Capítulo Dezessete

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Após passar vários dias na cama, eu já estava farta de ficar deitada sem ter nada para fazer.
Levantei, me vesti, sentei em frente a penteadeira comecei a arrumar os cabelos. Sem paciência, optei por fazer uma trança. Sai do quarto, quando estava no penúltimo degrau da escada, levei um susto com Maddie.

— Deveria estar deitada. — Maddie estava horrorizada me vendo ali. — O laird disse para ficar nos seus aposentos, e não sair por nada.

— Então, mande o seu laird ficar trancafiado no quarto, pois eu não irei, com licença.

Como era bom sentir os raios solares no rosto, caminhei até o lago, seitei no chão. Lá fiquei pensando em quem iria me querer morta.
 
Senti alguém se aproximando.

— Veio buscar-me? — perguntei.

— Não senhora, o laird pediu para lhe fazer companhia. — falou Maddie.

Nós, duas ficamos sentadas conversando até que começamos a sentir os traseiros adormecidos, levantamos, estávamos voltando, quando avistei uma mulher vindo na direção do lago.

— Quem é ela? — apontei. — Não há vi antes.

— Aquela é Mariska a curandeira, foi ela que cuidou da senhora. Ela não é muito sociável, prefere viver reclusa, ela é igual a todos do nosso clã.
Na verdade, tenho dó de algumas crianças, suas mães não os deixam ficar brincando por aí. Enfim, se alguém precisa de cuidados, Mariska ajuda. Entretanto, prefere viver no isolamento, é assim desde que chegou ao nosso clã.

— Como? Ela não é uma MacGyver? — perguntei surpresa.

— Agora sim, Donna contou que Mariska chegou numa noite pedindo proteção, parecia estar muito assustada, lembrava só do seu nome. O antigo laird há abrigou, deu-lhe um teto em troca ela ajudaria se tivesse algum enfermo.

Já não prestava mais atenção no que Maddie dizia, pois, observava a velha que vinha ao lago. Quando nos viu, a curandeira deu meia volta e partiu correndo.

— Como disse ela não é sociável. — Maddie continuo.

— Gostaria de agradecê-la por ter me ajudado.

— Posso levá-la até a cabana, onde mora. Só não posso garantir, que ela vá atende-la.

— O que acha de mandarmos uma cesta de frutas?

— Seria muito bondoso de sua parte.

— Então, vamos até a cozinha preparar a cesta.

Estava imensamente grata por ela ter salvado minha vida.

— Tudo pronto, vamos levar? – questiono.

— Sim.

Seguíamos até a cabana de Mariska, quando Logan nos parou.

— Onde estão indo?

— Levar uma cesta de frutas para Mariska. – Maddie informou.

— Deixe que eu levo.

— Não é necessário. — digo. — Quero levar, e agradecer por ter salvo minha vida.

— A cesta está pesada, deixe-me ao menos acompanhá-las. — ofereceu.

—Certo, obrigada.

Chegamos até o local onde ela morava. Logan bateu algumas vezes antes de sermos atendidos.
Mariska parecia apreensiva quando abriu a porta.

— Como posso ajudá-los? — perguntou de cabeça baixa.

— Vim agradecê-la. — digo sorrindo.

— Não é necessário me agradecer, fiz o que era certo.

— Mesmo assim, estou grata. Trouxe uma cesta com frutas.

— Muito obrigada. —respondeu, pegando a cesta com Logan.

Mariska não nos encarava, ela não nos queria ali.

— Bom, estamos indo agora. —falo. — Até mais, Mariska.

—Adeus. — disse, batendo a porta.

— Como é estranha. — Maddie falou.

— Ela só não gosta de ver ninguém. —Logan respondeu.

— Sabe o motivo? — questionei.

— Não, senhora.

Estávamos voltando, quando senti que estava sendo observada. Olhei em volta, porém, não vi ninguém.

Um calafrio percorreu meu corpo.

— O que deseja fazer agora? – Maddie perguntou.

— Acho que entrarei. – respondo.

Senti o desejo de ficar no quarto, onde não sentiria apreensão.


Esposa de um MacGyver / Irmãos MacGyver IOnde histórias criam vida. Descubra agora