Capítulo 20

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Pov Maiara

Depois da fisioterapia, levo a Maraisa pra casa e deixo ela bem confortável na cama. Pego alguns pijamas e olho pra minha irmã. 

Mai: qual você quer, metade? 

Mara: qual você vai usar? 

Mai: o do Mickey, igual a esse

Mara: então eu também vou usar o do Mickey! 

Mai: o bichinho Almira te mordeu foi? 

Mara: não, sua boba! Eu só tô com saudade da época que a gente usava pijamas iguais, só isso.

Mai: - olha pra ela rindo - agora chega de papo que é hora do banho! 

Pego ela no colo e levo pro banheiro, a colocando na banheira. 

Mara: fica aqui comigo, Mai... 

Mai: meu bebezão tá calente... - digo com uma vozinha fofa e tiro minha roupa, entrando na banheira. - 

Depois do banho, coloquei ela sentada em um banquinho e a ajudei a colocar o roupão. Ela abaixa a cabeça e se encolhe. Eu coloco meu roupão e me aproximo.

Mai: o que foi, metade? 

Mara: eu odeio me sentir tão vulnerável, eu quero voltar aos palcos, cantar, beber...Eu quero a minha vida de volta...

Mai: e você vai ter. Eu prometo. 

Mara: metade, por que isso aconteceu comigo? O que eu fiz pra merecer isso? 

Mai: eu não sei, mas depois que isso acabar, você vai ser ainda mais forte. 

Sorrio levemente e pego ela no colo, levando pro quarto. 

Pov Maraisa

Depois me ajudar a vestir o pijama, a Mai pega a escova e começa a pentear meu cabelo. Eu me afasto e encosto a cabeça na parede, deixando as lágrimas tomarem conta do meu rosto em um choro silencioso. Eu não quero continuar sendo um fardo pra minha irmã, ela não merece isso. 

Mai: metade... 

Mara: Maiara, eu sou um peso pra você? 

Mai: não, metade...Eu cuido de você por que eu te amo, entende? 

Mara: uhum... 

Ela respira fundo e começa a mexer os dedos enquanto os olha fixamente. 

Mai: no dia do acidente, quando eu fui te ver, os aparelhos começaram a apitar e os médicos entraram no quarto e me mandaram sair. Eu fiquei na janela vendo eles tentando te reanimar...Foi o pior momento da minha vida. Eu senti tanto medo, eu sentia pânico...A qualquer momento eu poderia perder uma parte de mim...Eu fiquei lá, parada, me sentindo tão culpada...Eu fiquei pensando que poderia ter feito alguma coisa pra impedir...

A abraço com força e ficamos ali, chorando. Algumas horas depois, fomos pra sala assistir filmes. Eu estava comendo quando a campainha toca e minha irmã vai atender. 

Mara: o que é isso? - digo vendo uma caixa de papelão nas mãos dela - 

Mai: é uma coisinha que você vai gostar muito. 

Ela coloca a caixa no meu colo e quando abro, um cachorrinho late e começa a me lamber. Eu instantaneamente começo a rir e pego ele, que derruba a caixa no chão. 

Mara: ele é tão fofo, metade! 

Mai: eu vi na feira de adoção e não resisti. Qual vai ser o nome dele? 

Mara: Potiguar! 

Mai: bem vindo a família, Potiguar! 

Potiguar:

Potiguar:

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"Estou Bem"Onde histórias criam vida. Descubra agora