CAPÍTULO 58

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Sábado
20:34hrs

Ester

o jogo do flamengo já tinha acabado, ganharam de 4x1, foi realmente um jogão.

tava atendendo uns cara com a ajuda do guilherme, que mais fofocava do que ajudava.

Gui: cara, a menina é difícil pra caralho, mas é gostosa também -falou e eu coloquei o copo em cima da pia-

Ester: para de falar dela assim, que negócio feio -falei e ele me olhou, com a cara fechada-

Gui: eu tô elogiando e você manda eu parar, tá vendo, se eu chamar de piranha -falou batendo o pano no balcão- eu tô errado, vocês mulheres são muito chata, puta merda

Ester: falar assim dela é foda também né, sei lá -falei voltando a lavar os pratos.

Gui: você precisa arrumar um macho pra te elogiar, isso que dá não ter amigas -falou e eu ri- mas você tem eu, que vale pelos dois, tô errado? não tô po

ele nunca deixa eu responder, sempre responde por mim, garoto acha que manda em alguma coisa aqui.

escutei um barulho de moto e olhei pra entrada, vendo o arthur.

Arthur: role ou tá fora? -falou entrando no bar e eu fiz careta-

Ester: tô ajudando o guilherme -falei colocando o prato no lugar- nem da

Gui: se liga, dá sim -falou batendo com o pano na minha cara- ela vai po, calma aí

ele veio pro meu lado e me arrastou pra dentro do bar.

Gui: moleque quer foder contigo e tu diz que nao vai? -falou e eu ri alto- para de rir, estranha

Ester: vai se foder, eu não posso deixar os negocio contigo sozinho -falei e ele colocou as mãos na cintura.

Gui: já fiz coisa pior sozinho, agora vá sair com aquele feio ali -falou me empurrando- agora troca de roupa, tá muito feia

mandei dedo pra ele e fui pra frente do bar , avisei pro Arthur que ia tomar um banho e ele disse que ia esperar.

subi pra casa e fui tomar um banho rápido, meu cabelo tava finalizado desde ontem, então não precisei lavar ele.

coloquei um short , junto de uma blusinha e soltei meu cabelo, fiquei olhando no espelho até achar defeitos.

passei um rimel e um delineado, passei um lápis na boca e passei um gloss.

desci lá pra baixo e tava quase mandando dedo pra os cara que tava olhando, mas mantive minha paz, pra não tirar os clientes do meu pai.

fui pra perto do guilheme , que tava conversando com o arthur, que tava rindo da cara dele.

Ester: se liga, fecha quando todo mundo sair -falei abrindo a gaveta do balcão- e vê as portas dos fundos também, se for dormir aí, não dorme antes de eu chegar

Gui: tá bom patroa -falou cruzando os braços- agora vai embora, sai

Ester: vai se foder garoto -falei mandando dedo pra ele e puxei o arthur- se for pro motel , pode falando antes, tenho tempo de desistir

Arthur: se liga garota -falou subindo na moto- se fosse pra lá, você seria a última a saber, sobe aí

Fiquei olhando pra cara dele, que tava de cara fechada e subi na moto, deu tempo nem de eu me arrumar direito, que ele saiu com a moto.

segurei na barriga dele e apertei, só por ele não ter me esperado.

ele seguiu com a moto e eu fechei os olhos , sentindo o vento bater no meu rosto.

só abri quando ele parou a moto e eu ouvi o barulho do mar, sorri de lado, lembrando de quando eu ia direto pra praia.

Arthur: ai seu motel fia -falou descendo da moto-

ele foi andando pra areia e eu fui atrás dele, me sentei do lado dele, ouvindo o barulho do mar.

Ester: lembro que eu vinha muito na praia -falei e ele me olhou- mas parei depois que eu comecei a focar nas minhas coisas

Arthur: po, não vou dizer que tu tá errada em querer teus negocio -falou e eu assenti- tá mais que certa, querer um futuro pra tu e pa

Ester: mesmo assim, sempre que dá, eu venho pra praia -falei sorrindo e ele assentiu.

a gente ficou em silêncio e aquilo não tava ruim, não ia puxar assunto também.

só deitei a cabeça no ombro dele e senti ele deitar a cabeça, por cima da minha.

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