Capítulo Dois

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Indiferença.

substantivo feminino

1.que se refere ao estado de tranquilidade daquele que não se envolve com as situações;

2.desprendimento, falta de interesse, descaso

Indiferença era o que eu sentia ao me olhar no espelho e ver a minha imagem agora nua, observei meus olhos chocolate que outrora foram brilhantes e agora estavam inchados e vermelhos, com aspecto cansado

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Indiferença era o que eu sentia ao me olhar no espelho e ver a minha imagem agora nua, observei meus olhos chocolate que outrora foram brilhantes e agora estavam inchados e vermelhos, com aspecto cansado.

-Quando foi que acabei assim? - Pensei enquanto me aproximava da banheira tão branca quanto uma nuvem.

Me afundei na enorme banheira espumada sentindo toda a água aquecida me abraçar e relaxar minha musculatura.

O cheiro de romã e lótus presente graças aos sais sobe até meu nariz, agraciando meu olfato que agora só podia sentir tal cheiro no ambiente.

Suspirei na intenção de captar o máximo possível do cheiro e relaxar, apoiando minha cabeça na borda próxima e suspirando.

Não consegui dormir nem relaxar depois do evento anterior, estava cansada, mas sempre que fechava meus olhos a única coisa que podia vislumbrar era a cena no mínimo depravada que pude ver na noite anterior.

Aos poucos a água e o cheiro fôra nublando meus pensamentos e a única coisa que me lembro foi de ter caido no mundo do sonhos.

O que era preocupante, já que eu não era uma deusa de sonhar muito.

Eu era jovem, cerca de 300 anos (O que não é muito para uma deusa), estava caminhando em direção a saída da "cabana" que ali eu habitava.

Vestia um vestido branco com um cinto dourado, nada muito chamativo. Ao fundo podia ouvir uma de minhas cuidadoras, especificamente Eubeia, dizendo

"Não retorne tarde, princesa" com um tom doce e amigável, recebendo somente um acenar de cabeça por minha parte.

Fui enviada para a ilha ainda nova graças ao meu temperamento.

Seguinte mamãe ele não era adequado e digno, então a mesma forçou me a ir para lá pouco tempo após o fim da titanomaquia.

Eu era encantada pelos animais que ali viviam, principalmente pelos pavões e vacas.

Sentia o cheiro das oferendas que as mortais faziam pra mim e sentia uma felicidade inundar meu corpo, eu amava isso.

Observava a forma das nuvens no vasto céu tão azul enquanto me aproximava dos pés de frutas ali próximo.

Meu sonho era ter um casamento feliz, com alguém que me amasse e respeitasse, ter filhos e viver uma vida simples para os padrões de uma deusa, o completo oposto da vida que minha mãe teve.

Suspirei enquanto mordia um pedaço da romã ali presente, me sentando ao lado dos animais que estavam buscando refúgio do sol que tão forte estava.

Eu imaginava um futuro belo em que eu era feliz para sempre.

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