Segunda
12:12hrsPh
tava marolando no morro com a Sara, maluca queria porque queria morar por aqui, e eu tava entendendo caralho nenhum mais, não podia ir embora e deixar ela sozinha aqui iam cair tudo em cima de mim e eu ia me foder.
marolei mais ainda quando uma loira saiu de um carro que subiu ali do nada, ela saiu com ajuda do cara que tava do lado de fora e veio na minha direção.
- queria falar com meu marido, ele provavelmente deve tá nesse lugar aqui -falou e eu fiz careta.
Ph: primeiramente sei nem de quem tu tá falando -falei olhando o celular
- Roberto, meu marido, ele disse que estaria por aqui -falou e eu olhei pra cara dela.
mina parecia nova pra caralho e podia ser filha dele ce pa , mas eu não podia falar nada pra não vir a culpa inteira pra cima de mim, continuei no celular, mas ela tocou em mim e eu olhei pra ela.
Ph: tá em reunião porra, bagulho sério e quem foi que deixou tu entrar aqui na real -falei olhando pra ela, que tirou o óculos-
fiquei olhando pra ela, até ela pedir pra eu entrar e avisar a ele, quase me neguei, mas marolei e entrei mermo
Ph: mulher do rb tá aí fora, disse que queria falar com ele -falei olhando pra eles da porta.
geral se levantou e foi pro lado de fora, rk parecia conhecer a mina e ela conhecer ele, mas nenhum dos dois falaram nada, ficaram calados um encarando o outro, até o rb puxar a mulher pra outro lado da rua.
eles pareciam brigar enquanto nós três tava olhando, ele voltou e ela veio atrás, arrumando o cabelo.
- não saio daqui sem você, espero que termine isso logo, marcamos de sair essa hora e você ainda está aqui -falou e o rb nem ligou.
voltou com o rk pra dentro da sala, batendo a porta e a sr ficou comigo do lado de fora, olhando pra mina que se olhava no vidro do celular.
Sr: mas eai, ele é seu marido mesmo ou não? -falou e a mija olhou pra ela.
- você tá vendo esse anel aqui? -falou mostrando o anel de ouro- nos casamos em Maldivas, a dois meses atrás, foi meu maior sonho
Ph: do seu cartão também -falei baixo e ela mandou eu repetir, mas disse que não tinha falado nada.
ficou geral calado, enquanto a mulher abria a porta do carro e ficava sentada na cadeira de dentro, com a porta aberta.
[...]
Sr: aqui é melhor que la , ce pa -falou e eu dei de ombros- a gente precisa ficar aqui, la tá perigoso demais e a gente so vai sair daqui quando resolver esse bagulho aí, até o PL vir resolver isso pessoalmente, ao invés de falar por mensagem
apenas confirmei e voltei a enrolar a droga que ela pediu, a gente tava em um dos bancos mais afastado da praça, olhei pro lado onde era mais movimentado e vi a Cecília, ela tava com uma menina e o Gb do lado dela.
ela sorria mas quando me viu, seu sorriso fechou e eu só virei o rosto, voltando a fazer meus bagulhos, tava ligado que ela tinha uma filha minha, mas ela não queria e não quer, eu presente na vida da mina, vou nem fazer questão pra isso tá ligado, tô de boa na minha.
Gb: eai -falou e eu balancei a cabeça- qual foi po, tão pra vender pó?
Sr: rb pediu po, disse que ia pagar e tudo mais -falou passando a mão na cabeça- ele vai pagar pro rk, pediu vinte e cinco, esse aí é o último já
Gb: tá com maior grana pra isso ne -falou rindo e ela assentiu.
ficou tudo em silêncio, mas foi cortado pela Cecília e a mina que tava do lado dela, ela parou do meu lado e eu continuei fazendo meus bagulhos.
Cecilia: oi Sara -falou e ela balançou a cabeça- essa é a evelen, minha filha não consegui te apresentar por conta da correria
Sr: eai po -falou e a mina balançou a cabeça-
ela cruzou os braços e ficou olhando para os lados, parecendo nao querer estar ali, depois que eu terminei meu bagulho, joguei na da Sr e me levantei saindo dali, mas ela veio atrás.
Sr: qual foi caralho, tua filha e tu não falou com ela -falou colocando a droga na bolsa- por que em
Ph: mãe dela não me quer por perto e ela nem deve saber que o pai dela sou eu -falei e olhei pra onde a gente tava, Cecília tava olhando pra ca- ou apenas a porra do doador de esperma, enfim, ela não sabe de nada, tá feliz com eles ali e que fique assim pra sempre
Sr: querendo ou não, deveria contar -falou apontando- mina é tua cara, tem tua marra todinha, visse como ela ficou incomodada por tá ali? igual a tu quando não quer ficar nesse morro, fica daquele mermo jeito
apenas neguei e ignorei o resto que ela queria falar, ela veio atrás falando um monte, dizendo que eu era ingrato por tá rejeitando minha filha de novo, mas a mãe dela que não me quer por perto e eu apenas estou respeitando o espaço da mina, errei em muito bagulho e não queria errar como errei ou voltar ao passado novamente.
*****
percebi que eu não tinha postado o cap 62, mas não teve problema, mudei os capítulos já.
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Caminhos Indifirentes
Fanficvocê disse que era pra sempre, e hoje eu caminho sozinha.