skyline.

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* Billie's pov.

O céu caía em um tom avermelhado, Ártemis encarava o por do sol de uma maneira espetacular, mas não porque fazia algo de diferente, simplesmente por existir enquanto observava a imensidão a que sempre estaríamos abaixo. Afinal, não importa o quão alto estivéssemos, sempre teria algo mais distante, ou mais acima de nós. Ignorando meus pensamentos filosóficos, tento mais uma vez murmurar alguma coisa que a garota respondesse, mas assim como das outras inúmeras vezes, foi em vão.

O parque em que eu a vi pela primeira vez tinha uma energia reconfortante, crianças brincavam por toda o ambiente, cachorros corriam de maneira divertida, algumas pessoas caminhavam entre as árvores altas. Era agradável e movimentado, diferente do quarto sem graça que eu já estava relativamente cansada. No entanto, era divertido desenhar com giz na parede que mais parecia um quadro negro, e essa era a única coisa divertida que eu fazia além de conversar com Ártemis.

— Você não pode me ignorar pra sempre. — Murmuro, quase bufando de tanta irritação pelo silêncio inacabável da garota de cabelos castanhos. Olhei de canto para a menina presa em sua própria orbita, apenas para em seguida lhe dar um empurrão fraco com meu ombro.

— Saí, capeta. — Ela se afastou, indo um pouco mais para o lado para ficar um pouco mais distante de mim. Confesso que já estava quase desistindo e deixando com que fosse até mim, esperando que ela iniciasse nossa conversa. Afinal, ela me devia um pedido de desculpas, e ela sabia disso.

Foi quando ela, finalmente, quebrou o silêncio.

— Eu não quero... Te ver dessa maneira. Mesmo que eu veja, eu não... Não acho que seja certo. — Virei meu rosto para olhar para a garota, minha feição claramente esbanjava confusão.

( N/A: Isso aí é demôniofobia viu? )

— Por que não seria certo? — Voltei ao olhar ao horizonte, esperando sua resposta.

— Nós somos diferentes, Billie. Não pode negar isso. — Ela solta uma risada baixa que saiu carregada de tristeza.

— Não. Eu não posso. Mas você também não pode afirmar que isso é ruim. — Digo, ainda olhando para o céu. — E não é como me ignorar fosse resolver isso. Você agiu como alguém de 10 anos aplicando castigo do silêncio.

— Você não pode me culpar por isso. — Posso sim. — Quando tem muita coisa em minha mente, eu preciso ficar sozinha. Mas você não me deixa sozinha em nenhum momento, então a única maneira que eu tive pra lidar com isso foi te evitando e ignorando. Se você tivesse respeitado meu espaço, toda essa situação teria sido evitada, e quando eu me sentisse confortável, eu iria até você e conversaria sobre o assunto. — Ela disse de forma calma, me deixando um pouco e envergonhada por ter agido dessa forma.

— É. Você tem um pouco de razão nisso. — Confesso, virando meu rosto para o outro lado tentando evitar olhar para a mais baixa. — Me desculpe. — Pedi, com receio. Não costumava pedir desculpas com frequência.

— Tudo bem. Me desculpe também. — E então, o silêncio incessante foi embora, eu quase consegui sentir um suspiro de alívio escapar dentre meus lábios.

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* Esse capítulo era pra ser muito mais longo que isso e sair muito mais cedo do que hoje, mas nos últimos dias só tem acontecido merda na minha vida e eu não tô conseguindo escrever direito, e eu não quero entregar capítulo curto e ruim pra vocês, então me perdoem leitores, uma florzinha pra vocês me desculparem! 🌷

Aliás, talvez esteja meio sem sentido esse pedido de desculpas, não sei? Mas eu não brigo com pessoas há muito tempo, eu só queria fazer elas se resolverem em um capítulo logo porque me arrependi de ter deixado elas irritadas uma com a outra.

Tô em um momento muito muito difícil mesmo, por favor sejam compreensivos 💖 Adoro vocês <3

Always Look Behind You. - Billie Eilish. [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora