Depois de dois dias gloriosos transando sem parar, ou quase sem parar, pois fizemos pausas ocasionais para trabalhar e para algumas poucas horas de sono. O alerta chega a mim via mensagem de texto, quando estou correndo na avenida West Side:
📨 Na academia, Deluca está aqui. Está olhando para o meu anel.
Eu farejo a oportunidade, como um cão. Para começar, foi por causa de Deluca que Meredith aceitou se passar por minha noiva, para se livrar dos presentes detestáveis dele e para iniciar sua astuta vingança. Ele a perdeu, graças a Deus.
Mudo de direção e começo a atravessar a cidade correndo, esquivando-me dos passantes: homens de terno, mulheres de vestido, operários da construção e tantos outros tipos que se encontram em Nova York nesta terça-feira à noite. Meu destino agora é Murray Hill. Quando chego ao prédio de Meredith, com a respiração acelerada e filetes de suor descendo pelo peito, eu digo ao porteiro que vim vê-la. Ele me deixa entrar, pois estou na lista de visitantes que têm autorização para entrar a qualquer hora. Pego o elevador e sigo para o andar da academia.
Em questão de segundos eu a encontro. Ela está correndo em uma esteira elétrica, em baixa velocidade, e Andrew a observa enquanto pedala uma bicicleta ergométrica.
Faço contato visual com Andrew, aceno rapidamente com a cabeça na direção dele e vou até onde Meredith está se exercitando. Depois que aperto o botão que faz a máquina parar, começo a beijar ela com vontade.
Ela não está me esperando, mas não pergunta nada. Ela entra no jogo, retribuindo meus beijos com fome, com entrega. Estamos a um passo de partir para carícias mais íntimas quando Meredith salta da esteira, me abraça e me convida para subir até seu apartamento para uma rapidinha antes de irmos ao Bar.
Antes de sair do recinto, dou uma olhada em Deluca. Ele está reclamando com as paredes e parece bem nervoso.
Bem... paciência. O que eu posso fazer? A mulher me quer agora, poxa.
Quando estou trabalhando no pequeno escritório nos fundos do nosso bar, cercado por caixas de guardanapo para aperitivo e por armários onde armazenamos nossas bebidas mais caras, recebo uma mensagem da minha mãe:
📨 Bom dia, Derek. Nós temos entradas para a reapresentação de Um Violinista no Telhado amanhã à noite. Duas sobrando. Quer ir e levar a Meredith? Podemos passar no Sardi's antes.
Dizer que eu não sou fã de musicais seria muito pouco. Na verdade, eu estou bem surpreso que minha mãe tenha me convidado, porque todos na família conhecem as desculpas deslavadas que sempre dei para escapar de convites para todo e qualquer evento que envolvesse números musicais; desculpas essas que vão de "estou esperando a tinta dessa parede secar" a "estou ocupado reorganizando minhas anotações" ou até "não dá, porque tenho, ahn, um trabalho voluntário a fazer em favor dos... bancários aposentados."
Mas nenhuma dessas desculpas passa da minha cabeça aos meus dedos para ser digitada, porque a primeira coisa que me vem à mente é que Meredith adora a Broadway. Saio do escritório e a encontro preparando drinques na ponta do balcão.
— Perguntinha sinistra — eu digo quando a abordo. — Você quer ver Um Violinista no Telhado amanhã? Comigo?
Ela olha bem para mim e então põe a mão na minha testa.
— Com febre você não está, Derek.
— Estou falando sério.
— Talvez a gripe ainda esteja no começo.
— Sério mesmo.
— Melhor levar você ao médico para ser examinado ou esperamos até começarem os primeiros espirros e dores?
Dou uma leva batida no meu relógio com o dedo indicador.
— Esse convite expira em cinco segundos. Cinco, quatro, três...
— Sim! — ela diz rápido. — Sim, é claro que eu quero ir. Não vou nem perguntar onde foi parar a sua coleção de desculpas.
— Ótimo — eu digo e me aproximo mais para dar um rápido beijo em sua bochecha. No meio do caminho, porém, eu me detenho.
Vejo o pânico se insinuar nos olhos de Meredith. Ela faz um ligeiro aceno com a cabeça, como que me indicando alguma coisa. Lexie está aqui, assim como os garçons e garçonetes da casa, atendendo os clientes.
— Desculpe — eu murmuro.
Em seu posto, preparando uma vodca com tônica, Lexie ergue as sobrancelhas mas não diz nada. Meredith não está usando seu anel aqui, mas a reação de Lexie me leva a suspeitar que nossos funcionários possam ter percebido a mudança, assim como os animais conseguem detectar a aproximação de uma tempestade. Mas será que o nosso pessoal sabe que seus chefes estão transando? Será que eles podem adivinhar que é um lance temporário? Meu cérebro dispara uma pergunta após a outra: estou perto demais de Meredith? Estou olhando para ela de um modo que não deveria? Pela maneira como olho para a minha sócia, será que fica óbvio que eu a estou imaginando nua e me implorando para cair de boca em cima dela agora?
Balanço a cabeça, expulsando os pensamentos lascivos. E tento minimizar a importância do meu deslize.
— Nós quase quebramos outra regra — eu comento apenas para Meredith ouvir.
— Qual delas?
— Evitar esquisitices.
Ela ri e dá uns tapinhas de consolo no meu ombro.
— Relaxa, Derek. Não tem nada de esquisito nisso. — Ela baixa a voz e fala apenas para que eu ouça. — Foi adorável, na verdade.
— Que ótimo — eu respondo, batucando tranquilamente no balcão com as costas dos dedos, como se uma atitude descontraída pudesse retirar o meu nome da lama. — Então nós vamos amanhã, só porque você quer ir.
Meu celular vibra mais uma vez. Eu o apanho e meus ombros murcham quando leio:
📨 Os Forbes vão estar lá também :)
Eu me volto para Meredith.
— Eles também vão — digo, e então explico do que se trata.
— Tudo bem — ela comenta, sorrindo com confiança. — Eu não me importo com isso. Deixe que venham com a gente. Na verdade, tem sido mais fácil bancar a sua noiva nos últimos dias.
— Por que?
— Pelo jeito como você me fode a noite inteira — ela responde baixando a voz.
Uma onda de luxúria me atinge e eu penso em levá-la para o escritório, trancar a porta e transar aqui no trabalho mesmo.
Mas Lexie a chama e eu volto para o computador levando apenas a minha mais nova ereção.
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Why me? - Merder Adaptação
Fiksi PenggemarDerek Shepherd é um mulherengo assumido. Não um mulherengo do tipo padrão, mas um mulherengo fofo, sincero e muito esforçado em satisfazer suas companheiras em todos os sentidos. O que ele não esperava é que precisaria subir ao altar o mais rápido p...