Capítulo Seis

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Certo, talvez seja mais fácil pensar do que fazer

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Certo, talvez seja mais fácil pensar do que fazer.

Suspirei pesado novamente ao ouvir mais uma reclamação da mais velha a minha frente, se continuar assim logo desistirei.

Eu estava á no mínimo uma hora ali, já estava ficando farta.

"Você é uma irresponsável, isso que você é, irresponsável." Deve ser a décima vez que ela resmunga isso em um intervalo minúsculo de tempo conforme anda de um lado pro outro.

Revirei meus olhos com isso e apoiei meu queixo na palma da mão enquanto ouvia os murmúrios da mesma.

- Certo, eu sou tudo e mais um pouco, mas você vai me ajudar ou não?- fui direta conforme observava ela andar de um lado para o outro.

"Sabe o que ele vai fazer se um dia sequer sonhar com isso?" Ela rebateu finalmente parando de andar e me olhando séria.

Um arrepio subiu por minha espinha, mas me forcei a não esboçar nenhuma reação diferente na frente da mesma.

-....Sei, e é por isso que ele NUNCA irá saber sobre.- Dou ênfase no nunca e me reencosto na cadeira suspirando e continuando - Ela quer se encontrar comigo mais tarde, logo após o almoço...-

A mesma me corta "É só falar que não tem horário"

Como se fosse fácil assim, raciocinei batucando minhas unhas no braço da cadeira de madeira.

-Ela marcou um horário formalmente...E além do mais, se eu negasse, deixaria muito na cara minhas intenções.- falo olhando calmamente pra mulher dos cabelos amarelos da cor do trigo na minha frente, que agora se sentava e cruzava os braços.

"E o que você pretende dizer a ela?" seus olhos tão caramelos quanto a cor do feijão se encontram com os meus tão castanhos como o café.

-Que eu estive andando com você, nos seus jardins...E por isso não haviam me encontrado. - Falo rapidamente sem brechas - É algo tão besta, que ela nem sequer vai desconfiar que seja mentira.- Dou de ombros jogando um morango que havia ali na cesta na minha boca.

Sinto o olhar da que estava na minha frente queimar em mim enquanto ela pensava.

"É um plano arriscado.." ela tenta debater comigo.

-Sim, de fato é. - olho pra janela enquanto pensava no que dizer - Mas é a única saída que eu tenho, e você sabe que na menor brecha que eu der pra ela, ela irá correndo contar para...ele.- Evito citar o nome para não chamar a atenção de nenhum dos dois que mesmo não estando presentes no ambiente, poderiam ouvir seus nomes divinos sendo proferidos de longe. - E além do mais, você sabe bem como nosso irmão é possessivo, ele não iria nem sequer me ouvir. É em um segundo ele ficar sabendo e no outro um raio atingir um pobre coitado indefeso que não tem nada a ver com nossos problemas.- Certo, normalmente eu não ligaria para o destino do mortal envolvido.

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