Capitulo 100 - Arrependimento

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Boa leitura doces 💟💝💘💞💖💕💓💗

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Ele não sabia o que era aquilo, mas sentia terror quando observava, parecia uma besta, mas tinha as características da sua falecida mãe, muito parecido aos seus pesadelos, mas estava acordado agora. Rarlee havia cavado o túmulo da sua mãe e a transformado em uma besta?

Era alta e sombria, algo obscuro que parecia o engolir com apenas um olhar. A olhar era como se espiasse todos os seus pecados, como se aquele fosse o seu castigo por ter sido arrogante por tantos anos.

Seus grandes olhos negros, suas unhas pontiagudas e vermelhas, a pele mortalmente branca, seu corpo magro, alto e ossudo, e os dentes pontudos que mal cabiam na enorme boca. No entanto a estrutura óssea era a mesma da sua mãe, e o vestido rasgado se assemelhava as mesmas roupas que sua mãe usou no dia em que se suicidou.

Mal conseguia andar pela dor, sentia todo o seu corpo tremer e também estava zonzo.

Ele consegue ir até seu próprio quarto e se tranca ali. Sons cada vez mais altos são escutados do lado de fora, de alguém muito ansioso que arranhava e rasgava a sua porta.

Gotas de suor escorrem pelas suas costas.

Ele vai até o seu armário e procura na sua caixa, a caixa onde tinha o retrato de Kolin, a caixa revestida de turmalina, retira o fundo falso e pega um pedaço velho de um trapo. Era um pedaço da camisa de Kolin de quando era criança, na época que ele apanhava do pai, devia ter ao menos uma gota de sangue seco ali. Tinha que servir.

Ele pega uma luva sua em uma das gavetas e passa no seu próprio sangue. Em seguida guarda rapidamente no bolso.

Os sons da besta lá fora eram muito altos, pareciam berros desesperados e soavam cada vez mais altos nos seus tímpanos. ele olha em volta buscando uma forma de escapar mas não encontra.

– Eu quero entrar. – A coisa berra com a voz da sua falecida mãe.

A respiração de Richard passa a ficar ofegante e ele dá alguns passos para trás. Seu coração batia forte e acelerado no peito.

– Filho você não vai abrir para a sua mãe? – A voz rasteja.

Ele vai até o guarda roupa e procura qualquer coisa que pudesse usar como arma. Por fim achou um pequeno estilete desmontado, ele tenta virar os mecanismos mas suas mãos tremem tanto que não consegue.

Os gritos ficaram mais altos e os baques também. Um som constante e angustiante.

– Vá para o inferno. – Ele grita.

Então o barulho finalmente para.

Na verdade o silêncio o assustava mais do que o barulho, ele ainda se sente enjoado e tonto e bate a própria mão contra o chão tentando fazer a tremedeira parar.

– Por favor. – Ele sussurra enquanto tentava concertar.

Quando finalmente coloca no lugar o mecanismo torno do estilete, a porta é arrombada, a enorme besta para bem a sua frente. Richard sente sua boca se ressecar completamente e vai sentado no chão, quando tenta acertar a coisa com o estilete, ela enfia as garras no seu estômago. O gosto de ferro na sua boca o faz querer vomitar e o bafo quente da coisa contra o seu rosto só o deixava tonto e enjoado.

Era... diferente de todas as outras bestas que tinha visto antes, essa o assombrava em seus piores pesadelos.

Os olhos negros possuiam uma escuridão negra e sombria, passava uma sensação de morte. Estava paralisado, como se não tivesse voz nem mesmo para implorar perdão, mesmo mover um dedo exigia um grade esforço. Era semelhante a paralisia do sono... mas estava acordado. A dor era real.

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