Capitulo 25 - Relato de um prisioneiro

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Boa leitura 🌑🌒🌓🌔🌕🌖🌗🌘🌑

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Ele estava se sentindo um idiota mas a culpa era sua então não podia fazer nada, a casa, ou melhor, mansão de Richard, era enorme como um labirinto, cada corredor mais elegante que o outro. Por fim ele chegou a um corredor que parecia sem saída, não tinha tanta iluminação como o resto, quando Kolin estava desistindo e decidiu voltar ele esbarrou em um vaso.

O som emitiu alto pelos corredores, ele sentiu que todos na mansão tinham escutado, ele esperou um bom tempo até que alguém aparecesse mas tudo o que ouviu foi um gemido doloroso.

Ele piscou algumas vezes confuso se deveria ir ou não até lá mas a curiosidade lhe venceu. Afinal podia ser muitas coisas mas era acima de tudo curioso.

O corredor que parecia sem saída tinha um um alçapão com um pequeno cadeado, ele engoliu em seco, pegou um dos cacos do vaso estilhaçado que parecia valer a sua vida e tentou abrir o cadeado.

Quando não deu certo, então ele o arrombou.

Após pensar nas possibilidades o impulso falou mais alto e ele desceu as escadas do alçapão.

Estava muito escuro e as escadas eram curtas, o espaço era pequeno mas logo foi ficando maior, quando chegou no final uma luz laranja estava iluminando o local.

A cena sua frente era um pouco sinistra, para não dizer muito.

Havia uma cela com grades era enormes e enferrujado como se estivessem ali a centenas de anos, não parecia algo recente, um homem estava dentro e enormes correntes agarravam a sua perna.

Ele estava todo machucado e em um estado deplorável, os cabelos soltos caindo sob o rosto inchado, havia uma poça de sangue em um canto e suas roupas estavam encharcadas.

Kolin se aproximou da cela e tocou com as mãos nuas fixando seu olhar no homem para ver mais de perto.

Ele não o conhecia, mas se sentia enjoado por ele, ao seu lado havia uma pilha de ossos que pareciam pertencer a cadáveres antigos.

– Senhor Nildern, por favor me solte, eu me arrependo, eu reconheço o meu erro, eu já disse que sou leal, por favor me perdoe. – Ele começou a implorar do nada, sua voz rouca e horrível.

– Eu não sou Richard.

O homem se assustou por um momento mas ao levantar o olhar ele lhe deu um sorriso banguela.

– Um anjo, por fim alguém sensato apareceu, você veio me soltar certo? Por favor, eu lhe imploro.

Ele se levantou de repente agarrando as grades com força, seu rosto não parecia tão feio assim, a pior parte era o seu olhar que tinha uma queimadura horrível se olhasse mais de perto.

Kolin não respondeu a sua hipótese de ele ser um anjo.

– Por que você está aqui?

O único olho do homem brilhou.

– Eu fui falsamente acusado por aquela mulher, ela fez Richard pensar que sou alguém ruim mas eu praticamente o criei, ele é como um filho para mim. – Ele falou rapidamente.

Parecia desesperado para provar a sua inocência.

– Calma, você criou Richard, então viu ele nascer?

Kolin se repente ficou curioso para saber se esse homem estava mesmo mentindo ou dizendo a verdade.

– Eu estou até desde o dia em que seus pais se casaram, naturalmente vi até os seus irmãos nascerem.

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