O Encontro

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Dia seguinte Luana amanhece com um pouco de dor de cabeça, possivelmente sua pressão arterial havia sofrido alguma alteração.

Mohana cuidadosamente avisa a Juliano que antecipou a consulta devido ela ter amanhecido um pouco mal.

Já na espera da consulta, ela aguardava a doutora chama-la, quando se surpreende vendo Juliano chegar com Henrique.

— Oi amor, como você tá? Minha filha, ela mexeu hoje? Tá tudo bem? Cê tá sentindo alguma dor? - ele fazia perguntas sem parar, porque Juliano havia contado pra ele.

Luana não o olhava nos olhos, mas se emociona ao sentir sua filhinha mexer.

— ela estava quietinha até agora pouco, mas foi só ouvir sua voz, que ela acordou. - ela olhava e alisava a barriga, deixando uma lágrima cair.

Ele então coloca a mão sobre a mão dela e sorrindo fala com a filha.

— Papai tá aqui meu amor.
Não deixa a mamãe preocupada não.

Ela sorri emocionada, enquanto lágrimas insistentes desciam.

Até que a doutora os chama para a consulta.

— Olá minha querida cantora. Como estão minhas garotas?

— Oi dra Lurdinha, fora a tempestade de hormônios que eu vivo, estamos bem. - elas sorriem.
— esse aqui é o Henrique, o pai da minha filha.

— Olá Henrique, um prazer lhe conhecer pessoalmente. Tudo bem?

— tudo bem Doutora, o prazer é meu! Eu vou poder ver minha filha hoje?

— ansioso por esse momento né papai? Vai sim, vamos vê-la hoje. Mas antes vamos fazer algumas avaliações.

A consulta segue com avaliações de evolução, medidas e acompanhamentos.

Luana fala sobre a dor de cabeça que teve mais cedo por um aborrecimento e a doutora identifica uma leve alteração na pressão, pede que ela se cuide e tente não se aborrecer dessa forma, e passa um relaxante natural pra ela.

Após isso, eles iniciam o exame de USG.
A dra falava em termos técnicos para sua auxiliar e ela anotava.

Henrique

Eu estava acompanhando tudo atentamente.

— Bom, vamos para parte mais importante?

Ela então aponta para uma área da imagem e o som ouvido, fez meu coração bater mais forte.

— Meu Deus, é o coração dela? - eu sorria e chorava ao mesmo tempo.

Que sensação extraordinária, eu nunca havia sentido algo assim na vida, era surreal, era meu sonho resumido em palpitações.

Eu olhei pra Luana e ela sorria olhando para mim, eu estava vidrado olhando aquela tela.

— Só consegue ver um borrão né Papai?

— O borrão mais lindo do mundo doutora. - sorri enxugando minhas lágrimas.

— vou aproximar a tela pra fazer uma bela fotografia. Vamos lá Maria Heloisa, faz uma pose bem bonita, que o papai veio te conhecer.
Olha ela aí papai, posando pra você!

Se eu já estava emocionado com as batidas do seu coração, quando a vi na imagem um pouco mais definida daquela ultrassom, eu me acabei em lágrimas.

— Linda demais,  linda demais Papai! - eu dizia e Luana estava emocionada e aliviada por estar tudo bem com sua menina.

— Está tudo ótimo por aqui viu Papais?
Luana, você já está com 18 semanas, entrando no 4° mês de gestação e tudo indica que a Heloísa nascerá no mês de Maio. - Sorrimos juntos

— Nosso mês - era muita emoção pra um dia só.

A doutora passou os próximos exames, marcou sua volta e pediu descanso pra ela controlar a pressão.

— Muito obrigado pela foto doutora, muito obrigado por tudo! Por cuidar delas desde sempre. - estava grato e emocionado demais

— Não há de quê. Faço com muito prazer! Os aguardo na próxima consulta. - ela fala se despedindo de nós.

— vou falar com Wander pra remarcar seus shows desse próximo final de semana. - disse já saindo do consultório

— decidindo por mim de novo Ricelly?

— Não é isso Luana, é que você precisa...

— eu sei do que eu preciso Henrique e me distanciar dos palcos, não é a receita pra minha melhora, você sabe disso. Nós estamos bem, não se preocupe.

Mohana e Juliano se aproximam e contamos como foi a consulta saindo da clínica.

— Vamos almoçar em algum lugar? -  Juliano nos chama.

— gente, vou recusar o convite, fiquei de ir almoçar na casa da Drica com o vô Nilo, ele tá me cobrando uma visita.
Obrigado Moh e Ju por tudo. - ela os abraça.

Vou até ela e a abraço apertado e ela retribue o abraço.
— qualquer coisa me liga tá, a qualquer hora. E me desculpa por ontem...

— Não, não me peça desculpa. - ela se solta me interrompendo.
— resolva suas questões, é só isso que eu quero.

— Luanaa...

— Tchau Ricelly, Serafim tá me esperando.

Ela me interrompe, não tinha interesse em render assunto comigo, então segue e nós vamos cada um para seu lado.
.
.
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Pelo resto da semana, eles cumprem suas agendas.

De um lado, Henrique confuso e preocupado.

Do outro, Luana entristecida porém certa do que havia determinado a ele.

— predileta? desculpa, mas é que já é a centésima vez que ele te liga. Atende vai? - Leti chega no camarim e intercede por Rique.

— que ele ligue a centésima primeira vez.

— mas Lu...

— Não tem mas, nem meio mas Leti. Eu não vou falar, até que ele decida a vida dele. Ou ele tira aquela dissimulada da vida dele de uma vez ou eu saio.

— ele te ama Lu, ele jamais te trairia com ela.

— Leti, aprende uma coisa, amor e desejo são coisa distintas. Ele até pode me amar, mas ele também pode desejar ela.

— você acredita nisso Lu?

— Claro que sim, e eu preciso que ele decida o que sente por ela.

— então cê sabe que pode tá jogando ele nos braços dela né?

— eu sou uma mulher Leti, não vou medir força com aquela pirralha de merda. Minha briga aqui é com ele. Preciso que ele esteja inteiro e de verdade comigo, ou não precisa voltar nunca mais.

— Tá certo amiga! Mas oh, eu tô aqui, torcendo pra que tudo fique bem entre vocês tá, não posso mentir. - ela sorri e a abraça

— eu também Leti, eu também.

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"Preciso dizer que preciso
Sentir verdade no que você diz e faz
Ou me leve à sério
Ou vá embora
E não volte mais"

Dois Corações e Uma História | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora