Amar em Dobro

Capítulo Dois.

. Marcelle não sabia o que dizer, estava encantada com o tamanho da mansão e surpresa por Marcos ter feito aquilo.
- Vamos? - perguntou.
- É, vamos. - ela sorri descendo do carro, tira os gêmeos da cadeirinha, coloca um em cada braço até que Marcos tirasse o carrinho, depois os colocou e entraram. Foram recepcionados por uma empregada já de idade.
- Boa tarde detetive Marcos. - a empregada disse.
- Boa tarde, eu posso falar com o André? - perguntou.
- Sim, entrem... Irei chamá-lo, está na área da piscina com a família. - respondeu ela e Marcelle entrou ao lado de Marcos, chegando à sala olhou tudo.
" Família, qual será o verdadeiro significado dessa palavra sendo que nunca tive uma? - pensou a moça com os olhos cheios de lágrimas.
- No que está pensando? - perguntou Marcos.
- No significado da palavra família... Você tem uma? - perguntou ela secando a lágrima.
- Eu tenho, você ainda não tem mais em breve, terá. - disse positivo.
- Olá Marcos. - André entra na sala. - Marcelle o que a senhorita faz aqui? - perguntou.
- Ela é minha acompanhante senhor... Eu vim com boas noticias. - disse o detetive e Marcelle para disfarçar o nervosismo começou a brincar com a Alana, sendo que Rai já dormira.
- Pois fale homem. - disse André de braços cruzados.
- Eu e minha equipe... Encontramos sua filha. - Marcos respondeu e sem querer Marcelle deixa cair a chupeta de Alana fazendo um grande barulho.
- Encontrou? E onde ela está? Eu preciso vê-la, explicar a ela que... Eu não a abandonei e que sempre a procurei. - diz emocionado e Marcos olha para Marcelle.
- Eu estou aqui, bem de frente para você pai. - ela disse com os olhos cheios de lágrimas e André a encarou.
- Você? - ele arregala os olhos.
- Sim. - falou ela mordiscando os lábios.
- Eu fiz um DNA, para provar que você é pai dela André. - ele diz entregando uma cópia para cada e cruzou os braços, e quando os dois terminaram de ler se entreolharam.
- Filha. - André diz e apressadamente a abraçou, Marcelle sentia tanta falta daquele abraço.
- Pai. - ela chorou em seu ombro.
- Eu estive a tanto tempo procurando-te, eu sempre tive esperanças de que ainda a reencontraria. Filha, não fica mais longe de mim, por favor. - disse ele acariciando seus cabelos.
- Eu estou aqui pai, eu não irei sair nunca mais do seu lado. - disse ela beijando o rosto dele e afastou-se, André olhou para os gêmeos.
- Então, essas duas bolotinhas são meus netos? - perguntou encantado.
- Sim, pai... Alana e Raí. - disse com um sorriso.
- Você é casada? - perguntou o pai.
- É um assunto complicado pai... Depois falamos sobre meus relacionamentos. - sorriu fraco.
-O que está acontecendo aqui? - Ivone aparece enrolada em um roupão.
- Ivone, essa é a minha filha... Eu a encontrei. - disse André apresentando as duas que não foram com a cara uma da outra.
- Como você sabe que ela é sua filha, André? - alterou o tom de voz.
- Um exame de DNA comprovou tudo, não é minha filha? - perguntou ele olhando pra Marcelle.
- Sim. - a moça sorri fraco.
- O que aconteceu tia? Eu e Cristiano ouvimos a senhora gritando. - apareceu Verônica.
- André reencontrou sua filha. - respondeu friamente jogando um olhar que pensava intimidar Marcelle, mas, não conseguiu.
- E cadê ela? - disse sinica.
- Sou eu, muito prazer fofa. - falou Marcelle irônica e logo por detrás da Veronica apareceu alguém que ela nunca mais pensou que iria ver em sua vida. O pai de seus filhos, o homem que partiu seu coração em mim pedaços estava ali, no centro daquela sala com as mãos entrelaçadas com a da nojenta. Olhando-a fixamente como se tambem estivesse surpreso. A ex tampa da panela de Marcelle estava mais próxima do que nunca.