A lança do destino

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Regina levantou-se do chão tossindo. Tudo era uma grande nuvem de poeira, seu corpo parecia que havia sido pisoteado por dezenas de cavalos e olha que ela conhecia a sensação. Ainda lembrava da fala da filha. "Use a lança". Que lança?

A rainha olhou ao redor, viu alguém no chão e correu até lá. Era Snow White. A rainha levou seus dedos ao pulso da mulher. Morta. claro que estaria, tinha uma grande rocha em cima dela, somente sua cabeça e um de seus braços não estava esmagado. A rainha engoliu em seco, caminhou um pouco mais e avistou Kara. Ainda lembrava de como a loira morreu, tentando salvar a irmã. Regina não julgava a loira ter se descontrolado e entrado no meio do fogo cruzado, teria feito exatamente a mesma coisa se fosse Zelena.

A rainha correu e se ajoelhou próximo ao corpo de Samantha Árias. Algumas lágrimas começaram a rolar pelo rosto da rainha, sentia-se culpada, afinal a jovem mulher só estava ali por causa dela, porque ela havia pedido. Mills passou a mão delicadamente fechando os olhos castanhos sem vidas a sua frente.

- EMMA? EMMA! Swan... -Regina chamava a esposa.

A morena caminhou mais um pouco e levou as mãos a boca em um grito mudo. Emma estava sentada, empalada por em uma grande garra de um alien, que também estava morto.

- Não, não, não... Srta. Swan, o que pensa que está fazendo? -Regina dizia tentando usar de sua magia para curar a loira.

Os olhos que Regina tanto amava estavam abertos em um verde acinzentado sem vida, os lábios rosados estavam roxos com sangue seco grudados neles e os cheirosos cabelos dourados encaracolados, estavam opacos, secos e sem vida com manchas de sangue, assim como a salvadora estava.

- Meu amor... meu amor, eu não tive tempo... Emma! -Regina deixou o pranto sair naquele momento enquanto suas mãos passavam pelo corpo da esposa.

A rainha levantou-se e foi a procura da filha, da irmã.

- Re-Regina! -Mills ouviu alguém a chamar.

- Tem alguém aí? -A rainha perguntou com a voz chorosa.

- Sou eu. Mal. Ajude-me!

Regina procurou a amiga e a encontrou muito machucada, segurando o corpo de Lena.

- Não! -Regina parou e levou as mãos ao rosto- Por favor, não... Não, Mal, não...

- Venha aqui. Ela ainda está viva, venha se despedir de sua filha, querida! -Mal dizia segurando uma das mãos de Lena.

- Não... minha menininha, não! -A rainha caminhou até a morena deitada no colo de Malévola e deitou sua cabeça no peito da filha chorando desesperada- Meu pequeno milagre, Mal, eu não consigo... filha, meu amor... eu te amo tanto, Elena, não faz isso com a mamãe!

Mal começou a acariciar os cabelos da amiga enquanto sentia a vida de Lena se esvair. O choro de Regina era doído e ela não parava de implorar para a filha lutar, aquilo estava deixando Mal agoniada.

- Onde está a lança, Regina? -Malévola perguntou alguns longos minutos depois.

Regina lhe olhou confusa.

- Que lança?

- A lança do destino. Lena pediu para você usá-la, onde está?

- E-eu não sei.

- Como não sabe, Gina? Ela a deixou com você. -Mal disse perdendo a paciência.

- Eu não sei nada sobre essa lança, Malévola. -Regina disse confusa.

A rainha levantou-se e começou a procurar ao redor, para tentar achar a lança.

- O que faremos com uma lança? Darkseid está morto, todos estão.

O preço do amor verdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora