Ferhat

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      – Ferhat –

Cheguei domingo de manhã da França, fui resolver alguns negócios com o capo da máfia francesa, por mais que eu seja  apenas o consigliere ou como eu gosto de chamar as vezes o executor/ aquele que faz o trabalho sujo, resolvo muito mais coisas do que são propostas ao meu cargo. Minha família é toda fodida, fui o primeiro a nascer nessa merda de mundo, mas ainda assim, sou o 4° na linha de sucessão como Capo(chefe), tenho mais três irmãos e uma irmã. O meu pai é um merda que tem três concubinas. – sei o que estão pensando, três mulheres é foda, mas é regra, todos os homens da nossa máfia podem ter até três concubinas depois da esposa ( 1° casamento).

— Alô, Dário? Onde merda você se meteu ragazzo(cara). – Esse imbecil, demora do caralho para chegar no aeroporto. De todos os meus fratelli (irmãos), Dário sem dúvidas é o mais inconsequente.
— Caro fratello (irmão querido), tenha calma, estou pegando um carro na concessionária... A droga da fila tá enorme! — Da pra você vir até aqui? Fica ao lado do aeroporto. – disse com a maior tranquilidade.
— Espera um pouco... O que aconteceu com o teu carro? – perguntei já desconfiando da resposta.
— É... digamos que aconteceu um pequeno incidente com a máfia local de Roma em uma boate...e...eu... Bem, esquece e vem logo! – Encerrou a ligação sem dar uma só palavra a mais.

Estávamos indo para Roma de carro, quando vi uma floricultura e lembrei do pedido de Jasmine. Mandei Dário parar o carro e adentrei no local, amore mio(meu amor) adora tulipas amarelas e por isso parei para compra-las já que antes de viajar eu a havia prometido. Sai da loja, abri a porta do carro distraidamente para por as tulipas no banco de traz...quando vi a cena...ô merda, vai ficar impregnado em minha mente por dias.
— Droga!!! Meus olhos sangram. – falo com um toque de repulsa.
— Oh Ferhat, espera um pou...ãnnn...que eu tô quase lá. – diz entre gemidos.
— Não ligo! – Falo tirando a mulher de cima do pau dele e em seguida jogando-o pro banco do carona.




Mansão da família Noztra – 11:00AM.

Chego na casa do meu pai e vou direto pro escritório onde falo sobre o proceder dos negócios com os franceses, quando saio do cômodo vou para a cozinha tomar uma água.
— Buongiorno, Sr. Noztra! – diz a governanta.
— Buongiorno, onde está Jasmine? – pergunto e em seguida dou um gole de minha água.
— Ela foi para a casa de uma amiga ontem atarde, dois seguranças foram enviados para buscá-la. Imagino que em 1h já estejam de volta. – confirmo com a cabeça e subo para o quarto, estou encarecidamente precisando dormir, mesmo que não dure muito tempo.
Acordo suando frio, meus músculos estão tensos como se fossem explodir, pego minhas coisas e vou pra sala de treino. Sempre tenho pesadelos dos quais prefiro guardar para mim, os malditos tiram meu sono e me deixam em um estado deplorável de tensão, todas as vezes que passo por momentos assim, preciso fazer algo pra relaxar, como treinar ou fazer sexo. – Saio dos meus pensamentos com o telefone tocando, já era a centésima vez, literalmente.
— Ciao(alô)? – digo ao ver o número desconhecido.
— Olá, estamos ligando do hospital, por acaso algum parente da srta. Jasmine Noztra se encontra? – disse e na hora eu gelei, nunca senti algo assim antes, apenas uma vez em toda a minha vida e foi quando perdi minha mãe.
— Sim, o que aconteceu com ela? – digo pensando no pior.
— Signore, pedimos que um parente próximo compareça no Rome American Hospital o mais rápido possível, precisamos de uma autorização para uma cirurgia de emergência.
Desligo o celular, minha mente está a mil por hora, desço as escadas correndo, paço por todos sem sequer responder uma pergunta, chamo apenas Dário e Dante, que vem sem entender nada.

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Aqui estou com mais um capítulo, espero que tenham gostado. Não esqueçam de deixar seu ❤️ pra motivar a autora de vocês!!! E claro, deixem seus comentários, vamos papear um pouco.

( Tô morrendo com o suspense para  saber quem é Jasmine hahaha, não me mantém please.)

In ItáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora