CAPÍTULO 62

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Domingo
21:20hrs
Meses depois...

Rk

por incrível que pareça, esses meses foram todos de brigas entre as facções, tcp queria comandar mais meu morro do que o CV, mas rb nao foi burro a esse ponto e botou as caras por aqui.

pior que ele brotou bem na hora que Lorena ia voltar de viagem, ce pa já voltou né, eu que não tava por casa mermo.

Ph: rb tá aí -falou olhando o celular- disse que queria bater um papo com a sr e pa

Rk: tua aliada porra, chama ela aí -falei vendo ele me olhar e ficamos nessa.

esses meses foi tudo de briga, entre eu e ele mais, sr tava mais de boa e calada na dela.

ficamos ali por mais um tempinho até a sr chegar e o rb entrar também, maluco ficou maioria do tempo no celular enquanto a gente tava todo mundo se olhando.

Sr: beleza po, já entendi que tu gosta desse teu celular aí -falou chamando a atenção dele- mas tu chama a gente pra isso, é de foder parceiro, tenho mais coisa pra fazer tá ligado?

Rb: chefe de vocês não é bom o bastante pra meter a fuça dele e vir falar comigo? -falou e eu revirei os olhos- bom, vamos ter que conversar entre nós mesmo né, eu não vim aqui perder meu tempo inclusive, tenho uma mulher e um filho esperando por mim, mas se eu ficasse fora, vocês iriam fazer meu dinheiro nunca chegar pra mim

Ph: então bagulho é esse, você fica na boa, enquanto todo mundo aqui se fode pra juntar drogas e vender? -falou rindo- pois é, os cara so quer botar a cara pra se fazer de bom, mas não faz porra nenhuma

Rb: cuida desse moleque rk -falou e eu neguei- você vai perder seu posto nesse morro, posso fazer todo mundo caçar sua cabeça rapidinho

Rk: pois é po, do mermo jeito que eu posso dizer pro chefe do tcp o que tu acabou de falar -falei batendo o dedo na mesa- porque ele tá doido pra bater um papo contigo, então não vem falar das tuas coisas lá fora pra gente não, porque ninguém quer saber porra nenhuma aqui jae ? então fica aqui de boa e vamo bater uma marola da hora.

ele ficou olhando pra minha cara e guardou o celular, fiquei quieto enquanto os outros dois batiam maior papo, só dava minha ideia quando perguntavam o que eu achava mermo.

[...]

Thais: que cara é essa? -falou e eu dei de ombros- nunca te vi tão pra baixo desse jeito, tá com raiva ou o que ?

Rk: tua mãe tá aí? -falei e ela ia falar algo, mas a comentada chegou na sala

Lorena: pelo visto sentiu minha falta mesmo né -falou segurando na mão da lavinia.

ela tava com um ano e alguns meses já, bagulho louco mermo, tava falando mamãe e papai com o Kant, que tava numa missão minha desses dias.

dei de ombros e ela fez careta, real que minha cabeça tava cheia de bagulho e ela ver o pai dela por aqui, ia ser mais de um problema pra mim.

Thais: tinha alguém com você hoje né? -falou e eu olhei pra ela- parecia importante, fui lá pra falar com você mas nem me deixaram entrar, provavelmente nem devem ter avisado também

realmente não tinham me avisado, expliquei que realmente era um bagulho importante e praticamente a gente já tinha resolvido os bagulhos.

além do chapadão que era morro da Sara e do tcp, ganhamos de brinde aliado do morro do dendê, conhecia ninguém de lá parceiro e tava me sentindo perdido pra caralho nisso tudo.

Gb: qual foi -falou batendo a porta e eu continuei bolando o meu- me disseram que rb tava aí, bagulho tá serio mermo né, achei que eles iam parar por ai po

Rk: não vão e eu nem quero, bagulho vai ficar melhor pra mim e pra mina aí -falei colocando a maconha dentro da seda- vai ser bagulho leve e sem muito estresse pra minha mente, qualquer de menos eu jogo na tua e todo mundo fica feliz

Gb: para de falar de morrer caralho, você é imbecil demais -falou e eu olhei pra cara dele, que riu e sentou do meu lado- tô ligado que vai ser um bagulho bom pra todo mundo, mas logo o tcp, todo mundo ai querendo a mina que entrou no morro do nada, se bobear eles vão pegar e matar, capaz de te matarem se não deixar

Rk: ela sabe se defender e eles que se resolvam entre si -falei bolando a seda- tá ligado que eu não me importo com eles, me importo que com eles como aliado minha família vai continuar de boa com a vida aqui e isso já é minha paz, então, se for pra morrer que morram, fodasse

ele ficou calado e a gente ficou dividindo o baseado, era um bagulho que eu não fazia a muito tempo e aquilo me deu raiva no começo, mas depois foi tranquilo.

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