Capitulo 31 - Um amor pecaminoso

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Boa leitura babys ❤️💗🧡💕💛💝💖💕💋

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Kolin pensou que ele tinha muitos problemas mas olhando agora para Daniel ele percebeu que provavelmente não era o único a ter uma vida problemática.

O que havia acabado de acontecer com ele era muito parecido ao ataque que ele próprio teve antes quando estava com Melanie e Richard.

No dia em que Richard o convenceu de que haviam feito uma lavagem cerebral nele, controlado a sua mente ou sei lá o que.

Tinham feito o mesmo com Daniel ou tinha algo a mais acontecendo que ele não estava sabendo?

– Não é nada, isso só acontece quando eu penso demais no professor Linssen. – Ele esclarece se recompondo.

Os olhos verdes fitaram o sangue escorrendo pela mão do outro com curiosidade.

Ele se lembrou do que ele havia dito "Se tivesse que escolher um então seria..."

No professor Linssen e não no Benjamin, no fim das contas a sua obsessão ainda iria para ele, aquele homem de olhos héterocromaticos e aura raivosa.

– Como você conheceu o seu professor?

Daniel pareceu emocionado de repente, os cachos vermelhos caindo sob o rosto alegre.

– Ele me dava aula no primário, foi ele quem me ensinou a lutar mas também foi ele quem nos castigava.

– Castigo?

– É, você sabe, ficar sem comer, em reclusão, ou mais de duas lutas por dia, o mais leve era o tapa no rosto.

Ele voltou a assumir uma postura confortável enquanto estancava o sangue com a própria blusa vermelha, começando a ganhar um tom bem mais escuro.

Era óbvio que o sistema de ensino dos demônios era injusto então quando se falava de orfanato, lá parecia mais uma cadeia, no periodo em que seu pai morreu, Kolin passou um tempo lá e quase morreu.

Para Daniel sobreviver a tudo isso e ainda estar apaixonado pela pessoa que sempre o maltratou isso era muito estranho a qualquer um que visse.

E apesar de cruel, o professor Linssen sabe que isso é errado, pelas coisas que Daniel lhe contou, Kolin sabia que Linssen era muito inteligente, logo, ele deve saber que esse amor não é saudável.

Mas será que ele minimamente se importa com Daniel?

– Doía e eu o odiava, mas as vezes ele era doce, quando não tinha ninguém olhando ele me ensinava a lição com paciência e me ditava várias vezes as regras até eu decorar, as vezes até mesmo assumia um sorriso doce.

Kolin se sentou ao seu lado enquanto observava a pessoa com expressão rude e aparência distante no quadro, pensar que alguém assim poderia ter um sorriso gentil era loucura.

Aquela mulher sombria no quarto ao lado de Richard, a foto do próprio loiro no jornal com uma aparência impecável.

Impossível, as aparências podiam realmente enganar tanto assim, até onde se poderia confiar no que as pessoas mostram a primeira vista?

– Ele realmente não sente nada por você?

Daniel deu uma risada amarga e se jogou para trás na cadeira.

– As vezes eu acho que ele me odeia, de vez em quando parece sentir pena mas vê necessidade de me castigar quando passo dos limites, ele me bate, as vezes acaricia o meu cabelo, mas quando eu tomo a iniciativa de tocar primeiro ele me odeia.

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