A noite

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                               13.
                            A noite
 

Já estava quase tudo pronto, eu juntei tudo de importante para mim em uma mala de viagem grande e uma mochila. Estava esperando Travor vir me buscar, já passavam das 23h:50min, quando ouço uma batida na porta, olho pelo olho mágico e era Travor – a hora chegou – abro a mesma e ele entra.

— Está pronta? – pergunta analisando meu apartamento.
— Sim, podemos ir?
— Claro, mas antes vamos ter que queimar esse lugar! – diz com os olhos brilhando e um isqueiro nas mãos.
— O que? Não espera... Que ideia é essa, surtou! – grito frustrada e quando ele ia me responder algo quebra a janela do quarto e faz um baita barulho.

Tudo começou bem rápido, a fumaça, e os passos rápidos de pessoas mascaradas, quando me deparo Travor tinha jogado o isqueiro encima do botijão de gás, fazendo com que o mesmo explodisse. Nesse momento meus sentidos se aguçaram e entrei em ação... Me joguei no chão protegendo minhas face, quando vi que destroços da explosão estavam vindo rapidamente e atingindo os perseguidores que estavam vindo em minha direção. Olho para o lado direito e vejo Travor lutando com um dos mascarados e o mesmo dando socos onde os pontos de meu Chefe ficavam – se esse filho da puta continuar, vai estourar os pontos e matá-lo – sinto uma presença vindo de trás e por instinto puxo minha Glock com silenciador e meto bala no meio da testa de dois desgraçados, viro rapidamente e atiro no olho do agressor de Travor, que me olha impressionado e com ar de dúvida – entendo perfeitamente, não é todo dia que se vê uma “patricinha” atirando com perfeição.

— Lility, atrás de você!!!
Sinto algo quente tocando a lateral da minha cintura e quando olho tem uma mão com as unhas avantajadas perfurando minha pele – meu sangue ferve – e sinto um ódio me dominar, seguro o pulso daquele criatura maldita e aperto até ouvir um clique, sinal de que o quebrei. A pessoa grita exasperadamente e sinto uma satisfação. Retiro a mão que ficou cravada e sinto uma dor lacerante — Merdaa! – grito com ódio.
— Cazzo!!! Lility seus olhos estão da mesma cor dos dele. – Diz com uma única lágrima escorrendo.

— Dele quem?
— Seu pai, toda vez que o poder pulsava em suas veias, deus olhos ficavam em uma tonalidade de azul tão escuro quanto o céu noturno, com um brilho incandescente.

— Tá, agora vamos embora ou você vai ter que me carregar! – digo pressionando a ferida.
— Vamos nessa.

Naquela noite Travor levou Lility em direção de seu destino e quem sabe o começo do fim...

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Notas:

É pessoal passamos por momentos tensos aqui e claro, mais provas que nossa Lily é fodona...


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