Capítulo 17

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Pov Maiara

tentando me acalmar, voltei para a sala de espera e o Cesar vem até mim com celular na mão. 

Cesar F: Mai, preciso te contar uma coisa. 

Mai: fala! 

Cesar: a Lila acabou de ver o carro que atropelou a Isa na frente da casa do Zor... 

Ele me mostra as fotos da placa e eu levanto rápido, pegando minha bolsa. Mudo meu semblante, ficando mais séria. Fernando, você mexeu com a pessoa errada. 

Cesar: ei, onde você vai? 

Mai: chega de ser a boazinha idiota, eu vou mostrar praquele estrupício com quem ele mexeu. 

Alm: filha, se acalma, a Maraisa precisa de nós. 

Mai: eu sei muito bem o que eu vou fazer, mãe. Ninguém mexe com a minha metade e sai ileso. Ele vai ter o que merece ou eu não me chamo Maiara Carla! 

Saio bufando e caminhando a passos firmes. Chego em casa e vou pro meu quarto me arrumar pra fazer uma visitinha a ele. È hora dele conhecer a Carla, o meu outro lado.  Troco de roupa e faço os últimos retoques. È hora de ativar o modo Carla. 

Look da Mai:

Lila: Caralho, tá gata! 

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Lila: Caralho, tá gata! 

Mai: obrigada, amiga! Agora vamos, eu te explico tudo no caminho. 

Pego minha bolsa e nós vamos pra casa dele. Toco a campainha e ele abre a porta, já tentando me tocar. 

Mai: tire suas mãos de mim! Eu já sei de tudo, sei que você atropelou a minha irmã! E nem pense em falar, por que, nessa conversa, eu falo e você ouve. 

fecho a porta e caminho até ele. 

Mai: você passou de todos os limites, Fernando. Isso não é mais ciúmes, é doença. Você tentou matar a minha irmã por que não aceita que ela é prioridade na minha vida. Sinceramente, eu tenho nojo de você. Nojo de lembrar que eu já fui perdidamente apaixonada por você. Eu era cega de amor, mas agora eu abri meus olhos e finalmente consigo ver o tipo de animal que você é. Você imagina o que eu senti quando eu vi os médicos tentando reanimar a minha irmã gêmea? Quando eu vi a minha metade, uma parte de mim, morrendo? Não. Você não sabe o que é isso. Por que a única pessoa que você ama é você mesmo! 

Dou um tapa na cara dele. Minha vontade é matar ele, mas eu não vou sujar minhas mãos. 

Mai: a Lila tá lá fora e já ligou pra polícia. Eu espero que você apodreça na cadeia. 

Pego minha bolsa e saio. 

Uma semana depois...

Faz uma semana que a minha metade tá em coma. Eu fico com ela durante os dias e as noites, Cesar e a nossa mãe revezam comigo pra que eu possa ir em casa comer, tomar banho e descansar. Cá estou eu, sentada ao lado da cama do hospital, segurando a mão da minha irmã. 

Mai: metade, por favor...se você tá me escutando, me dá um sinal... - fecho os olhos, apertando a mão dela. -

sinto a minha mão sendo levemente apertada e uma pontinha de esperança surge. Chamo o doutor Felipe e ele verifica os aparelhos. 

Dr.F: bem, as atividades cerebrais da Maraisa estão alteradas, ela tá reagindo aos estímulos que você está dando a ela. Tente falar com ela outra vez. 

Mai: metade, cê tá me ouvindo? 

minha irmã mexe o braço e aperta os olhos. Eu sorrio e me aproximo dela, pegando sua mão. Ela abre os olhos devagar e eu começo a chorar. 

Mara: o-onde e-eu tô? 

Mai: você foi atropelada e tá no hospital, mas tá tudo bem...Eu tô aqui...

Mara: e-eu co-conseguia te ouvir, mas não conseguia me mexer... 

Mai: o que importa é que agora tá tudo bem. 

Ela tenta se sentar mas não consegue e me olha assustada. 

Mara: metade, por que eu não consigo mexer as pernas? 


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