Duas encrencadas, encrencadas

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NA FAZENDA
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Sai, menino! — Chifuyu empurra Kazutora com toda uma delicadeza, voltando sua atenção para os animais da fazenda, que tinha que continuar alimentando — Tá no cio, ou o quê, porra? Ainda tô com dor na bunda por causa de ontem, não vem que não tem.

— Eu tô com ciúmes! Você dá mais atenção para ela, do que pra mim! Isso não é justo, Fuyu. O que ela tem que eu não tenho? Você está apaixonado por ela, é isso?

Matsuno olha para o namorado, piscando de forma lenta, enquanto continua segurando o cesto cheio de ração para as galinhas, que vão se reunindo ao redor de seus pés. O de cabelos longos, fazendo seu típico showzinho, ganha olhos de gato de botas, totalmente manhoso, querendo uma dose excessiva de atenção. O que não é novidade alguma.

"Vou vender esse menino por duas balas, porque não é possível um trem desses, viu? Onde foi que amarrei minha égua???", pensa o de cabelos pretos, negando com a cabeça.

— Kazutora, eu preciso dar de comer pros animais, meu anjo. Você tem que entender isso, viu? Não é porque to ocupado aqui, que eu esqueci de você, ou coisas do tipo.

— Mas eu tô com ciúmes!

— DAS GALINHAS? DA PORRA DAS GALINHAS? Hora, tenha santa paciência, menino. Vai lá tirar o leite como eu mandei você fazer, vai. De tarde eu vou tentar fazer um bolo pra nós dois. Ah, e os pedreiros também.

— Eu não sei tirar leite.

— Sabe sim, eu te ensinei. Sete vezes, já. Agora para de drama, e vai tirar o leite. Tô começando a ficar com fome.

Apesar de estar reclamando, o ômega de cabelos longos, caminha na direção da vaca. Xingando mentalmente, ele senta em um banquinho ao lado da mesma, para facilitar todo seu serviço. Agora, posiciona corretamente o balde, abaixo das tetas da vaca, e apesar de sentir um pouco de nojo, ele tenta fazer como Chifuyu havia ensinado.

O outro, enquanto isso, continua seu trabalho, jogando a comida para as galinhas, e também para alguns patos que foram aparecendo no processo. De certa forma, isso trás uma alegria gigantesca para o outro ômega, que como uma criança pequena, até mesmo brinca com os animais que rodeiam seus pés. Ele pensa até em fazer uma brincadeira com o namorado, só que acaba perdendo o sorriso, ao olhar para Kazu.

— Ei, não é por nada, mas daí não vai sair leite nenhum. Quer dizer, até pode sair, mas eu que não vou beber.

O mais velho cruza os braços, parando com a ordenha da vaca.

— Como não vai beber? Me faz tirar leite para nada?

— Kazutora, isso aí que você tá ordenhando, não é uma vaca.

— A não? É um o que? Um cachorro?

— UM TOURO, Kazutora. Você tá é batendo punheta pro bicho.

O homem entreabe os lábios, pronto para xingar, ou falar alguma coisa, pensando que era brincadeira da parte de Matsuno. Só que, ao ver os chifres na cabeça do animal, e receber uma piscadela do touro, ele até cai sentado no chão, de pernas pro ar.

Oᴜᴠɪ ᴅɪᴢᴇʀ → Fanfic Tokyo Revengers Onde histórias criam vida. Descubra agora