. – ele pede.

- Não Cristiano, eu não sou vídeo-game para dar chances à ninguém. – ela responde. – Abra a porta, por favor. – pediu e ele tirou as chaves de dentro da bermuda e entregou à ela.

- Obrigada! – respondeu, abriu a porta e saiu.

   . Em seu quarto, Marcelle chorou por ter um coração, por lembrar-se todos os dias de tudo que Cristiano causou em sua vida, chorou por querer dar uma outra chance e não conseguir, chorou por parecer tão fraca e vulnerável nessas situações.

Amar em DobroOnde histórias criam vida. Descubra agora