Terceiro dia

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                                 8.
                         Terceiro dia



Acordo com as notificações do celular e a claridade vinda das janelas. – Mais que droga, porquê não as fechei? –levanto para pegar meu celular, mas na hora deito com tudo novamente. – Cassete, minha cabeça vai explodir. – Tô vivendo adoidado desde o dia da praia e, não tenho a menor ideia do que fiz depois daquele luau e muito menos ontem. Sabe aquela sensação de que você fez merda, mas não sabe o que? – É, eu tô assim. – Faço uma nova tentativa de levantar, mas dessa vez levanto de vagarosamente, quando alcançando o celular, haviam várias notificações de um grupo e merda, não lembro de fazer parte dele.
Quando abro a conversa...caralho...mais o que eu andei fazendo esses dias? – Tem várias fotos minhas e da Moly encima de um poli dance, eu jogando sinuca e logo depois eu dentro de uma limusine com a cabeça pra fora, parecendo bem chapada, um vídeo meu e...mano a Tereza me beijando...

— Блядь(caralho) mas que merda eu andei fazendo! – falo em voz alta.
Levanto e sigo me arrastando para o banheiro, faço minha higiene pessoal e tomo um banho quente, pra relaxar meus músculos tensos e cansados.

— Mais que...Дерьмо это! – sibilo apenas com os lábios em frente ao espelho.

Simplesmente estou com vários chupões por todo o meu corpo! – principalmente colo dos seios e pescoço. Até parece que Conde Drácula passou por aqui, Afff.  Saio do banheiro e vou até meu mochilão, onde pego um maiô vermelho de gola alta, que eu amo. Pego meu celular e vejo novas mensagens no grupo.

Davys — Boa noite gli amici... alguém anotou a placa do caminhão que me matou? – fala ironicamente.
Jason — Sei nem do meu, quem dirá o teu... Aliás onde scopa... Tu foi ontem, depois de umas 2h no vip?
Moly — Certeza que foi dá...
Moly — Né Davys? – fala com deboche.
Davys — Vai a merda Moly, nem parece que quase dançou peladona ontem a noite.
Eu — E aí pessoal, vocês lembram o que aconteceu ontem? Porque minha mente deu um branco!
Moly — Também, depois do AVC de tequila de ontem!
Jason — Sério que tu não lembra de nada?
Davys — Ah lá Terê, se safou dessa! 🔞
Tereza — Cala a porra da boca Davys, querido! 
Eu — Como assim? O que você quis dizer, Davys? Falo confusa.
Jason — Relaxa, hoje a noite na corrida que falamos ontem sobre, te contamos o que lembramos...
Eu – проклятие, mas beleza, nos vemos lá. Não esqueçam de mandar a localização!

Desligo o celular e estava pronta pra sair do quarto em direção a praia, mas no último momento desisto e decido ficar em casa e dormir. — Estou necessitada de um sono glorioso.

                            ...


“ Moly vem cá! – Grita Jason já correndo atrás dela que estava bem chapada.

Depois do luau – que foi incrível por sinal – fomos para a abertura de uma boate, eram uns 20min de carro. Quando entramos a música estava no talo, homens e mulheres bem vestidos com suas roupas de couro, brilho, muito brilho, um tipo de látex bem colado e lustroso.

– cara, eu tô tão zonza, tudo tá girando – fecho meus olhos e os abro novamente, agora estou encima de um palco e tá tocando um funk, tô rebolando minha raba e sendo feliz – posso ser Russa, mas passei muitos anos da minha vida indo para o Brasil nas férias. — Fanculo Lily, tua bunda tem vinda própria donne! – grita Tereza dançando ao meu lado... Estávamos sensualizando quando simplesmente rolou, eu e a Terê, nos beijamos e caramba ela beija muito bem... Alguém veio por trás e estava segurando minha cintura, eu não me importava já que aquilo era uma balada e eu estava afim de...sou girada rapidamente e um homem todo de preto do qual não consigo ver sua face – graças a uma máscara de gala – fala em meu ouvido: “ Duas opções, céu ou inferno?”


Acordo com a sensação de déjà vi, mas será que isso foi só um sonho? E que história é essa de céu ou inferno?

  – Eu em. — Pego o celular e olho a hora, 19:00h. Merda eu hibernei a tarde toda, vou me atrasar. – falo pulando da cama e indo pro banho. Saio pegando um par de calças jeans destroier preta, um cropped vermelho, jaqueta curta preta e  um all star preto com cadarços vermelhos. Faço uma make bem leve, solto meus cabelos e por fim paço meu perfume Chance Eau Fraiche da Chanel, dando uma última olhadinha no espelho e depois me mando passando pela porta do quarto.

Desço de elevador chegando no térreo, vou para onde está minha BB chamando a atenção de todos que ali passavam... Subo já sabendo da localização da corrida e com um sorriso coloco meu capacete e acelero sentindo o vento contra o corpo.
                            
                              ...


Estaciono minha BB ao lado do carro onde a galera estava me esperando ou melhor, estavam me encarando de boca aberta – me pergunto se em algum momento da minha lucidez, falei que amo motos esportivas –  tiro o capacete e jogo o cabelo para traz, tentando arruma-lo.

— Cazzo, mulher você incrível! – Diz Tereza.

— Que incrível o que Terê, ela está gostosa pra caralho, isso sim! – Moly diz, não, grita enquanto corre para cima de mim e beijando minha bochecha.

— Valeu, ambas também estão lindas. – falo, já abraçando-as.

— Então, cadê os meninos? – pergunto procurando-os com os olhos.

— Ah... O Jason... Ele tá no telefone, é isso ele tá no telefone! – fala sorrindo, mas parece um pouco nervosa.

— Ok, Vocês vão participar na corrida? – pergunto, já me direcionando para o local das inscrições.

— Há não, eu morro de medo e não sei andar de moto.

— Qual é Terê, eu sei que tu anda de moto, mas tem medo de chamar atenção. Já que teus irmãos são uns ogros! – Diz irritada.

— Stai zitto(cala a boca), Moly! – fala e sai subindo o gorro do moletom, como se estivesse com medo de algo. – estranho.

Faço minha inscrição e recebo todas as informações necessárias. — Se você tem uma moto, pedimos que vá para onde todos os outros corredores estão e esquipe-se com os itens de segurança. – diz um senhor de meia idade, aprontando para a direção que devo tomar. – pior que as meninas foram embora, então não dá pra avisar – pego meu celular e envio uma mensagem no grupo avisando e sigo para onde o senhor indicou.

Quando chego, um aroma de pura competitividade reina e pessoas me encaram com uma mistura de desprezo e inveja, sigo em frente e pego os equipamentos que foram deixados para mim e uma placa com o número 15. – grande coincidência, já que é o dia do meu aniversário, uma data de más lembranças. – saio de meus devaneios com uma sirene bem algo e a voz do locutor nos anunciando, coloco o capacete, ligo os motores da minha BB e sigo parando na frente de uma linha amarela. Olho ao redor e vejo o pessoal me procurando em meio aos outros, até penso em levantar a mão para que saibam minha posição, mas prefiro deixar como elemento surpresa, quando tudo acontecer...  — Preparados pilotos? – diz o locutor e nós buzinamos em concordância, a hora chegou, três mulheres vestidas de macacão preto colado aparecem cada, com uma bandeirinha preta e branca. A contagem regressiva começa... 3...2...1...

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Oi gente, sei que estou bem sumida, mas não me matem tá? Estive bem acumulada de coisas para fazer e por isso não consegui dar as caras mais cedo... mas antes tarde do que nunca não é mesmo?

In ItáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora