Pov Maraisa
corri pro quarto e peguei a lâmina que estava sobre o criado-mudo. me tranco no banheiro e começo a fazer cortes em meus braços. Começo a chorar e faço cortes profundos. Eu não aguento mais essa dor dentro de mim, eu preciso me cortar pra tirar ela daqui. Jogo a lâmina no chão e vejo que minhas roupas estão sujas de sangue. Tento ir até a pia pra me levar, mas minha visão fica turva e tudo fica preto.
Pov Maiara
entro no quarto e começo a procurar minha irmã.
Mai: metade? Onde você tá?
silêncio. Suspeitando do que ela tenha feito, corro pro banheiro e arrombo a porta, vendo ela sangrando, desmaiada.
Mai: METADE! METADE!
(12:45)
estou na sala de espera do hospital Albert Eistein, esperando notícias da minha metade. A Lila veio comigo pra me dar apoio. Ela também tá preocupada com a Maraisa.
Lila: por que ela fez isso?
Mai: a minha metade tem depressão, Lila...Ela tá passando por uma fase muito difícil, eu tô tentando fazer ela melhorar, sabe? Quando estávamos na fazenda, eu arranquei risadas e sorrisos dela, eu fiz ela sorrir de novo...
Lila: é, pudim, você é a única que tá fazendo ela sorrir...Eu sei bem como é a depressão...
Mai: ela precisa de mim agora mais que nunca, Lila...
Med: acompanhante da paciente Carla Maraisa Henrique Pereira?
Mai: nós!
Med: bem, suturamos os cortes e aplicamos analgésicos pra dor. Ela está estável e está consciente. Só uma de vocês pode entrar lá, é o quarto 23.
Mai: eu vou, doutor.
entro no quarto e a vejo encarando a parede. Me aproximo e acaricio seus cabelos.
Mai: como tá o meu bebezão?
Mara: me deixa, Balala...
Mai: metade, nada do que aquele idiota disse é verdade...
Mara: de certa forma, é sim, mesmo que você não tenha dito pra ele, eu percebo.
Mai: Metade, me deixa ser o seu lar de novo...
Mara: anjos como você não merecem viver no inferno comigo...
suspiro e olho pra ela.
Mai: não fala assim...
Mara: tá doendo, metade...tá doendo muito...nunca para de doer...
Mai: então divide essa dor comigo, se o mundo tiver pesado demais, divide o peso comigo, se tiver difícil, se apoia em mim...
ela se vira e me olha com lágrimas nos olhos e eu acaricio sua bochecha.
Mara: Metade...
Mai: até o final eu e você, lembra? - ela sorri -
Mara: obrigada...
ela sorri levemente e eu também. puxo um banquinho e sento ao lado da cama.
Mara: quando eu sair daqui, nós vamos voltar pra fazenda?
Mai: vamos sim, ainda temos um mês e meio de férias. E serão os melhores dias da sua vida.
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"Estou Bem"
Fanficonde o vocabulário de Maraisa está quebrado e tudo que ela consegue dizer é "estou bem" mas, ela não está nada bem... ⚠️Atenção! Contém assuntos sensíveis que podem dar gatilho!⚠️