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Callie Torres

- Vocês não querem mesmo dormi aqui? - Dona Bárbara pergunta para Arizona outra vez.

- Me desculpa mãe, temos um compromisso amanhã, mas nós passamos aqui de tarde - diz sorrindo e abraça a mãe.

- Voltei mais vezes, Torres - Daniel me dirigiu a palavra ao chegar perto de nós.

- Farei o possível

- Tudo bem, até logo então - nos despedimos dos dois mais velhos e seguimos para casa.

Não sei o que havia acontecido com Arizona, mas ela mal falava comigo.

Seguimos o caminho em silêncio.

As ruas estavam calmas, e como eu avisa bebido um pouco, decidi não correr.

Parei em um posto de gasolina apenas para abastecer.

- Você quer alguma coisa? - pergunto para Arizona que estava olhando pela sua janela.

- Estou com vontade de comer torrone - me encara com aquela olhar de quem vai chorar.

- Só isso? - ela assente e eu sigo para dentro do posto, pego apenas alguns tórrenos e sigo até o caixa.

- A senhora deseja mais alguma coisa? - a caixa me pergunta sorrindo.

- Não, apenas isso - entrego para ela tudo o que havia pegado e pago junto a gasolina que havia colocado.

- aqui está meu número, caso algum dia, não queria ficar apenas no torrone - ela me entrega um papel.

- Amor eu acho que vou querer um suco também - escuto a voz da Arizona e vejo a mulher a minha frente ficar vermelha. Me viro para a mesma.

- Você quer suco do que, meu bem? - vejo Arizona com um semblante nada agradável e com os braços cruzados abaixo dos seios.

- Maracujá - ela se vira de costa e segue até uma das geladeira.

- Se você quiser, ela não precisa saber - escuto a mulher atrás de mim falar mas eu estava querendo é rir do ciúmes da Arizona.

- Vou te esperar no carro - ela deixa o suco no balcão e sai batendo os pés.

(...)

- Está com ciúmes? - pergunto assim que entro no carro.

- Não enche, Calliope - ela cruza os braços abaixo dos seios e continua olhando para fora da janela.

Rio e entrego a saco, com as coisas que ela pediu, para ela.

Volto a dirigir pela estrada em direção a sua casa. Nossa casa.

Isso é estranho.

Mas estranho ainda é saber que estou casada com Arizona por dois anos.

(...)

Assim que chegamos em casa, guardo o carro na garagem.

Arizona sai na frente, brava. Tranco o carro e sigo para dentro de casa.

- Eu estou indo deitar, se precisar de mim sabe onde fica o meu quarto - ela sai da cozinha com um copo de água na mão e sobe sem esperar minha resposta.

Sigo para meu quarto e tomo um banho, na água morna, para relaxar.

Depois do banho coloco uma blusa larga e uma calça de moletom.

Olho no relógio e são meia noite e quarenta, desço até a cozinha e preparo um lanche para mim.

Como não estava com sono, coloco uma série qualquer na televisão.

Não dava pra entender muito a Arizona.

Mais cedo ela estava bem e sorridente, e do nada, ela está brava e emburrada. Não é cedo para os hormônios? Isso estava me deixando louca.

- Callie - olho para o topo da escada e Arizona ela lá - eu tive um pesadelo, posso ficar aqui com você até passar?

Ela estava com o a sua camisola de sempre, um travesseiro nas mãos e uma manta sobre o corpo.

Apenas assenti e a mesma desceu os degraus da escada. Dei espaço para a mesma se sentar ao meu lado e ali ficamos assistindo série.

- Você não está com fome? - pergunto quando o terceiro episódio havia começado, ela não tinha nem pregado o olho.

Eu estava com um pouco de sono, mas não queria deixa ali sozinha.

- Estou, eu já vou lá preparar algo pra comer - me levanto e sigo até a cozinha.

Para me desperta faço o seu sanduíche, assim me animaria e eu não dormiria.

- Come, vou pegar um suco pra você - volto até a sala e entrego o prato a ela.

- Não quero suco, e obrigada pela sanduíche - ela me lança um sorriso amigável.

- levanta sua camisola

- O que? - ela já estava com a metade da mordida na boca. Sorrio.

- A camisola, Arizona. Enquanto você come, vou fala com meu filho

- É uma menina - ela deixa o prato de lado tira sua camisola, ficando apenas com uma calcinha rendada e um top esportivo.

- E como você sabe que é uma menina? - pergunto enquanto me deitava em seu colo, ficando de frente pra barriga.

- Instinto de mãe, Callie - revira os olhos e volto a comer.

- Oh, então você é uma menininha? - pergunto enquanto dava um beijo em sua barriga - se você realmente for, espero que dê muito trabalho a sua mãe, deixe ela de cabelos em pé.

- Eu estou te escutando, Callie - ela ainda encarava a TV mas estava com um semblante sério.

- Eu sei - sorri - nós sabemos, né meu amor? - dou mais um selinho em sua barriga.

- Como você acha que ela vai ser? - ela me encarava agora.

- Não sabemos se ela ela ainda - vejo a mesma revirar os olhos - e eu acho que ela viria com os seus olhos, quase tudo seu, apenas a minha boca seria igual.

- E se for um menino?

- A mesma coisa, dizem que coisa ruim, é o que mais impregna, então viram a sua cara.

- Eu te odeio - ela disse entre dentes e cruzando os braços em baixo dos seios.

- Oh - rio - não odeia não - fico de frente para a mesma.

- Odeio sim. E eu não irei te beijar, procura a balconista do posto, acho que ela ainda está em horário de trabalho - revisa os olhos e eu jogo minha cabeça pra trás rindo.

- Ciúmes, Arizona?

- Não!

- Mesmo? - chego mais perto da mesma.

- Vai se fuder, Callie - ela dá um tapa no meu braço e eu volto a conversa com o bebê.

Não sei em que exato momento aconteceu, mas eu acabei dormindo no seu colo.

Sinto a mesma avisar que estava indo para o quarto, e que eu deveria fazer o mesmo.

Não discordei, afinal eu estava morta de canseira.

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Prometo não demorar voltar.

Se você escreve alguma fic, ou saiba de alguma, me avisa por favor, estou sem nada para ler.

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