Summer Coffey e Aaron Bright vivem vidas duplas. Se conheceram como Nevasca e Ares, participantes de corridas ilegais e rivais pelo primeiro lugar. Desde que se viram, sabiam que não tinha jeito, sempre teriam objetivos conflitantes. Participando de...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
É claro que Ivan não me avisou que tinha chamado Summer. É claro que enquanto eu estava casualmente conversando com o pessoal da faculdade no quintal, ela chegaria como a porra de um anjo e eu, um pecador. Também é claro que ela estaria usando uma saia justa e uma blusa que me faz querer não ter olhos. Também é claro que só agora Ivan me falaria que a chamou.
—Você não poderia ter me dito isso antes?—O pergunto com uma voz mais grossa e rude que o normal.
—Não sabia que você gostaria de saber...—ele se defende apoiando a latinha de cerveja na mesa alta.—Também chamei Sandra e Aline. Já que você está todo irritado, melhor te avisar logo.
—Eu não me importo com Sandra ou Aline.—reviro os olhos apoiando o cotovelo na mesa—O problema é ela.
Aponto na direção de Summer. A vejo se abaixar para cumprimentar algumas pessoas e fico surpreso com sua postura. Está confiante e está... Ela está usando as malditas botas. O cabelo cacheado está definido encaixando como dominó nas curvas do seu corpo. Ela não olha na minha direção nem por um segundo. Apenas se senta na canga do gramado segurando na borda da piscina como apoio. Deixa que suas pernas fiquem jogadas ao lado do corpo como se tivesse na capa da revista Playboy.
—Pensei que você gostasse dela. Sempre a achei meio sem graça, mas pelo jeito estava enganado.—observo Ivan a olhar de cima a baixo com algo muito irritante nos olhos.
—Não é que eu não goste dela é só que...
Encaro os olhos castanhos de Ivan. O cabelo loiro está perfeitamente penteado para trás em algo que transforma seu rosto em ainda mais irritante. Não achava isso possível. Principalmente, quando seu rosto revela algo para mim mesmo que eu não queria: não tenho uma defesa para não a querer aqui. Poderia dizer que é por a odiar, mas a cada minuto que se passa isso se torna menos verdade.
Eu não a quero aqui por odiar o fato de a querer por perto. Também odeio o fato que Ivan não foi o único a olhá-la de cima a baixo.
Tento achar alguma lógica nos mesmo pensamentos. Em que momento a garota que eu estava simplesmente me preparando para arruinar sua vida se tornou alguém que eu sinto... ciúme.
Quase vomito com a palavra.
É simplesmente nojento. É nojento eu sentir ciúme por ela. É nojento eu querer que ela se afaste do garoto sentado ao seu lado. É nojento eu querer apenas pega-lá em meu braços e levá-la para um lugar onde ninguém conseguiria toca-lá.
É ainda mais nojento ao pensar que ela deve me odiar no momento. Na verdade, esse é um pensamento estranhamente confortante. Eu não confio em mim mesmo para deixar ela de lado e voltar a viver minha vida normal. Talvez seu ódio por mim me ajude a afasta-lá.
—Vocês gosta dela.—Ivan fala.
Minto, não foi uma fala. Foi uma afirmação. Uma afirmação feita com sangue em minha pele. Tenho vontade de socar Ivan apenas por ousar jogar algo tão ridículo como isso na minha cara.
