Capitulo 37 - Preocupação defeituosa

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Boa leitura 🤗☺️♥️💋🌹

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Kolin tinha vagas lembranças de ter visto esse lugar alguma vez em fotos, mas não fazia ideia de quem havia lhe mostrado, já que o lugar pertencia a Richard e não havia forma de eles serem realmente amigos quando crianças...

Foi então quando se lembrou do motivo para ter ido alí.

Quando estava prestes a perguntar percebeu que o outro agora estava sentado na cadeira de balanço com os olhos distantes, parecia estar pensativo, mas principalmente com sono, então ele decidiu não incomodar mais. Pelo menos não por enquanto.

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O sons ao seu redor pareciam aquosos e familiares, gotas de água caindo em uma pia fria, o frio lhe atingia com tanta força nos ossos mas ao mesmo tempo seus olhos queimavam.

A sala a sua frente era completamente branca e muito famíliar.

– Richard está doendo?

Uma doce garotinha dizia muito próxima.

– O que dói? – Ela perguntou novamente.

Richard tentou se levantar mas sentiu que estava sendo preso, seus pulsos cobertos com correntes e os pés também, a pressão era tão forte que ele precisou ranger os dentes para suportar.

– Não se faça de bobo.

Ela deu uma risada divertida e se inclinou sobre ele com seus enormes olhos castanhos emitindo um brilho encantador.

– Você sabe o que eu quero dizer.

Ele sentiu uma dormência arrepiante, seguido de um desconforto no peito.

– Quando a minha mamãe perfura a sua pele com o estilete dói?

Ele sentiu algo pontudo e afiado rasgar a sua pele em um impulso brusco. Um grito abafado saiu da sua garganta e ele se contorceu tentando se soltar das correntes.

A dor era tão familiar mas tão estranha e dormente, um terror crescente preencheu seu peito e ele sentiu que havia voltado a aqueles dias de impotência onde não podia fazer nada para se proteger.

– Chega. – Ele tenta sussurrar mas a voz não pode mais sair da sua garganta.

– Não dói. – uma mulher responde no seu lugar. – Eu já disse a ele que se ele fechar os olhos não vai doer.

A mulher usava uma roupa completamente branca, e uma máscara que cobria metade do seu rosto, luvas de plástico cobriam as suas mãos e uma grande ferramenta estava nela.

– Mamãe por que ele está gritando tão forte?

A menina lhe olhou com curiosidade enquanto sorria e aproximava a mãozinha delicada do seu rosto.

– Marina, eu já disse que você não pode tocar nos pacientes minha filha.

Ela era a senhora Felton, sua voz soava abafada pela máscara.

– ele está doente? – ela o olha preocupada.

– Sim.

– Que tipo de doença?

– Ele nasceu com defeito, sabe quando um cachorrinho nasce prematuro e morre instantâneamente, isso é o que aconteceria com esse pequeno demônio se eu não fizesse nada.

– Um demônio mamãe. – Ela observou curiosa.

A menina voltou a lhe olhar e fez uma cara de nojo estampada no rostinho delicado.

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