Capitulo 67 - Um fantasma

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Carten assentiu. Kolin franziu muito o cenho não entendendo por que Carten se referia a Benjamin como um homem morto, em meio a isso Richard não parecia muito surpreso.

Mas poucas coisas o surpreendiam de qualquer forma.

- Está me dizendo que Benjamín está morto?

- Benjamin era o nome do meu irmão mais velho e ele morreu faz alguns anos, tirou a própria vida.

- Não, não, não, impossível, Benjamin é um estudante, ele também foi do orfanato, foi assim que Daniel conheceu ele, falava dele o tempo inteiro, alguém que sempre estava com uma câmera e era amável.

- É verdade que meu irmão estava sempre com uma câmera mas eu conheço cada uma das crianças que já pertenceram ao orfanato e o único Benjamin que resta é o meu irmão e ele já se foi a muito tempo.

Os três fitaram o desenho na parede por um tempo até que Richard disse:
- Quem Daniel realmente esteve encontrando todo esse tempo?

- Essa pessoa se passava meu irmão... - Carten se encolheu mas se exaltou de repente - espera, Kolin disse câmera, se isso for verdade então essa pessoa não está apenas se fazendo passar pelo Benjamin por nada, tem algo mais profundo nisso, ele o conhecia.

Kolin pensou por um tempo como se algo martelasse na sua cabeça.

- Espera.

- O quê?

- Essa não é a primeira vez que eu te digo isso, por quê quando te contei você não ficou surpreso mas está agora?

- Isso... eu não me lembro.

Richard balançou a cabeça negativamente quando viu o semblante alheio de Carten.

- Você disse para a pessoa errada, não era ele, era o outro.

- O outro?

- Não é tão complicado, é basicamente duas pessoas em uma, eles podem ter personalidades, pensamentos e desejos diferentes.

- Isso significa que Linssen já sabia de tudo?

- Possivelmente, sim. - Carten concordou cabisbaixo.

- E agora o livro e Daniel sumiram para sempre. - Kolin lamentou.

- Eu coloquei um marcador no livro, ele tem a minha essência e vai rastrear onde quer que esteja, só precisamos nos recuperar e sair daqui.

- Talvez demore. - Kolin o lembrou.

- Na verdade não, desde que seu amigo... Daniel deixou isso cair, só precisamos investigar um pouco e achar a porta por onde a senhora Felton saiu depois de entrar aqui, poderíamos sair pelo mesmo lugar que entramos mas Daniel já fez isso e não se sabe se essa porta tem algum mecanismo de tempo que só permita que a outra saia por um limite de tempo. - Ele explicou devagar enquanto ajustava as luvas negras.

- Então o que precisamos é tempo.

- Isso é tudo o que não temos.

- Vamos correr contra ele então.
Kolin estava tentando apagar o desenho com um pano mesmo Richard deixando claro que algo como esse ritual só poderia ser desfeito por quem o fez, era impossível apagar ou destruir a força.

Quando acabou de tentar ele desistiu e começou a vasculhar o quarto inteiro procurando por outra saída, era óbvio o quão ansioso ele estava, Richard começou a pensar que sua ansiedade estava passando para ele também.

Olhar para Kolin depois de tudo o que descobriu parecia tão estranho, se o seu palpite estivesse certo então era normal que Kolin não soubesse de nada.

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