make you yell.

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As ruas estreitas da Turquia vibram de maneira feliz; Embora eu não entendesse absolutamente nada do que eles diziam, era inegável que era divertido estar entre suas danças e músicas. Era sábado, o céu brilhava em um tom de azul claro, não havia muitas nuvens visíveis, mas todas as que estavam eram pequenas e brancas como neve – distraída com a visão magnífica, quase não percebo quando Billie se senta no mesmo banco que eu, bem ao meu lado. Meu rosto se vira para observar o seu perfil, seu nariz era perfeito, combinava com a curva de seus lábios vermelhos e carnudos, que formavam um bico de concentração enquanto a mais alta tentava ignorar a música alta dos arredores.

— Eu acho que deveríamos te arranjar um telefone. Apenas não sei como vou fazer minha mãe comprar um celular sem saber que é seu. — Murmuro, me aproximando dela e sussurrando em seu ouvido. A garota de cabelos negros virou sua cabeça, apenas para me encontrar descansando em seu ombro, colocou um sorriso bobo em seu rosto antes de me responder.

— Não preciso de um telefone. Não servem para nada, de qualquer forma. — Insistiu, reclamando da tecnologia logo após bufar.

— Você não diria que é inútil se visse o tanto de gatinhos fofos que há em apenas um feed do instagram. — Cantarolei baixinho, deixando uma risada baixinha escapar de meus lábios.

— Ei, isso é um golpe baixo! — Balançou o seu ombro agressivamente, empurrando minha cabeça de leve. Gargalhei enquanto tirava meu celular do bolso da bermuda moletom larga, desbloqueando meu celular.

Meus dedos mexeram sobre a tela suavemente, procurando o aplicativo com a câmera que tinha uma cor confusa para mim, o papel de parede se mexia com meu toque, fazendo eu me distrair por alguns breves segundos que logo foram recompensados pela velocidade em que cliquei no icone do instagram. A primeira foto visível na barra de rolagem era um pequeno gatinho nas costas de um pitbull com uma cara de bobo, estendi minhas mãos para mostrar a imagem a Billie, que sorriu de maneira fofa logo antes de colocar um bico que demonstrava o quanto o que havia visto era adorável.

— Eles são tão fofos! — Falou manhosa enquanto aumentava o bico em seus lábios. — Nós deveríamos arranjar um telefone para mim. — Neguei com a cabeça mantendo um sorriso nos lábios enquanto guardava o celular de volta em minha bermuda confortável.

— Você definitivamente pareceria uma tia no Instagram. A primeira coisa que farei quando te arranjar um telefone é desligar a capitalização automática. — Brinquei, exceto pela última parte, que era um fato.

— Mas por quê? — Suas sombrancelhas se contraíram em dúvida. Sorri enquanto descia meus olhos para seus lábios tão vermelhos quanto sangue, deixei um rápido selar.

— Capitalização automática não é coisa de Deus. — Respondi, beijando seus lábios mais uma vez, agora, dando uma pequena mordida na parte inferior deles.

— Eu também não. E muito menos você. — Sorriu entre o beijo. Afastei meu rosto para olhar para sua face completa, quase me deixando afogar entre sua infinidade azul. Você é a verdade para aqueles que foram condenados a mentira, Billie Eilish.

— De quem eu sou, então? — Inquiri, arqueando minhas sobrancelhas com meu olhar sobre ela.

— Minha. — Senti minhas bochechas queimarem enquanto meus sentimentos se misturavam entre um prazer imenso e uma vergonha excruciante. Desviei meu olhar, mordendo meus lábios vergonhosamente. Deixei que um sorriso bobo fosse visível, foram tantas expressões em tão poucos segundos que me desconectei da realidade breviamente. Billie trouxe seu rosto para mais próximo do meu, lentamente, e enquanto seus lábios não chegavam próximo aos meus, me senti quase em uma tortura.

Nossos lábios se pressionaram um contra o outro em um beijo meigo, foi infinito enquanto durou, e eu desejei que fosse infinito para toda a realidade; Desejei que eu fosse de Billie até o meu último suspiro com vida, desejei que eu estivesse com ela até o último dia em que viveria, e, egoistamente, eu desejei que durante toda eternidade, meu nome saísse dos lábios de Billie com ternura, que suas lembranças de mim fossem tão calorosas a ponto de queimar sua garganta enquanto escapassem, que seus olhos brilhassem quando lembrasse que os seus lábios tocaram os meus durante o curto período de vida que tive. Gostaria que a terra fosse associada ao meu nome, ao meu nome que doía, doía porque quando ela o chamasse, eu não a atenderia, já que seria incapaz de puxar o ar para meus pulmões que descansavam entre meu corpo sem vida; não que fosse difícil de adivinhar, mas esse era o meu futuro mortal a partir do momento em que cruzou seu caminho com alguém que viveria pelo resto da eternidade. Se o amor fosse real – eu seria uma dor para todo sempre, e eu era egoísta o suficiente para desejar que ela se lembrasse de mim.

Always Look Behind You. - Billie Eilish. [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora