Injusto demais

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Residência HeJ

— Essa mulher só pode ter jogado uma praga em mim, né possível não. - diz Henrique chegando em casa depois de ter falhado mais uma vez com a moça de seios fartos.

— Falando sozinho manim? - Juliano estava na cozinha.

— Susto da porra Nim! Tá fazendo o que aí?

— Filando uma bóia aqui. Cê acha que eu sustento esse corpitcho como? - ele ri fraco do irmão

— Mas me conta, que praga foi essa que jogaram n'ocê? - Juliano pega duas cervejas, dá uma para o irmão e vão para varanda juntos.

Ele dá uma respirada profunda e inicia — sabe aquela linda mulher dos peitões? Marquei com ela de novo, gata demais, levei ele pra sair, tava rolando, o clima esquentou, mas...

— Mas ela não é Luana... - Juliano completa.

— Nem fala esse nome Nim. Eu não quero ouvir falar dessa traíra nunca mais.

— mas pensamos que cê ia dar uma chance a ela, que o pai falou com'cê...

— Aí tá o problema Juliano, eu fui, fiz a besteira ou quem sabe foi um livramento.

— Não tô entendendo...

— Nim, eu fui lá disposto a ouvir as mentiras dela, fui injusto comigo, me traí, amei mais ela do que eu e sabe quem eu encontrei lá? O fato! Mateus em pessoa estava lá. Eu vi com meus olhos.

— Cê viu o quê?

— eles dois lá, na sala dela.

— Mas cê viu eles dois se pegando?

— Não Juliano, mas ela estava de camisola na sala com ele.

— Eles podiam só estar conversando não? Afinal ele também foi envolvido na fofoca.

Henrique ri irônico
— como ela consegue enganar vocês tão fácil véi?

— Não é isso manim...

— Não Juliano, deixa pra lá. - ele o interrompe.
— Eu vou deitar, tô cansado e preciso dormir. Já deu por hoje!

No dia seguinte Henrique demora a acordar e sua mãe vai até ele.

— Filho, acorda precisamos conversar.

— huum. - ele não pronuncia palavras.

— Falei com Luana hoje pela manhã, Mohana foi lá vê-la. Ela não está muito bem...

— Mãe, pode parar por aí...

— Parar o quê menino, me respeita, que se ocê não entendeu ainda, eu mando nocês tudim.

— Tá bom mãe, então vamos lá... ela contou a sra que eu caí na besteira de ouvir os conselhos d'ocês e tive o desprazer de encontrar ela com o novo namoradinho?

— meu filho, por favor, você encontrou duas pessoas conversando apenas. Quando cê vai confiar na sua namorada?

— Mãe para... Luana não é mais minha namorada e por favor digo eu, a sra é minha mãe, dá pra ficar do meu lado?

— Mas meu filho...

— Esquece Luana, mãe, sério! esse nome está proibido aqui em casa, entendeu? Acabou e ponto final, eu só quero paz, por favor! pode ser?

D.Maria suspira profundo.
— Tudo bem filho, eu só espero que você não se arrependa tarde demais.

— Ok mãe, agora me deixa só, por favor!

Dois Corações e Uma História | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora