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Sinto a adrenalina passando por minhas veias, meu coração bombeando sangue por todo o meu corpo.

Os gritos irrompem loucamente – 3...2...1... Já!! – as bandeirinhas são abaixadas no último número da contagem e os motores rugem, os pneus queimam na pista e a...liberdade, aquela sensação de adrenalina e satisfação. Todas as motos estão na minha frente – porque eu quis, claro – eu gosto de emoção, ouço as pessoas gritarem:
— O 15 vai perder, eu sabia que uma mulher jamais saberia o que é correr de verdade! – grita feliz, discutindo com um amigo.

Olho na direção do homem, subo a viseira do capacete, sorrio e dou uma piscadela. – AGORA VOCÊ VAI SABER O QUE É CORRER – Sinto algo quente passar por todo o meu corpo e acelero, mas acelero pra cassete, não importo com as curvas íngremes e curtas  já que pra quem fez várias cirurgias em uma guerra com uma arma apontada pra cabeça isso, não é nada. Ultrapasso dois, três, dez pilotos, nessa hora minha BB está a 200km por hora – Sim ela tem essa capacidade e muito mais – meus ouvidos estavam com uma sensação apurada, minhas mãos estavam passando uma energia gostosa, eu estava na liderança, a reta final estava chegando... Todos gritavam “ 15”. Eu ia ganhar, mas então meus ouvidos capitam um grito e...merda, essa voz... Olho para o lado e vejo aqueles olhos...é ele...mas Figlio di puttana.

“ — Eu...Eu quero descer e...quero conhecer as profundezas de lá de baixo, você me leva? – pergunto, cochichando em seu ouvido.

— É claro, próxima parada... Inferno e seus prazeres mais perturbadores e profanos! – fala no meu ouvido e em seguida da um “beijo” em meu pescoço.

Começamos a descer umas escadas escritas “ VIP ”, pareciam escadas sem fim, no último degrau um homem de máscara nos deu duas pulseiras e abriu a porta para nós e... Caramba que lugar, que lugar é esse. Mulheres subiam e desciam em grandes cordas elásticas, sensualizando e trepando com o primeiro que ali aparece. Quanto mais eu andava, mais eu via coisas, submissão e domínio! Uma loucura de sensações.

Estamos andando em direção ao fim do corredor e no caminho todos encaravam o homem ao meu lado com desejo e acima de tudo, respeito. Estávamos chegando no final do corredor, mas antes, uma mulher puxou meu braço e apalpou minha bunda, eu a olhei nos olhos e ela me olhou com cara de quem esperava um chilique, mas ao contrário do esperado eu peguei em sua nuca e a puxei para um beijo acalorado, apertei sua nádega e dei um leve tapinha – ela gemeu baixinho – eu a prensei na parede, massageei sua nuca e puxei levemente seu cabelo. Descolei nossos lábios e beijei seu pescoço, deixando por fim uma marca que a fez arrepiar, subi novamente até seu ouvido e disse:

— Como teve a coragem de achar que poderia envergonhar aquela que te dominou e deixou toda molhada?! – falei rente a sua orelha, encaixando minha perna entre as suas – que ao terminar ficou roçando sua intimidade em minha coxa.

Eu encaro o mascarado que está nos observando com os olhos brilhantes, sorrio e solto a mulher, sigo na direção em que íamos desde o início, era uma porta de...”

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Capítulo de hoje foi curto para deixar vcs curiosos, mas o próximo promete. Vocês estão prontos?
Não esqueçam do seu ❤️ e comentar.

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