Capítulo Dez

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Sábado

Oscar ainda dormia quando eu sai de fininho de sua casa, minha mente estava a mil por hora. Enquanto voltava pra casa a única coisa que eu conseguia pensar era no que eu havia feito.

Como eu pude fazer isso, como pude dormir com o melhor amigo do meu futuro marido? Por mais que eu não sentisse nada concreto por Esteban ele não merecia isso, não merecia ser traído dessa maneira.

Flashes da noite passada vagam na minha mente, tudo que fiz e tudo que senti, a conexão, o calor e a excitação que não sentia a muito tempo, tudo gira na minha cabeça. Um lado meu se arrepende do que aconteceu, mas o outro anseia por mais e deseja voltar para o calor daqueles braços.

Afasto meus pensamentos desordeiros e penso em qual desculpa vou inventar para a minha mãe por não ter dormido em casa, e por mais que eu já seja maior de idade minha mãe insiste em controlar minha vida, o que eu visto, o que eu como, com quem eu saio e muitas outras coisas que deveriam ser do meu livre arbítrio, eu só tenho aguentado tudo isso porque meu pai me pediu para que cuidasse dela caso um dia ele não estivesse presente, então faço isso por ele e não por ela, já que desde que eu era pequena nunca recebi nenhum ato de afeto que viesse da parte dela, apenas ordens de como eu deveria me comportar diante da sociedade e de como eu deveria ser futuramente. A única coisa com que Elvira Castrez se importa é com o status e o dinheiro, o que me causa nojo.

Ainda são 7:30 da manhã então torço para que ela ainda esteja dormindo, tiro os sapatos e entro na ponta dos pés evitando fazer qualquer ruído, mas quando estou quase chegando na escada que leva para o meu quarto ouço o que mais me deixa frustrada.

- Onde você estava? - ela diz logo atrás de mim. - Bom dia mamãe, como está? - digo contornando a pergunta. - Não mude de assunto.- ela diz olhando pra mim.
- Eu disse que sairia com algumas amigas para tomar uns drinks, a senhora não lembra? - digo me virando para encará-la.

- Não seja cínica Mareena, onde você passou a noite? - ela questiona me olhando com desprezo. - Como eu disse, eu sai com algumas amigas e perdemos a  hora então elas disseram que estava tarde para que eu voltasse sozinha e então uma delas sugeriu que eu dormisse na casa dela só isso - digo torcendo para que ela acredite na minha mentira deslavada.

- Acha mesmo que eu vou acreditar nessa história? - ela diz e eu perco a paciência.
-E em que a senhora acredita? - questiono.
- Acredita que eu estava por aí? Me prostituindo por alguns centavos? É com isso que você se preocupa? Se eu estou sujando a sua reputação? Que eu tire você da alta sociedade? Diferente de você eu não me preocupo só com o dinheiro. - digo e quando termino de falar sinto a mão dela na minha cara. O tapa foi tão forte que eu cambaleio para trás.

- Cale a boca - ela diz e eu me afasto.
- Saia da minha frente agora e torça para que eu não conte a Esteban que você passou a noite fora.

Penso em revidar, mas eu já tenho problemas de mais para um dia então só me viro e subo as escadas com os punhos cerrados tentando conter a raiva







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