A batalha

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"Uma mulher não tinha ideia de quem eu era e ela me salvou. Arriscou a própria vida... e aquilo me mudou. Me ensinou que é possível haver uma conexão genuína e altruísta entre as pessoas, mesmo entre estranhos!"

White, S.


Malévola sobrevoava entre as labaredas de Apokolips, mas parou de repente ao ver largada no chão uma mulher branca, seu corpo estava nu e com vários machucados sangrando, ela parecia respirar fracamente. O dragão desceu e se transformou na bela loira. Mal correu e se ajoelhou perto da morena de mechas vermelhas.

- Chapeuzinho? Ruby? Acorda, garota. Zelena vai te matar se você não acordar. -Malévola sacudiu a mulher tentando despertá-la.

Ruby foi abrindo os olhos aos poucos e quando estava um pouco mais consciente, tentou se levantar o mais rápido que seus ferimentos poderiam deixar e se sentou assustada e ofegante.

- Ze-Zelena! Zele...na, Zel...Zelena- a mulher olhava os lados sem parar, a respiração entrecortadas e os olhos apavorados derrubando intensas lágrimas.

- Ruby? Ruby! Sra. Luccas! -Malévola segurou em seus ombros e tentou focar os orbes verdes em si, mas foi em vão- RUBY LUCCAS MILLS! -A loira gritou e Ruby lhe olhou aterrorizada- Fique calma, por favor. Está tudo bem, calma!

- Levaram ela, eles a levaram. Eu tentei, eu corri, eu tentei, eu juro que tentei. É minha culpa, minha, minha!

- Me escuta, por favor, me escuta. -Malévola segurou em seu rosto e a fez olhar em seus olhos- Nada disso é real. É tudo uma ilusão, tudo isso aqui. Estamos presas nas artimanhas de Apokolips e precisamos que todos tenham consciência que nada disso é real para podermos nos libertar e matar aquele miserável, ok? Zelena está bem. Todos nós fomos separados e fomos torturados, precisamos achar os outros e alertá-los.

Ruby olhava paralisada para a loira a sua frente.

- Ze-zelena está viva? -Perguntou amedrontada.

- Ela está. Qual é? Estamos falando da sarnenta mais durona de Oz. -A loira respondeu confiante e sorriu.

Ruby se acalmou e sorriu em meio as lágrimas.

- Ela está bem. -Luccas sussurrou para si.

A loira ajudou a mulher a levantar. O corpo de Ruby estava muito machucado para ela se transformar, então Mal se transformou e a outra subiu no dragão para juntas procurarem os outros.

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Kara sentiu-se estranha, uma tontura lhe acometeu de repente, as coisas começaram a se tornar confusa em sua mente, os passos mais lentos e o caminho de pedras que seguia, se tornava mais estreito. Coçou os olhos para ver se melhorava aquele torpor, mas nada fazia sentido ou efeito, uma sonolência e fraqueza começou a querer derrubar a loira, mas a jornalista tentava lutar contra a própria mente. Não era a primeira vez que alguém tentava a derrubar invadindo sua mente, então ela sabia como se proteger. As mãos da loira foram pesadamente para seus bolsos, a mulher caiu no chão, quase apagando, quando alcançou os dispositivos que Alex tinha dado a todos antes de sair de Storybrooke. Era um inibidor, muito batido na verdade, mas que servia sempre em situações como aquela.

John havia idealizado e Lena aprimorado. Quando Supergirl finalmente conseguiu colocar o aparelho nas têmporas, ela os viu. Viu tudo e aquilo era mais assustador do que ela havia imaginado que seria. Já tinha viajado por muitas terras, visto muitas coisas, mas aquilo... aquilo era outra coisa.

A loira fechou os olhos cansada e tentou pensar em uma estratégia. Alcançou uma pistola na sua calça por baixo da capa. Era uma pistola a laser feita por Lena Luthor, não era algo comum, era especial. Como não sabiam o que encontrariam quando chegassem em Apokolips, Lena preparou à todos para o que pudesse vir. Além da arma, Kara andava com uma granada de sol amarelo, que deveria ser usada somente em último caso, palavras de sua namorada baixinha e extremamente séria.

O preço do amor verdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora