Capitulo Seis.

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A noite logo caiu e Marcelle estava em seu quarto trocando a falta de Raí em quanto Alana brincava com o pote de lenço humidecido.
- Filha, não pode colocar na boquinha. - diz Marcelle tirando o pote de suas mãos, colocando-o longe e a garotinha começa a choramingar. - Alana, como você é birrenta! - diz pegando um brinquedo de borracha que estava ao chão e colocou em suas mãos, o barulho que aquelas duas estavam fazendo era tão alto que Marcelle nem se deu conta de que Cristiano estava ali dentro, encostado à soleira da porta.
- Agora vamos trocar essa fraldinha, senão o meninão da mamãe irá fazer xixi na cama dela. - disse Marcelle com uma voz meiga, colocando uma fralda nova em Raí. - Que bom que você é quietinho filho, será que seu pai foi assim quando criança? - perguntou olhando para o filho que sorria banguelo.
- Eu era muito terrível! - disse Cristiano por detrás dela, a moça deu um pulo e virou-se.
- O que está fazendo dentro do meu quarto? - perguntou irritando-se.
- Na verdade eu vim chamá-la para jantar pois, seu pai pediu já que a Ivone e minha noiva não quiseram subir para te chamar, aí a porta estava destrancada e você não estava ouvindo, resolvi entrar e fiquei vendo você conversando com os pequenos. - respondeu ele com um sorriso.
- Hum. - respondeu sem dar continuidade, virou-se e colocou a roupa em Raí.
- Eles são tão, lindos! - disse Cristiano tentando uma aproximação.
- É são! - respondeu friamente pegando o garoto no colo, em seguida pegou Alana.
- Você vai descer assim? - perguntou ele apontando para a camiseta dela que estava toda suja.
- Vou, por que eu sou mãe de gêmeos e não tenho tempo de ficar me arrumando para jantar com granfinos. - respondeu e ele arregalou os olhos.
- Irão zoar com você lá embaixo, conheço a Ivone! - disse pensativo. - Me dê eles, eu cuido em quanto você se troca, não será um problema para mim. - ofereceu-se.
- Mas pra mim sim será um problema e deixe que essa Ivone zoe, eu pouco me importo com a opinião alheia. - respondeu ela calçando os chinelos com um pouco de dificuldade e desceu, Cristiano foi logo atrás dela, os bebês no colo de Marcelle encaravam com atenção o pai. Era como se soubesse que aquele ali era da família.
(...)
  . Logo Marcelle chegou à mesa, onde estavam Ivone, Verônica e André seu pai, é claro que, as duas a jogaram olhares mortais em quanto o pai a encarava com adoração.
- Boa noite a todos! - respondeu sentando-se e colocando um filho em cada perna, estava cansada, há tempos não tinha um descanço. A verdade é que um filho exige muita responsabilidade, dois então nem se fala.
- Boa noite, filha! - respondeu André.
- Não acredito que veio sentar-se à mesa desse jeito. - disse Verônica e Cristiano sentou ao lado.
- Vim, por que tenho dois filhos se você não percebeu e isso exige muita responsabilidade, quando tiver um, vai saber do que estou falando Verônica. Então, se quiser comer em paz, por favor cala a boca! - respondeu Marcelle, fazendo com que saia um sorriso dos lábios de André, ele a odiava.
   . O jantar transcorreu super bem, ninguém mais '' conversou'' somente os gêmeos faziam barulho, em quanto Ivone e Verônica encarava eles com desprezo, André e Cristiano os encarava com encanto e brilho nos olhos.
- Eles são muito alegres filha! - disse André.
- São sim, pai. - respondeu a moça com um sorriso e a Alana bocejou.
- Acho que têm alguém com sono. - disse Cristiano tentando puxar assunto.
- Pai, o Marcos já trouxe minhas coisas? - perguntou Marcelle evitando Cristiano ao máximo.
- Já sim querida, está no quarto de hóspedes... Amanhã quero que você vá à cidade e compre tudo que for preciso para meus netos, quero que eles tenham um quartinho só pra eles. - disse André olhando torto para Ivone, que torcia o nariz.
- Tudo bem pai, talvez seja melhor... O meu quarto não tem berços e é horrivel que eles durmam comigo, por que eu fico toda apertada. - sorriu.
- O quarto ao lado direito do seu está vazio, para ficar perto você pode fazer o quarto deles lá. - respondeu.
- Pode ser. - disse ela concordando.
- Mas, aquele quarto seria meu e do Cristiano quando nos casássemos! - interrompeu Verônica.
- Vocês já casaram? Não! Então o quarto a partir de hoje é dos meus netos, não gostou? Caí fora, por que você sabe muito bem que não é bem-vinda dentro dessa casa. - falou ele.
- Você é um patético André, vai pagar caro por cada palavra que está me dizendo. - falou a bruxa, levantando.
- Ok, macumbeira! Primeiro, mate uma mosca que eu sei que você tem medo ou nojo, depois... Bom, só depois vêm querer me ameaçar de algo por que você sabe tanto quanto eu, que não é nada e que principalmente, não pode nada dentro dessa casa. - disse e a garota saiu com lágrimas nos olhos e ainda por cima sentindo ódio daquele cara, e de todos menos de Ivone.

Amar em DobroOnde histórias criam vida. Descubra agora