Capítulo 17

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- É sério? - Karen me olha incrédula.

- Seríssimo. - Confirmo com a cabeça.

- Mas você nem me conhece.

- Você também não me conhece. - Sorrio largo.

- Isso é verdade. - Ela também sorri.

- E então, o que me diz?

- Não vou te atrapalhar? - Ela me olha tensa.

- De maneira alguma. - Digo. - Será bom ter a companhia de outra pessoa.

Estou cansada de ficar sozinha, e Karen está procurando um lugar para morar, então sugeri a que se mudasse para o apartamento.

- Se realmente não for atrapalhar, eu aceito sim. - Ela exibe um largo sorriso.

- Pode ter certeza que não irá.

Agora que ela sorri, Karen volta a parecer com a garota animada e feliz que eu conheci. Talvez agora que ela vai morar comigo, decida me contar o que está acontecendo, ou talvez não.

Só porque Karen vai viver no mesmo lugar que eu, não quer dizer que ela vai querer ser minha amiga, ou confidenciar seus problemas, mas espero que ela não me exclua de sua vida, e confie em mim para poder ajudar nem que seja com uma palavra amiga.

- A dona do apartamento não vai achar ruim?

- Não. - Nego com a cabeça. - Tenho certeza que ela vai ficar muito feliz em ajudar.

- Que bom. - Karen suspira aliviada.

- Pode se mudar quando quiser.

- Se não se importar, gostaria de me mudar hoje mesmo Becca.

Abro minha bolsa, e pego a chave do apartamento e entrego a Karen, e então falo:

- Não vou poder te ajudar, porque tenho que ir trabalhar.

- Não se preocupe. - Ela sorri fraco. - Já está me ajudando demais.

- Provavelmente quando eu chegar em casa, você já vai estar estabelecida.

- Sim, pois eu só tenho meus pertences pessoais. - Explica.

- Me lembre de te dar a chave reserva do apartamento quando eu voltar para casa.

- Ok. - Ela acena com a cabeça.

- Agora deixa eu ir andando, ou chegarei atrasada.

Me despeço da Karen, e então começo a caminhar, e do nada sou surpreendida com alguém me abraçando por trás.

- Obrigada Becca. - Karen agradece. - Você salvou minha vida.

- Que exagero. - Dou um tapinha de leve em sua mão.

- Em algum momento irei de recompensar por sua ajuda. - Ela diz ao se afastar de mim.

- Não estou fazendo nada esperando algo em troca.

- Eu sei disso. - Ela passa a mão pelo rosto.

Sorrio para Karen e começo a me afastar novamente, e dessa vez ela não me abraça, então continuo minha caminhada.

Dei a chave do apartamento para Karen, espero que ela não seja uma maluca, pois estou escolhendo confiar no seu bom caráter, mesmo não a conhecendo muito bem.

Ela não parece ser uma má pessoa, porém nunca se conhece alguém de verdade até começar a conviver com essa pessoa, mas eu não sinto que ela seja uma megera malvada.

Me assusto com alguém buzinando, e quando olho para o lado vejo um taxista parado e acenando com a mão para mim.

- Precisa de uma corrida moça? - Ele indaga.

Um Acordo Irresistível (Livro 11)Onde histórias criam vida. Descubra agora