Produção!

433 21 7
                                    

Henrique

Acordo com Beatriz choramingando no meu ouvido.
Não queria magoá-la, afinal eu a trouxe pra cá, a motivação foi errada e paguei por isso, porque a marrenta fez questão de esfregar isso na minha cara, então se de manhã meu humor já não é bom, depois de como Luana me deixou, aí é que piorou.

— Eu sei que não deveria te cobrar, mas você me chamou pra me deixar sozinha? - ela inicia

— Bia, olha só, vamos fazer o seguinte. Vamos levantar porque cê não vai me deixar dormir mesmo. - suspiro

— Não, não, vamos ficar aqui mais um pouquinho, eu prometo que não falo mais nada. - Ela me puxa pra deitar na cama e logo senta em cima dele.

Porra, me lembrei imediatamente de Luana, a sentada que deu em cima de mim, como me fez sentir, oh pirraça boa!

— Deixa eu levantar Beatriz, não estou no clima.

— E desde quando você precisou de clima?

— Desde agora! CARALHO! - me abusei e fui ao banheiro para me arrumar e descer.

Os efeitos que Luana causou, ainda estavam fervendo dentro de mim.

...

Drica indo acordar Luana...

— Bom dia flor do dia! hoje é seu dia, hora de acordar! Lá embaixo tem um café maravigold lhe aguardando, todos já estão na mesa.

— Todos? - Luana pergunta

— Sim.

— Todos, todos?

— Oh mana, tá abobada é? Sim eu já disse todos! ahhh, agora eu entendi. - ela sorri
— Sim dona Luana, o mau humor da manhã em pessoa também tá tomando café.

Luana dá um sorrisinho de canto.

— posso saber o porquê desse sorrisinho? Não vai me dizer que vocês dois...?

Luana fica só rindo e Drica puxa seu lençol pedindo que ela conte tudo à ela.

— Depois minha amiga, depois, agora eu vou me levantar para tomar meu café e iniciar meu dia. Mas te adianto uma coisa, eu lavei minha alma... e não, eu não transei com ele. - Ela pisca e vai tomar seu banho.
.
.
.

— Bom dia! - Luana chega na mesa

— Bom dia menina Luana, espera que vou pegar uma xicara de café quentinho procê. - Zuza a recebe e ela agradece

A maioria já havia tomado café e já estavam em seus afazeres, mas Henrique estava à mesa.

— Tá com uma cara boa heim Lu? dormiu bem? - Mohana pergunta

— Oooh Moh, dormi como um anjo.

— E anjo dorme? achei que eles trabalhassem 24h. - Ju brinca

— Verdade Ju. Então deixa eu reformular. Eu dormi igual gente que não tem com quê se preocupação sabe? Como chama mesmo? Ah já sei, dormi igual gente vadia, é isso aí, dormir igual a uma VADIA! - diz irônica

Henrique que estava sem olhar pra ela, balança a cabeça negativando o que ela dizia, toma seu último gole de café, se levanta da mesa e sai.

— Bom dia procês. - ele sai e Beatriz vai atrás dele.

— Bom dia! - Luana sorri sozinha

(...)

Após o café, Luana passa o dia envolvida na produção junto com o Pepato, Catatau, Flaney e alguns convidados que cantariam com ela naquela noite.

Vez ou outra, Henrique e Luana trocavam olhares, mas não se falavam, ele mesmo impressionado com a dedicação dela à produção durante todo o dia, não cede à raiva que ainda sente dela.

— E aí meu nobre, conta pra seu amigo, que compartilha a guarda de um certo pato com você, o que se passa nessa cabecinha tão pensante? Aliás, seu filho pato, sente saudades docê viu? - eles dois riem.

— Fala seu Brava. Pensando em nada véi, só olhando o movimento.

— E que movimento né meu nobre, que movimento! - Diz olhando pra Luana.

— Sim... - olha pra Thiago desconcertado.
— quer dizer não, nada a ver o que cê tá pensando.

Thiago rir do desconcerto dele.
— Fica tranquilo que seu segredo está seguro comigo viu.

— Posso saber do que as donzelas riem aí? - chega Juliano

— Segredos meu caro Juliano. - diz Thiago pigarrando a garganta e piscando pra Henrique.

— Só você mesmo Brava. - Henrique sorri

...

— Estamos com tudo pronto, agora é partir pro abraço. Minha nova Joia estará lançada! - Wander fala se aproximando dos meninos

— Se ela cantar bem como o Emil me disse, não tem como dar errado. - Juliano fala

— Isso se ela cantar mesmo né? - Henrique crítica

Wander dá um sorrisinho pro Pepato.
— Fala pra ele Pepato... - diz sendo irônico.

— Cara, ela não canta, ela impacta! Vai por mim.

— Uhum... bom, então boa sorte procês! - Henrique conclui

...

No quarto de Luana

— Licença, posso entrar? - d.Maria entra

— Claro sogrinha, quer dizer, d.Maria. - Drica brinca

— Dricaa, Tá louca? - Luana a repreende.

— Bobagem minha filha, não briga com ela, eu amaria ser sua sogra.

Drica abraça d.Maria e agradeçe a proteção já rindo.

— Mas eu vim ver como cê tá, se tiver precisando de alguma coisa, só pedir tá.

Luana sorrir e agradece.

— Bom, não vou mais atrapalhar a arrumação docês. Estou ansiosa pra vê-la cantar, alias não só eu, tem gente num pé e n'outro lá embaixo esperando ocê descer. - Ela fala saindo do quarto e piscando pra Luana.

— Eita que esse trenzão tá ficando bão! - Drica gargalha.
— Quando cê vai me contar o que aconteceu?

— Ah mana, eu só dei uma lição nele, trouxe pra bem pertim de mim e quando ele já estava bem entregue, que eu poderia fazer o que quisesse, eu mandei ele embora.

— Oi? nôooo... como você é má! como conseguiu essa proeza?

— Aí foi a parte mais difícil, puta merda! por muito pouco eu não cedi. Mais aí eu me lembrei de tudo que ele havia feito e foquei na minha pirraça. - sorri vitoriosa.

— Nossa mana, sou sua fã cara, demais!

Elas riem e terminam de se arrumar.

— Vamos descer? Você tá linda. Vai dar tudo certo!

— É como meu pai me disse hoje, Chegou a hora do passarinho voar! - Luana e Drica descem

Dois Corações e Uma História | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora