Quando chega a hora de ir para o teatro, meu pai monopoliza minha atenção durante o caminho.
— Está tudo bem, filho?
— Hm... sim. Tudo bem — respondo, porque a última coisa que quero é lhe causar aborrecimento. Um táxi passa com o pneu cantando, expelindo fumaça pelo escapamento e então freia abruptamente no sinal vermelho. — O repórter estava irritante, mas nada que eu já não tenha visto antes.
Meu pai balança a cabeça numa negativa.
— Eu me referia a Meredith. Está tudo bem com ela?
— Ela está bem — respondo com um sorriso, contente por ver meu pai demonstrar mais preocupação com a minha mulher do que com a história.
Ele aponta Meredith, que caminha poucos metros à nossa frente junto com os outros.— Vocês dois são perfeitos um para o outro. Não sei por que não percebi isso antes... Mas agora, vendo vocês juntos, é como se estivesse bem diante do meu nariz o tempo todo.
A culpa volta a cair sobre mim. Eu afundo a mão no meu cabelo. Quando eu e Meredith rompermos, meu pai vai ficar bastante desapontado.
— Você é um romântico incurável.
Meu comentário o faz rir e nós diminuímos o passo quando o funcionário da casa nos leva até nossos assentos. Meredith cruza os braços e suspira.
— Está se sentindo bem? — pergunto.
Ela faz que sim com a cabeça. Seus lábios se juntam, formando uma linha reta.
— Tem certeza? Porque, daqui de onde estou olhando, eu poderia jurar que você está chateada.
— Eu estou bem.
Ainda não consigo acreditar nela e a expressão cética em meu rosto deixa isso evidente.
— O que foi, Meredith?
— Não tem nada de errado. — Ela descruza os braços. — Quando é que vamos fazer um boneco de vodu daquele repórter?
Ergo os olhos, fingindo que estou concentrado em algo.
— Bem, vamos ver — respondo. — Tenho horário na minha agenda às três da tarde de amanhã. Serve?
Meredith faz vigorosamente que sim com a cabeça.
— Fechado. Você traz os alfinetes e eu cuido dos panos.
— Excelente. Vou encontrar um tutorial no YouTube para fazermos isso direito.
Ela abre um sorriso.
— Eu odiei aquelas perguntas. — ela sussurra para mim no momento em que a abertura do musical se inicia.
— Ele estava tentando pegar pesado e insistiu num assunto tão inútil. Mas você foi muito bem.
— Foi constrangedor — ela diz, e acena para que eu me aproxime mais quando as notas de violino chegam à plateia. — Acha que aquele repórter descobriu algo sobre o nosso acordo?
— Também suspeitei disso, mas acho que no fim das contas ele estava só jogando verde para colher maduro.
— Você gostou da resposta que eu dei no final, não é?
— Achei a sua resposta fantástica — digo.
— Coloquei aquele sujeitinho no lugar dele, não foi? — ela se gaba, subindo uma das sobrancelhas como faz toda vez.
Gostaria de poder me enfiar agora mesmo em um buraco no chão. De repente, me sinto miserável, mas isso é trazido pelo reconhecimento de que eu queria que houvesse alguma verdade nas palavras dela. Eu queria que alguma coisa nisso fosse real.
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Why me? - Merder Adaptação
FanfictionDerek Shepherd é um mulherengo assumido. Não um mulherengo do tipo padrão, mas um mulherengo fofo, sincero e muito esforçado em satisfazer suas companheiras em todos os sentidos. O que ele não esperava é que precisaria subir ao altar o mais rápido p...