S E R D I G N A.

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DESDE QUE SHUHUA E EU COMBINAMOS SOBRE A TAL exclusividade em nosso... Em seja lá o que estamos tendo, passei a tomar cuidado com quem saio nos after parties. Eu ainda era obrigada a pousar com um ou outro cara famoso para que a mídia especulasse sobre algo que obviamente não existia, mas que criava buzz para minha carreira e deixava meu nome na boca do povo. Mas eu evitava qualquer toque mais íntimo com qualquer um deles, principalmente os muitos beijos que compartilhava antes sem razão alguma.

Além dessa coisa toda de exclusividade, Shuhua e eu decidimos que não iríamos contar sobre o que estava acontecendo para ninguém, o que incluia principalmente meu pai e suas mães. Então tive que me virar da maneira que consegui para esconder de Hector que... Que estamos juntas, de alguma forma.

Meu pai não é o único desconfiado, embora não diga uma só palavra sobre. Jimin parecia certo do que andava acontecendo, mesmo comigo negando de todas as formas possíveis. Acontece que Park Jimin é um filho da mãe que me conhece demais pro meu gosto. Ele tentou me fazer falar enquanto esteve de passagem em Nova York, já que não demorou muito para que ele e Vicente voltassem para Itália por conta da agenda da companhia de Ballet.

O que, sinceramente, eu agradeci muito por isso. Quero dizer, sinto muita falta de meu amigo quando ele está fora, mas ter Vicente por perto é insuportável pra caralho! Principalmente agora que Audrey tem a consciência de que seu pai e eu não nos damos bem e passou a querer selar uma amizade estranha entre nós dois. Eu estive à ponto de surtar, pra ser sincera. Não gosto quando as coisas não estão sob meu controle e me estressa o fato de que tenho que ser no mínimo agradável com a presença do italiano afrescalhado, porquê segundo Minnie, ele é uma peça importante na vida de Audrey.

Bom, que seja bem longe de mim!

Não me entendam mal, amo minha afilhada com cada molécula que há em mim e me sinto grata por Audrey ter um...Pai. Mas ainda assim, não gosto de Vincente e faço questão de deixar isso claro toda vez que ele pisou em meu apartamento com a desculpa esfarrapada de ver Audrey.

Tenha santa paciência, será que ele não sabe como fica visível o modo como olhar para Minnie? Cara chato!

Enfim, tirando a parte de Vicente encher a porra da minha paciência toda vez que respirou no mesmo ambiente que eu, os últimos dias tem sido relativamente bons. Quero dizer, se eu não for levar em consideração cada noite que tive que sair para ir para uma boate com gente sem graça e bajuladora quando obviamente preferia ficar com Shuhua ou Audrey, é, podemos dizer que tem sido dias bons.

Shuhua e eu nos encontramos às escondidas como se fôssemos duas adolescentes rebeldes e por mais que isso vá soar meio idiota, eu gosto dessa sensação. Eu gosto de poder ser livre quando estou com ela, gosto ainda mais de saber que ela é minha tanto quanto eu sou dela. Sem alterações.

Novak não tentou nenhum tipo de contato com minha lírios desde aquele dia. Não sei o que caralhos Shuhua falou para aquela coisinha repugnante, mas parece ter funcionado. Em compensação, as outras Angels pareciam ainda mais interessadas na minha garota. Era irritante, pra caralho, e eu precisava respirar muitas e muitas vezes para não dar um show na frente de todo mundo, mas acho que até estava levando isso numa boa...É, numa boa.

- Dinda, eu posso te fazer uma pergunta?

Eu levanto a cabeça, encontrando Audrey sentadinha na cadeira enquanto se deliciava de um copo de leite morno. Sorri para ela, limpando o canto de sua boquinha com o polegar.

- Qualquer coisa, pequena. - peguei o copo de suco de laranja.

- Aquela moça que esteve aqui ontem à noite é sua namorada?

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